10 carros-conceito bizarros que não se tornaram realidade
O uso de carros-conceito é uma forma conhecida pelo qual as montadoras experimentam e testam suas novas ideias e tecnologias, assim como medem a reação do público e imprensa em relação a elas. Por seu caráter experimental, muitos desses protótipos chamam bastante atenção, seja para o bem ou para o mal.
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Apesar de alguns conceitos serem bem recebidos e realmente chegarem a ser produzidos, nem sempre é assim. É o caso de certos modelos experimentais que não chegam a ver a luz do dia, pela má recepção do público, por sua estranheza, ou por ambos.
O fato é que justamente por sua bizarrice, esses protótipos chamam atenção e dificilmente são esquecidos - muitas vezes para o azar de suas montadoras. A Mobiauto então separou uma lista dos 10 carros-conceito bizarros que não se tornaram realidade, confira abaixo:
Volkswagen Polo Colani (1980)
O protótipo do Volkswagen Polo Colani foi uma tentativa do designer italiano Luigi Colani em desenvolver uma espécie de sucessor do icônico Fusca. A intenção do desenhista era justamente explorar um estilo mais livre, o que pode ser visto nas linhas sinuosas e curvas que o conceito possui.
A ideia era de que o modelo fosse um hatch posicionado, no quesito dimensões, entre o Polo e o Golf. No fim, os alemães não se interessaram pelo “sucessor do Fusca”, e o projeto foi engavetado.
Plymouth Voyager 3 (1989)
Na virada dos anos 80 para 90, o mercado automotivo foi marcado pela presença muito forte de minivans. Quase toda fabricante, seja europeia, norte-americana ou asiática contava com uma em seu catálogo.
Nessa época, a Chrysler já via sua minivan Pacífica fazer sucesso e conquistar o público, porém a fabricante enxergou espaço para dobrar a aposta e lançar mais um modelo. Assim, fez uso da Plymouth, uma de suas submarcas, para apresentar um novo conceito de minivan.
O resultado foi o protótipo Voyager 3, tido por muitos como um dos mais bizarros da história. O modelo era uma espécie de subcompacto de três lugares, que podia ser usado separadamente ou ter acoplado em si a uma extensão traseiro de cinco assentos. Na época a ideia causou a mesma estranheza de agora, e a marca não seguiu com ela.
Plymouth Expresso (1994)
Após quase falir nos início dos anos 90, a Chrysler havia se recuperado financeiramente e parecia estar de volta aos trilhos. Em 1994, porém, a fabricante novamente fez uso da Plymouth para apresentar um conceito que foi mal recebido.
O Plymouth Expresso tinha um visual que lembrava muito um carro de brinquedo, com suas janelas arredondadas e calotas amarelas. Seu aspecto “infantil" não cativou e o projeto não teve seguimento. No entanto, o nome Expresso voltou nos anos seguintes como um pacote de acabamento para outros modelos da Plymouth, como Neon, Voyager e Breeze.
Honda Fuya-Jo (1999)
O conceito por trás do Honda Fuya-Jo é tão esquisito quanto sua aparência. O protótipo foi apresentado no Salão do Automóvel de Tóquio com a proposta de “não deixar a festa acabar”.
Melhor explicada, a ideia era de que, após sair de uma festa, os passageiros ainda pudessem ficar de pé e até mesmo dentro do veículo, não é à toa sua altura quase dois metros. O Fuya-Jo ainda tinha sistema de com diversos alto-falantes, mesa de mixagem e cadeiras personalizadas, tudo para não deixar o clima da festa se perder no trajeto.
Ford SYNus (2005)
Apresentado no Salão do Automóvel da América do Norte de 2005, o Ford SYNus parece um tio distante do Ford Bronco. Seu nome complicado tem como significado “santuário urbano”, o que se refletia na sua funcionalidade.
O foco máximo do projeto era a segurança dos ocupantes. Assim, contava com carroceria e janelas à prova de balas, além comando para ativar persianas de aço.
