Como será o motor VW 1.5 TSI Evo2 híbrido flex nacional de até 272 cv

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Tanto que os picos de potência e torque são os mesmos, 150 cv e 25,5 kgfm, respectivamente, porém com menos esforço e consumo de combustível. Segundo o teste WLTP, o VW Golf com motor 1.5 TSI faz até 20,8 km/l, enquanto a versão com motor 1.4 TSI era capaz de rodar até 20 km/l, considerando gasolina em ciclo misto. Uma melhoria de 4% no consumo.

No entanto, a grande aposta da Volkswagen está na redução de poluentes. Enquanto o 1.4 TSI emite 116 gramas de CO2 a cada 100 km rodados, o 1.5 TSI faz 110 g/km. Isso exclusivamente graças às melhorias realizadas no motor. Parece pouco, mas é suficiente para se adequar às exigentes normas do Proconve L8, enquanto o veterano 1.4 TSI não está.

Por exemplo, o motor 1.5 TSI Evo2 tem turbo de geometria variável, pressão da injeção aumentada de 200 para 350 atmosferas e catalisador de três vias com filtro de partículas do combustível realocado para perto do motor.

Outro grande trunfo está no sistema de gerenciamento ativo de cilindros chamado ACTPlus. Este desativa dois cilindros a cargas baixas ou médias de potência e torque, a fim de economizar combustível (similar ao que é usado pela nova Chevrolet Silverado).

Seu maior trunfo, porém, está no ciclo Miller, aquele que retarda o tempo de expansão da câmara de combustão e reduz o de compressão, a fim de aumentar a eficiência energética. É por isso que, apesar do deslocamento maior, ele não é mais potente nem possui mais torque, mas trabalha com menor esforço.

Ao mesmo tempo, o ciclo Miller torna o motor 1.5 TSI Evo2 mais preparado para a eletrificação. Na Europa, o Golf já é vendido com um sistema híbrido leve (MHEV), o mesmo que estará no Brasil. Ele conta com um superalternador para substituir o motor térmico em momentos pontuais de uso, como partida e banguela.

Com esse conjunto, chamado eTSI, o Golf de oitava geração teve o nível de emissões de poluentes reduzido para 107 g/km, o que representa 8% de melhoria. Já o consumo em estrada chega a 24,4 km/l, contra 23,3 km/l do antigo 1.4 TSI.

No entanto, esse propulsor também pode receber outros tipos de eletrificação. Uma das alternativas é o sistema HEV (híbrido pleno), com apenas um motor elétrico. Ou, ainda, ser aliado a dois motores elétricos de tração em variante híbrida plug-in (PHEV ou com recarga externa), chegando a incríveis 272 cv.

É por isso que podemos esperar que a variante flex do motor 1.5 TSI Evo2 será aproveitada por mais de uma vertente de conjuntos híbridos, desde o tipo leve, em modelos compactos como o T-Cross e o Virtus, até um SUV de sete lugares com o porte do Tiguan.

Além do motor 1.5 TSI Evo2 com produção nacional e preparado para ser híbrido flex, a Volkswagen já confirmou outros três projetos dentro de seu plano de investimentos de R$ 5,4 bilhões no Brasil até 2028, conforme já contamos neste artigo e neste outro.

A produção de dois modelos híbridos na planta de São Bernardo do Campo (SP), a partir de 2027; da picape compacta-média Tarok em São José dos Pinhais (PR), a partir de 2026; do projeto A0 SUV, em Taubaté, já em 2025. Desses, a Tarok e os dois híbridos feitos no ABC Paulista certamente contarão com o motor 1.5 TSI Evo2 eletrificado.