Avaliação: novo Citroën C3 é o resgate do carro popular “raiz”

Terceira geração do compacto tem projeto indiano, predicados de SUV e rodar confortável, mas abre mão de muitos itens para custar mais barato
LF
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30.08.2022 às 17:00
Terceira geração do compacto tem projeto indiano, predicados de SUV e rodar confortável, mas abre mão de muitos itens para custar mais barato

Você já deve ter ouvido falar no VW Fusca Pé de Boi, o carro mais pelado já produzido no Brasil. Tirando lataria, volante, bancos, rodas, trem de força, suspensões e freios – ou seja, o essencial para um automóvel existir –, ele não oferecia mais nada, com intuito de ser cessível ao extremo.

É claro que os tempos são outros. Em um automóvel de 2022, há elementos como o chamado “kit dignidade” – trio elétrico, direção assistida e ar-condicionado – e até a central multimídia, que se tornaram indispensáveis.

Mas a terceira geração do Citroën C3 quer provar que, mesmo em tempos de veículos zero-quilômetro cada vez mais elitistas e com tíquete médio cada vez mais alto, ainda vale a pena apostar em um produto com apelo popular.

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Para isso, aposta fortemente em uma receita com atributos de SUV, boa dose de robustez e espaço interno, o mínimo de conforto exigido pelo mercado, o mínimo de segurança exigido por lei e um preço muito competitivo diante da concorrência.

Apesar do projeto com origem igualmente indiana e dos traços parecidos, esqueça a comparação com o Renault Kwid. O novo C3 tem porte maior, análogo a hatches compactos como Hyundai HB20, Chevrolet Onix, Fiat Argo e Renault Sandero. É por isso que ele tem versões com motor 1.6 e não apenas 1.0.

Seu objetivo é ser mais barato que todos os rivais, ocupando uma faixa de preços sempre abaixo de R$ 100.000, mesmo na configuração 1.6 com câmbio automático. Com isso, a expectativa é que ele seja um dos quatro hatches mais vendidos no país.

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A meta só não é maior porque a rede Citroën ainda é relativamente pequena: são 150 pontos de venda, com expectativa de se aproximar dos 190 até o fim do ano. É menos de um terço do número de concessionárias Fiat, por exemplo.

Será que ele cumprirá essa missão? Leia mais abaixo nossa avaliação completa da versão de topo, Feel Pack 1.6 AT. Clique aqui para ver a lista integral de versões, preços e itens de série do modelo. E assista ao vídeo com todos os detalhes do modelo:

Citroën C3 Feel Pack 1.6 AT 2023 – Preço: R$ 93.990 Pintura metálica com teto bicolor: R$ 2.600. Pacote First Edition: R$ 1.400. Opcional (câmera de ré): R$ 1.400. Total: R$ 99.390.

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É hatch ou é SUV?

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A Mobiauto já explicou todas as prerrogativas legais para classificar um automóvel como SUV. A classificação é oficialmente permitida quando se obtém pelo menos quatro dos cinco critérios mencionados. Muitos modelos que não atingem o requisito mínimo são, ainda assim, vendidos como utilitários esportivos por suas marcas.

Curiosamente, o novo Citroën C3 gabarita todos eles: tem 23° de ângulo de ataque (mínimo necessário); 39° de saída (quase o dobro dos 20° exigidos) e 21° de transposição de rampas (contra 10° exigidos); 180 mm de vão livre do solo sob os eixos (mínimo necessário) e 221 mm de vão livre entre os eixos (a lei determina 200 mm). 

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Ainda assim, a marca francesa adotou o caminho inverso do mercado e, em vez de forçar o novo C3 como um SUV, prefere chamá-lo de “hatch com atitude SUV”. A decisão parece estranha, mas tem suas questões mercadológicas. 

