Fiat termina 2021 matando Grand Siena, Doblò e o motor 1.8 E.torQ

Fim de linha dos dois modelos e do veterano propulsor já era esperado, devido ao Proconve L7. Eles se juntam ao Uno
LF
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31.12.2021 às 17:43
Fim de linha dos dois modelos e do veterano propulsor já era esperado, devido ao Proconve L7. Eles se juntam ao Uno

Todas eram mortes já esperadas há meses, mas a Fiat resolveu esperar o último dia do ano para formalizá-las. Nesta sexta-feira (31), tirou de linha em seu site oficial o sedan Grand Siena, a minivan Doblò e todas as versões que ainda restavam de Toro, Argo e Cronos com o veterano motor 1.8 E.torQ flex de quatro cilindros e 16 válvulas.

O causador do fim das vendas de todos esses produtos de uma só vez é o Proconve L7, nova legislação sobre eficiência energética e emissões de poluentes que entra em vigor no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2022. Pelo mesmo motivo, o Uno já havia tido o encerramento de sua produção confirmado, através de uma série especial de despedida chamada Ciao.

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Como o Uno foi o carro mais vendido pela marca em sua trajetória no Brasil, só ele mereceu as láureas de uma morte com homenagens. Os demais saem de cena à francesa, visto que seus dias de auge no mercado já haviam passado há algum tempo.

O fim de linha da Doblò

Fim de linha dos dois modelos e do veterano propulsor já era esperado, devido ao Proconve L7. Eles se juntam ao Uno

A Doblò foi lançada há pouco mais de 20 anos, em 2001, aproveitando a plataforma 178 da família Palio. Desde então, apesar de algumas atualizações visuais e de motorização, nunca trocou de geração.

Teve bom apelo como comercial leve para transporte de carga e passageiros e vendeu mais de 160 mil unidades ao longo de duas décadas, o que perfaz uma média de aproximadamente 8 mil exemplares por ano. Nada mau para uma minivan (ou furgão, se assim preferir) posicionada acima do Fiorino.

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O fim de linha do Grand Siena

Fim de linha dos dois modelos e do veterano propulsor já era esperado, devido ao Proconve L7. Eles se juntam ao Uno

Já o Grand Siena chegou ao mercado em 2012, como segunda geração do Siena e derivado do Novo Palio (projeto 326). Convivia com o Siena convencional e tinha posicionamento mais premium no segmento de sedans compactos, similar ao que VW Virtus e Chevrolet Onix Plus ocupam atualmente.

Devido ao fato de que Grand Siena e Siena foram vendidos juntos por quase cinco anos, é difícil cravar quantas unidades o primeiro, sozinho, foi responsável por emplacar em seus nove anos de existência, mas ao todo a Fiat comercializou mais de 500 mil exemplares da linha Siena no Brasil durante o período.

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Para o seu lugar, a Stellantis deve lançar no primeiro semestre de 2022 a linha 2023 do sedan Cronos com uma inédita configuração 1.0 Firefly, de apelo mais popular. Além disso, tanto o três-volumes quanto o Argo ganharão novas versões de topo equipadas com o conjunto 1.3 CVT recentemente estreado por Pulse e Strada.

O fim de linha dos motores E.torQ

Fim de linha dos dois modelos e do veterano propulsor já era esperado, devido ao Proconve L7. Eles se juntam ao Uno

O 1.8 E.torQ, por sua vez fez parte de uma dupla de propulsores, ambos flex, com quatro cilindros e 16 válvulas, junto de outra usina com 1,6 litro de capacidade cúbica. Ambos foram lançados em 2010, sempre com produção em Campo Largo (PR), e derivavam da usina 1.6 Tritec que pertenceu ao Mini Cooper ao longo dos anos 2000.

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Enquanto a vida do 1.6 foi mais curta, o 1.8 seguiu em linha e, ao longo de 11 anos, equipou quase todos os produtos da Fiat: Idea, Linea, Punto, Bravo, Palio, Grand Siena, Strada, Doblò, Weekend e, mais recentemente, Argo, Cronos e Toro fizeram uso dele. Nem o Jeep Renegade escapou. 

No caso do SUV da marca coirmã, porém, a extinção das versões 1.8 flex ainda não foram oficializadas e devem ocorrer entre fevereiro em março, quando o modelo fará a troca definitiva dele e do propulsor 2.0 MultiJet turbodiesel pelo 1.3 turboflex GSE T4, seja na configuração 4x2 automática de seis marchas ou na 4x4 com nove velocidades.

Pelo menos inicialmente, o motor 1.8 E.torQ não deixará de ser produzido. A fábrica de Campo Largo deve seguir fabricando a usina para ser usada em veículos de exportação, pelo menos por mais alguns meses. Depois, o futuro do complexo é incerto, visto que todas as famílias mais recentes de motores da Stellantis vêm sendo feitas em Betim (MG).

Imagens: Divulgação

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