Avaliação: Honda Fit é apenas bom

O monovolume Honda Fit é bom em tudo, mas não é muito bom em quase nada, entenda.
Camila Torres
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31.10.2019 às 21:44 • Atualizado em 12.11.2024
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O  monovolume Honda Fit é bom em tudo, mas não é muito bom em quase nada, entenda.

O monovolume Honda Fit é um bom exemplo de carro que consegue ser considerado bom em praticamente todos os quesitos, mas não consegue ser muito bom em nenhum deles. O lado positivo de ser bom em tudo, é exatamente este, afinal, não é para qualquer um, por isso é um fator de destaque. Mas não ser muito bom em ao menos alguns itens, o impede de se destacar diante outras opções boas. Sendo assim, ou conquista o consumidor pelo todo, ou se corre o risco de mesmo sendo bom, perdê-lo por em pontos que para ele, precisariam ser acima da média.

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Divagações a parte, vamos a avaliação. O Honda Fit tem o privilégio de não ter um concorrente direto desde o seu lançamento no Brasil em 2004, o fato de ser monovolume compacto, o faz ocupar um nicho quase vazio, tanto que seus principais concorrentes são modelos hatches, como o Toyota Yaris. Entretanto, a fabricante japonesa soube apostar nos pontos certos para que o modelo conquistasse uma fatia significativa de vendas, o que faz fechar mais um ano entre os 50 carros mais vendidos do Brasil. Visão dada geral, hora de colocar o Honda Fit a prova no design, desempenho, consumo e segurança, a versão escolhida para a avaliação foi a intermediária EX 1.5 com câmbio CVT comercializada por R$ 74.600. 

Versões e valores Honda Fit 2019

DX 1.5 Manual: R$ 62.000
Personal 1.5 CVT: R$ 68.700
LX 1.5 CVT: R$ 74.600
EX 1.5 CVT: R$ 80.300
EXL 1.5 CVT: R$ 85.400

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Design

Linhas de perua e dimensões de hatch só que com mais porta-malas, este é o monovolume Honda Fit. O modelo chama atenção pelo seu design diferenciado. Os vincos agressivos da dianteira da carroceria casam bem com as grades em blackpiano das saídas de ar, contribuindo para um visual equilibrado. Os faróis quase finos que se estendem até as laterais dão expressividade e imponência ao carro. Ao observar a lateral e a traseira do Fit é possível notar o quanto vincos acentuados são umas das características principais da estética do modelo. As lanternas são o toque de ousadia que a marca deu ao carro. 

O Honda Fit é bom em tudo, mas não é muito bom em quase nada.

Para completar a composição, os retrovisores e maçanetas externas são na cor da carroceria. Os detalhes em cromado ficaram por conta apenas do contorno da grade. E as rodas são em liga leve aro 15 com pneus 185/60 nas versões DX, Personal e LX, nas configurações EX e EXL são em liga aro 16 com pneus 185/55.

O Honda Fit é bom em tudo, mas não é muito bom em quase nada.

Espaço

O modelo tem 4096 mm de comprimento, 2530 mm de entre eixos, 1694 mm de largura e 1536 mm de altura. O Honda Fit mesmo com dimensões menores que os hatches Chevrolet Onix, Renault Sandero e Toyota Yaris, tem o espaço interno bem acertado, de forma, que mesmo com os cinco assentos ocupados, todos ainda têm o espaço necessário para uma viagem dentro do que pode ser considerado confortável, mas nada além disso. 

No que se trata de espaço, o item no qual o Honda Fit leva vantagem é no porta-malas, com capacidade de 363 litros e 1045 litros com o banco traseiro rebatido. Enquanto a maioria dos modelos da categoria tem bagageiros de 300 litros ou menos. O Renault Sandero com 320 litros e o Toyota Yaris com 310 litros, apesar de serem maiores, não chegam nem perto do modelo japonês. Pensando nos que tem preferência por modelos com carroceria hatch, mas querem ou precisam de um pouco mais de porta-malas, é possível perceber o quanto a aposta da Honda foi bem estudada e assertiva. 

Desempenho

Todas as versões do Honda Fit contam com motorização 1.5 de 4 cilindros e 16 válvulas, e transmissão automática tipo CVT. Com gasolina o motor entrega 115 cavalos a 6000 rpm e 15,2 kgfm de torque a 4800 giros. Já com etanol a entrega do motor passa para 116 cavalos a 6000 rpm e 15,3 kgfm de torque a 4800 giros. 

Ficha Técnica Honda Fit 

Como se pode ver, o Honda Fit atingi sua potência máxima em um giro alto, o que mostra que é necessário mais pé no acelerador e mais tempo para alcançar velocidades maiores. No torque não é diferente, o modelo só entrega toda a força a 4800 giros. Apesar de não ser um carro fraco e de pouca potência, ele não tem respostas imediatas, o que quer dizer que ele não é muito esperto nas retomadas, nem rápido nas aceleradas, mas se você esperar o tempo de embalo necessário, o Fit apresenta um desempenho dentro do aceitável para um motor 1.5.

No quesito autonomia, o modelo poderia ser melhor, porém, mesmo assim merece um ponto.  O Honda Fit abastecido com etanol faz 8,3 km/litro na cidade e 9,9 km/litro na estrada, com gasolina passa para 12,3 km/litro na cidade e 14,1 km/litro na estrada. O Honda Fit nas versões 1.5 com câmbio CVT recebeu nota B do Inmetro tanto na Comparação Relativa da Categoria, como na Comparação Absoluta Geral. 

Segurança

No que se trata de segurança, o Honda Fit já começa a se destacar no teste de colisão realizado pelo Latin NCAP, o modelo conquistou cinco estrelas de cinco na segurança para adulto e quatro estrelas para criança, mesmo não tendo uma lista de equipamentos muita extensa. 

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Dentre os principais itens de segurança do modelo estão: estrutura de deformação progressiva ACE™ com narras de proteção lateral, pino de segurança para tapete do motorista e os obrigatórios airbags frontais, freios com ABS e isofix. O Honda Fit também conta com sistemas que além de melhorar a dirigibilidade, deixam a condução mais segura, como: assistente de tração e estabilidade, assistente de partidas em aclives, imobilizador e alerta de frenagem emergencial.

Compraria?

Dos quesitos avaliados, o único em que o Honda Fit realmente se destaca é na segurança. O design é apenas agradável. O desempenho e consumo são bons, mas não se sobressai nem positivamente, nem negativamente. O espaço é menor do que alguns hatches e maior do que outros, mas ainda assim é confortável, a vantagem fica por conta do porta-malas mesmo. No geral, o Fit é bom em tudo, mas não se sobressai em quase nada. No entanto, se o modelo te satisfaz, mas não te surpreende, considere, a confiabilidade da marca Honda um critério de desempate. 

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