Devido ao projeto de baixíssimo custo, a fabricante não quer que ele seja comparado com produtos de maior valor agregado, como VW Nivus e Fiat Pulse, mas sim com modelos mais simples e baratos.  Além disso, não quer que ele roube clientes do C4 Cactus e teme que a reação do público seja a mesma de quando surgiu o contestado slogan “SUV dos compactos” para o Renault Kwid.

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Design e acabamento

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Os atributos de SUV estão presentes até na altura geral do novo C3. Com rack de teto, ele fica 5 cm mais alto que um Pulse e 4 cm mais alto que seu primo C4 Cactus. O porte altinho e musculoso é o que mais chama a atenção nesta terceira geração, bem diferente de seu antecessor, um hatch bolinha e de linhas exageradamente arredondadas.

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No balanço dianteiro, um truque visual usa a carenagem do para-choque para fazer os faróis parecerem divididos em dois níveis, embora sejam formados por peças únicas. A grade com o Chevron cromado e o desenho do para-choque formam uma associação imediata com o próprio C4 Cactus.

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Na lateral, os airbumps presentes na série First Edition podem ser incluídos opcionalmente em outras versões, enquanto o desenho das lanternas traseiras e da tampa do porta-malas lembram muito o Kwid. LED? Só nas luzes diurnas dianteiras, mas pelo menos o porta-malas abre com disparo elétrico na própria tampa.

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Ao abrir o capô ou o forro do porta-malas, percebe-se áreas internas da carroceria sem pintura, pontos de solda e parafusos aparentes. Tudo isso é consequência da busca extrema por economia de custos. 

Pelo mesmo motivo, o acabamento interno é todo em plástico rígido, com guarnições das portas em tom único de cinza escuro. Os bancos trazem tecido como revestimento mesmo na versão mais cara da gama.

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Para amenizar o aspecto, há faixas em tons contrastantes de cinza ou azul metálico no painel, além de diferentes texturas. São 13 os porta-objetos a bordo, mas os apoios de braço das portas são estreitos e, para economizar chicotes, os comandos dos retrovisores elétricos ou para travar a abertura dos vidros traseiros ficam no painel, à esquerda do volante.

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Por sua vez, as teclas dos vidros elétricos traseiros são unificadas na parte de trás do console central, servindo tanto aos passageiros da frente quanto os da segunda fileira. A solução nos faz lembrar o Peugeot 206 e deve gerar críticas, especialmente porque o acesso não é dos mais ergonômicos nem intuitivos para ninguém. 

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Motorização e desempenho

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O motor 1.6 EC5 flex usado pelo novo C3 é um veterano já com 24 anos de jornada no mercado brasileiro, conforme a Mobiauto contou neste artigo. Seus dados de potência e torque são suficientes para um modelo com menos de 4 metros de comprimento e pouco mais de 1,1 tonelada de peso. Não dá para reclamar de falta de fôlego.

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Entretanto, a aerodinâmica não tão eficiente e o fato de o pico de torque só aparecer a 4.000 rpm – o EC5 é um motor originário dos anos 1990, lembremos – fazem com que as arrancadas e retomadas do C3 não passem a mesma empolgação de um hatch 1.0 turbo, especialmente em modo Eco (selecionável à esquerda do volante, no painel).

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Motor: 1.6, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, aspirado, flex, duplo comando de válvulas no cabeçote com variação na admissão, injeção multiponto de combustível
Taxa de compressão: 11:1
Potência: 113/120 cv a 5.750 rpm (G/E)
Torque: 15,4/15,7 kgfm a 4.000 rpm (G/E)
Peso/potência: 10,2/9,6 kg/cv (G/E)
Peso/torque: 74,8/73,4 kg/kgfm (G/E)
Câmbio: automático, 6 marchas
Tração: dianteira
0 a 100 km/h: 10,4 segundos (E) e 11 segundos (G)
Velocidade máxima: 180 km/h (G/E)

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Consumo

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Também não espere que o novo C3 1.6 automático seja um carro dos mais econômicos. Dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, obtidos em primeira mão pela Mobiauto, apontam que, na cidade, ele sofrerá para fazer mais de 10 km/l com gasolina.

