Lembra do Corsa? Ele ainda existe, tem 40 anos e é até elétrico

Hatch está na sua sexta geração, tem base francesa e segue distante do Brasil
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22.06.2022 às 10:48 • Atualizado em 23.06.2022
Hatch está na sua sexta geração, tem base francesa e segue distante do Brasil

 O brasileiro se familiarizou com o então Chevrolet Corsa em 1994. Naquele ano, a General Motors lançava no país um compacto de formas bem curvilíneas, aproveitando as novas tecnologias de estamparia que tanto ditaram a indústria automobilística mundial na década de 90.

O Corsa chegava para substituir o obsoleto Chevette como carro de entrada da fabricante no país. Teria como missão brigar com o VW Gol de segunda geração, o “Gol bolinha”, e posteriormente o Fiat Palio. Marcava o início da era dos hatches arredondados, estilo que de certa forma até hoje está embrenhado na cultura automobilística nacional.

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Só que o Corsa que chegava ao Brasil não era o primeiro. Globalmente, tratava-se de sua segunda geração. Tanto que ficou conhecido entre os mais chegados à história da indústria como “Corsa B”.

Hatch está na sua sexta geração, tem base francesa e segue distante do Brasil

Doze anos antes, em setembro de 1982, a Europa via nascer o hatch de primeira geração, “Corsa A”. O modelo, portanto, está prestes a completar 40 anos de vida. Por isso, ganhará uma série especial de aniversário, chamada “Corsa 40 Years”. Mas voltaremos a falar mais sobre ela daqui a pouco.

O Corsa nasceu, originalmente, como um modelo da marca alemã Opel, embora sua produção ocorresse em Zaragoza, na Espanha, e o foco de suas vendas estivesse em mercados como o espanhol, o italiano e o francês, mais afeitos a modelos de dimensões menores.

Hatch está na sua sexta geração, tem base francesa e segue distante do Brasil

Em sua geração original, trazia linhas quadradas e um tanto desproporcionais, típicas dos anos 1980, com direito a linha de cintura baixa e vidros laterais enormes. Sua configuração hatchback parecia uma estranha mistura de Fiat Uno com Monza hatch, enquanto o sedan lembrava muito o Chevette de frente e o Fiat Premio de traseira.

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A segunda geração surgiu em abril de 1993 no Velho Continente e, do predecessor, só cultivava basicamente o nome. Suas linhas eram completamente diferentes e não havia um elemento sequer de sua carroceria que não tivesse uma superfície arredondada de alguma maneira.

Foi ela que aportou em nosso país em janeiro do ano seguinte, na onda dos carros populares 1.0 (embora a gama também contasse com versões 1.4 e 1.6. Como bem sabemos, a Chevrolet do Brasil bebia quase totalmente da fonte da Opel, à época pertencente ao grupo General Motors. Daí que o Opel Corsa virou Chevrolet Corsa, e logo se tornou um belo sucesso.

Picape, sedan e perua, nesta ordem, completaram a família entre os anos de 95 e 96. Em 2002, quase dois anos após a Europa, ganhou vida a segunda geração nacional e terceira global do modelo, conhecido como “Corsa C”.

Hatch está na sua sexta geração, tem base francesa e segue distante do Brasil

Base do Corsa foi usada até 2021

Mas a plataforma GM4200 do velho Corsinha B não seria descartada pela GM em nosso mercado assim tão fácil. Ela deu vida ao Celta, em 2000, e ao Classic, dois anos mais tarde. Apesar dos nomes distintos, ambos não eram mais que reestilizações dos velhos Corsa e Corsa Sedan, mantendo inclusive boa parte dos elementos de estamparia.

Hatch está na sua sexta geração, tem base francesa e segue distante do Brasil

Mais tarde, na metade final da década de 2000, a mesma base seria aproveitada pelo sedan Prisma, o hatch altinho Agile e a segunda geração da picape Montana. Enquanto o Prisma seria substituído por um sedan do Onix no fim de 2012, o Agile sairia de linha em 2014; o Celta, um ano mais tarde, e o Classic, dois. Mas a Montana seguiu viva até o ano passado, dando sobrevida à linhagem do Corsa B por 27 anos.

Já o Corsa C ficou vivo no Brasil até julho de 2012, quando teve sua produção encerrada para dar lugar ao Onix. Da mesma matriz, ao longo dos anos 2000, surgiram o novo Corsa sedan, o monovolume Meriva e a primeira geração da Montana – sim, a plataforma da Montana I era mais nova que a da Montana II.

Na Europa, desde 2006 a Opel já comercializava o chamado Corsa D, de quarta geração. Em 2015 veio a quinta, denominada Corsa E. E quando a GM já preparava a sexta, através de um projeto denominado G2JO, a GM vendeu a marca Opel e sua subsidiária britânica, a Vauxhall, para o grupo PSA, hoje pertencente à Stellantis.

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Assim, O Corsa F ganhou vida com DNA francês, carregando a plataforma CMP e boa parte dos traços do Peugeot 208.  

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