Caoa Chery Omoda 5 estreia custando menos que um Onix brasileiro

Modelo inaugura nova família de SUVs cupês da Chery e em breve deve chegar ao Brasil, muito mais caro do que custa na China

LF

Por Leonardo Felix

14.07.2022 às 15:33

A Chery lançou oficialmente na China o Omoda 5, SUV cupê de porte compacto-médio que, ao que tudo indica, deve logo chegar ao mercado brasileiro. Felizmente para os chineses, infelizmente para nós, os preços na terra de Mao Tse Tung serão equivalentes aos de um Chevrolet Onix no Brasil: entre 92.900 e 126.900 ou... entre R$ 75.000 e R$ 102.000.

O visual do Omoda 5 já havia sido revelado anteriormente, tanto que o modelo já foi abordado pela Mobiauto. Faltava o início das vendas, que começou nesta semana. O modelo inaugura uma nova família de SUVs cupês, que se chamará Omoda e terá outros membros, como Omoda 3, Omoda 4, Omoda 7...

Anuncie seu carro na Mobiauto

Modelo inaugura nova família de SUVs cupês da Chery e em breve deve chegar ao Brasil, muito mais caro do que custa na China

É a mesma lógica da linha de SUVs Tiggo (2, 3X, 5X, 7, 8...) e Arrizo (5, 6 e 7), com a diferença de que os Omoda serão posicionados acima em termos de tecnologia e preços. Por isso, quando o Omoda 5 chegar ao nosso país, será mais caro do que um Tiggo 5X Pro, com quem quem compartilha a plataforma T1X, a largura (1.830 mm) e o entre-eixos (2.630 mm).

Devido ao estilo cupê da carroceria, o Omoda 5 será 6 cm mais baixo (1.585 mm) e 6,2 cm mais comprido (4.400 mm) que o Tiggo 5X. Mas enquanto este cobra R$ 155.000 na configuração 1.5 TCi CVT9 a combustão e R$ 170.000 na recém-lançada híbrida flex, o Omoda 5 deve ocupar sempre a faixa entre R$ 170.000 e R$ 200.000.

Na China, o SUV cupê terá justamente a motorização 1.5 16V turbo a gasolina com injeção indireta multiponto mais câmbio CVT com simulação de nove marchas nas versões de entrada. São 156 cv de potência.

Já as de topo terão o 1.6 TGDi (turbo com injeção direta) usados por Tiggo 7 Pro e Tiggo 8, rendendo 197 cv e 29,6 kgfm. Neste caso, o câmbio será automatizado de dupla embreagem e sete velocidades, com caixa banhada a óleo.

Aqui, teremos uma disposição diferente: o 1.6 TGDi a gasolina DCT7, em calibração de 187 cv e 28 kgfm, deve formar a versão mais básica, enquanto o 1.5 TCi híbrido leve flex CVT9, de 157/160 cv (gasolina/etanol) e 25,5 kgfm (qualquer combustível), comporia as mais caras.

Visualmente, o Omoda 5 se notabiliza pelos traços ousados. A grade trapezoidal é do tipo infinita (sem molduras laterais) e enorme, chegando a encostar na borda inferior das luzes diurnas de LED em forma de T.

Estas são integradas por uma barra cromada que acompanha a extremidade do capô, enquanto os faróis, com desenho de bumerangue, ficam no meio do para-choque dianteiro. Já as rodas com cinco raios em forma de Y trazem um pouco usual acabamento em preto brilhante com laranja.

A traseira também conta com lanternas em formato de bumerangue nas peças externas. São, ainda, dotadas de máscaras negras e interligadas por uma grossa faixa em preto brilhante. Apliques enegrecidos na coluna C geram efeito de teto flutuante, enquanto o para-choque traseiro conta com duas falsas saídas de escape trapezoidais cromadas nas duas extremidades.

Por dentro, quadro de instrumentos e central multimídia são destacados do painel em duas telas de 12,3 polegadas, ambas fixadas em uma mesma peça, ao estilo Mercedes-Benz. Os bancos dianteiros são esportivos e todo o revestimento é em couro, enquanto o console central é suspenso e dividido em dois níveis.

Outro destaque vai para a manopla de câmbio que simula cristal. O volante é de base achatada e a iluminação interna ambiente transita entre 64 diferentes cores. Há carregador de celular por indução, sistema de áudio Sony e assistente semiautônomos de condução.

Quais desses equipamentos estarão presentes no futuro Omoda 5 nacional, que deve ser lançado no final deste ano ou, mais tardar, primeiro semestre de 2023? Aí precisaremos esperar para ver.