Como a Renault tentará recuperar seu espaço no mercado brasileiro em 2024
Após beirar o ostracismo nos últimos anos, com a perda de espaço para modelos como Logan e Sandero, a Renault virá forte a partir de 2024 para superar obstáculos e se recuperar no mercado nacional.
Apesar do maior volume de vendas de seu carro-chefe, Kwid, no ano passado comparando com 2022, a fabricante francesa perdeu espaço no mercado, caindo de 6,47% para 5,79% na representatividade em vendas do setor.
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Para recuperar espaço no mercado nacional, a fabricante francesa mudou a rota dos planos. Abriu mão de carros mais simples e populares para focar em produtos mais completos e com tíquete médio mais elevado – com exceção do Kwid, que deve seguir em linha por mais alguns anos.
A importação do Megane elétrico, a renovação do icônico Duster e a chegada do Kardian por aqui são os primeiros passos para que a Renault volte a ganhar novos olhares no Brasil. A grande sacada por trás do novo plano também é o uso da plataforma CMF-B, uma estrutura modular que se adequa a diversas categorias.
Ela é que dará vida aos sucessores de Duster e Oroch, que ainda não sabemos ao certo como serão batizados. No entanto, devem seguir a mesma receita do Kardian, sendo produtos que tentam se descolar da simplicidade de projetos da Dacia, para tentar se aproximar mais do padrão europeu de construção e acabamento.
O Kardian chegará às lojas ainda nesse primeiro semestre. A Mobiauto já esteve com o veículo, ainda não em testes, mas conheceu de perto todo o acabamento e as versões. Com porte de Fiat Pulse, ele deve ter preços parecidos com o do rival, sendo algo entre R$ 100 mil e R$ 140 mil.
O primeiro passo nesse ano para a nova estratégia foi o tapa no visual do Duster, que ganha o sobrenome Plus. O Kardian chega ainda neste primeiro semestre. Depois disso, a marca terá mais alguns lançamentos até 2027, como a picape Niágara, sucessor do Duster, Duster cupê e nova Alaskan.
Todos esses produtos são de valor agregado maior, o que mostra a mudança de panorama da Renault no Brasil. Resta saber se a fabricante voltará aos tempos de glória no mercado, como em 2018 e 2019, quando registrou quase 10% do volume de total de vendas no Brasil.
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