Seu visual no geral era inspirado em cofres de bancos, tanto que sua traseira possui uma fechadura de quatro raios característica desses objetos. Além dos cofres, o design também foi projeto para remeter a um tatu, animal conhecido por suas carapaças rígidas.
Mercedes-Benz Bionic Car (2005)
Conhecida por ser modelos elegantes e sofisticados, a Mercedes parece ter se esquecido de seus preceitos ao apresentar o Mercedes-Benz Bionic Car. O projeto, mostrado durante o Simpósio de Inovação DaimlerChrysler em Washington, nos Estados Unidos, até surpreendeu por seu caráter ecológico. O modelo emitia até 80% a menos de óxido de nitrogênio que outros carros na época.
O design, porém, não escapou de críticas. Seu visual foi inspirado em um peixe-cofre amarelo, daí suas linhas arredondadas e salientes. O motivo era até plausível, pois essa carroceria permitia uma melhor dinâmica ao veículo. Isso, no entanto, não foi suficiente para compensar seu estilo no mínimo excêntrico.
Nissan Pivo 2 (2007)
A ideia por trás do Nissan Pivo 2 era interessante e funcional. O protótipo foi apresentado como uma atualização do projeto Pivo, mostrado dois anos antes no Salão de Tóquio. A escolhida para entrar na lista é a “segunda geração” , pois ela conseguiu trazer um visual mais bizarro que o original.
Seu diferencial estava na relação entre motorista e cabine. O Pivo 2 contava com rodas que podiam girar até 90° e uma cabine inteiramente giratória. Essa disposição eliminava a funcionalidade da marcha ré e facilitava muito a tarefa de estacionar, principalmente em espaços apertados, visto que bastava rotacionar o eixo do carro para que ele se dirija “lateralmente” à vaga.
À custa dessa funcionalidade, porém, o design parece ter saído de um desenho animado. O carro parece mais uma bolha sobre rodas ou um brinquedo gigante, impressão que ainda é mais corroborada por sua porta frontal única e seus três assentos semi-alinhados.
Scion Hako Coupé (2008)
O Scion Hako Coupé foi uma tentativa da Toyota de se conectar com os jovens dos EUA, por meio de sua submarca norte-americana, a Scion. Seu objetivo era ser aquele primeiro carro barato que os pais dariam aos filhos depois destes se tornarem habilitados.
A ideia então era apresentar um design “descolado”. Para isso, a Toyota decidiu combinar o visual mais quadrado e moderno de seus modelos a um estilo retrô, muito inspirado em hot rods da Ford e Chevrolet datados dos anos 40 e 50.
O resultado foi um modelo com para-lamas e capô bem acentuados, aliados a uma janela que contornava quase toda sua carroceria e farois afilados em LED. O visual era interessante, mas ainda sim um tanto incomum. O projeto não seguiu adiante e teve o mesmo destino da própria Scion, que fechou as portas em 2016.
Tang Hua Book of Songs (2008)
Talvez a aparência do Tang Hua Book of song, que é bem estranha, nem seja o que o protótipo tem de mais esquisito. Isso porque seu nome traduzida é literalmente Livro de Canções Tang Hua. O modelo foi desenvolvido pelo designer chinês Tang Hua - daí o nome - e apresentado no Salão de Detroit, um dos mais tradicionais do mundo.
Sobre o visual em si, ele chega a lembrar uma espécie de sapato, muito pelo modo como a cabine é desenhada e posicionada, sem coluna traseira e com capô bem avantajado, onde se localiza o motor elétrico. Sua cor amarela chamativa só adiciona ao conjunto da obra.
Lexus LF-SA (2015)
O protótipo Lexus LF-SA é o mais novo de toda a lista e talvez o menos controverso no quesito de aparência. O projeto não traz um design mirabolante. Ele, na verdade, segue bastante a linguagem visual de sua montadora, e talvez seja exatamente por isso que ele cause estranheza
Pode ser que o visual característico dos modelos Lexus só não combinam com modelos ultra compactos para uso urbano e aventureiro. Além disso, por se tratar de um conceito, é de se esperar uma abordagem mais ousada dos fabricantes, o que não parece ter sido o caso da marca japonesa.