Consumo Inmetro: 7,2 km/l com etanol e 10,3 km/l com gasolina na cidade; 8,5 km/l com etanol e 12,4 km/l com gasolina na estrada.

Dirigibilidade, conforto e ergonomia

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A surpresa mais positiva da nova geração do C3 está em sua experiência de condução. Não tanto pelo desempenho, como já explicamos, mas pela dirigibilidade e dinâmica geral. Primeiro, porque a posição de dirigir é alinhada ao volante e aos pedais. Este, aliás, é o único ponto em que o Citroën lembra o Peugeot 208, de quem herda a plataforma CMP, porém em uma variante extremamente simplificada.

Seu ponto H, 10 cm mais alto que o de um Chevrolet Onix ou Hyundai HB20, não é forçadamente elevado como o de uma Chevrolet Spin, deixando o corpo do motorista assentado como em um automóvel e não como em um caminhão. O volante tem ajuste só de altura, não de profundidade, e prepare-se: ao destravar a regulagem da coluna, ela despenca.

Os bancos são macios até demais e o do motorista conta com regulagem de altura do assento, mas eles não abraçam tão bem o corpo assim. Na verdade, o encosto lombar é demasiadamente inclinado para trás. A boa notícia é que há encostos de cabeça independentes e reguláveis em todas as posições. 

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As suspensões são macias na medida certa. O carro não empina demais longitudinalmente nem nas arrancadas, nem nas frenagens, e demonstra esperteza para lidar com lombadas, valetas e pisos mais irregulares. Aqui, os ângulos e altura do solo generosos mostram a que vieram, enquanto os pneus com ombros largos ajudam a absorver os impactos. 

Outro ponto de destaque é que os rebotes do volante existem, mas são mais sutis que os Jeep da plataforma Small Wide. A direção elétrica é levíssima como a do C4 Cactus, mas não chega a ser anestesiada. E o volante tem (ufa) aro bem menor que o do antigo C3.

Mas esteja preparado para inclinações laterais típicas de um SUV dos mais molengas ao contornar curvas de estrada. E se as suspensões são valentes, não são tão silenciosas assim. Em imperfeições mais bruscas, elas deixam reverberar certos estalidos.

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Aliás, o isolamento acústico do novo C3, num geral, é sofrível. Ruídos de motor, vento e rolagem dos pneus invadem a cabine sem cerimônia, o que prova que uma mera manta acústica no capô, sozinha, não faz verão.

Dados técnicos: direção elétrica progressiva; suspensão McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira); freios a discos ventilados (dianteira) e tambores (traseira); diâmetro de giro, 10,5 m; coeficiente aerodinâmico não divulgado; vão livre do solo, 180 mm; ângulo de ataque, 23°; ângulo de saída, 39°; ângulo de transposição de rampas, 21°; pneus 195/60 R15.

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Espaço interno

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Apesar de o cofre do motor parecer demasiado grande até para o trem de força 1.6 automático, o espaço interno do novo Citroën C3 é bem aproveitado, principalmente para cabeças e pernas. Para a cabeça, só não é melhor porque as barras estruturais transversais formam calombos no teto, mas pode-se conviver com isso.

A cabine do hatch não é tão larga assim, mas quatro adultos trafegam ali dignamente. Em compensação, a posição central traseira é estreita para os ombros e cruel para os pés, fruto de um túnel central elevado e um porta-objetos que invade a fileira traseira.

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Já o porta-malas é um trunfo para o segmento, com 315 litros de volume segundo o método VDA. Não há divisórias ou compartimentação, e o degrau entre a borda inferior da abertura e a base do compartimento incomoda tanto quanto no C4 Cactus, mas ao menos o compartimento é todo forrado. Já o banco traseiro, embora rebatível, é sempre inteiriço.

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Dimensões: comprimento, 3.981 mm; entre-eixos, 2.540 mm; largura, 1.733 mm; altura, 1.604 mm; porta-malas, 315 litros; carga útil não divulgada; tanque de combustível, 47 litros; peso em ordem de marcha, 1.152 kg.

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Tecnologias e segurança

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Como dissemos, o foco do novo Citroën C3 é oferecer o básico em termos de tecnologia. A direção é assistida, há trio elétrico e uma central multimídia de 10 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de uma entrada USB para carregamento no painel e outras duas no console central.

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Precisa de mais que isso? Dentro da proposta de posicionar seu novo “hatch com atitude de SUV” a um preço abaixo dos rivais, a Citroën entendeu que não. Por isso, no quesito segurança, ofereceu o mínimo que a legislação brasileira determina:

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Airbags frontais, controle eletrônico de estabilidade e tração (obrigatório em novos projetos), assistente de rampa, ganchos Isofix para cadeirinhas infantis e freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição eletrônica de frenagem).

Estruturalmente, o novo C3 nacional é composto 86% de aços de alta resistência, segundo a Stellantis, sendo 45% avançados de alta resistência e 13% estampados a quente, de ultra alta resistência. Por isso, é um pouco mais rígido e pesado que o irmão indiano. Será o suficiente para ter boas notas em segurança? Só o tempo dirá...

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No quadro de instrumentos, um computador de bordo digital monocromático traz informações básicas de viagem. Ou nem isso, visto que não há conta-giros em nenhuma versão. A chave tem comandos remotos para destravamento das portas, mas sequer é desmodrômica ou canivete, mesmo na versão 1.6 Feel Pack Automática.

Por outro lado, uma grata surpresa: o sistema de som, com um total de 600 Watts de potência, é surpreendentemente bom,

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Citroën C3 Feel Pack 1.6 AT – Itens de série

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Visual: emblema Chevron cromado; faróis halógenos; faróis de neblina halógenos; luzes diurnas de LED; retrovisores externos com capas na cor do teto e luzes de seta integradas; barras longitudinais de teto; rodas de liga leve aro 25 diamantadas; limpador e desembaçador do vidro traseiro.

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Conforto e acabamento: travas elétricas; vidros elétricos com um-toque e antiesmagamento; retrovisores elétricos; volante revestido em couro com ajuste de altura; banco do motorista com regulagem de altura e; bancos revestidos em tecido com encostos de cabeça independentes; banco traseiro inteiriço e rebatível; ar-condicionado.

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Tecnologia: quadro de instrumentos com computador de bordo digital monocromático; central multimídia Citroën Connect de 10” com Android Auto e Apple CarPlay sem fio; uma tomada USB-A dianteira e duas traseiras; modo Eco.

Segurança: controles de estabilidade e tração; airbags frontais; assistente de partida em rampa; câmera de ré.

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Pacote First Edition: protetores plásticos laterais com airbumps; moldura branca nos faróis de neblina; barras de teto na cor cinza; tapetes internos com o nome da série; insígnias First Edition nas portas laterais dianteiras.

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Vale a pena o novo Citroën C3?

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O novo Citroën C3 é o carro para quem busca um zero-quilômetro acessível, com bons ângulos e suspensão robusta para lidar com a péssima malha viária brasileira, espaço interno e desempenho decentes, e o mínimo de itens de conforto, segurança e conectividade.

O projeto, em si, não empolga tanto e parece cheio de limitações. É seu preço em relação aos rivais o que o torna atraente de fato. 

Em uma época na qual o carro popular parece estar à beira da morte, mais uma vez o sopro de sobrevida pode ter vindo de uma marca francesa, aproveitando um projeto indiano e com inspiração nos SUVs. Só que, desta vez, com proporções um pouco maiores.

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