VW Tayron: marca alemã usará truque de Compass e Commander para novos SUVs

SUV médio será rival de Jeep Compass e modelos chineses que desembarcaram por aqui
Renan Bandeira
Por
08.04.2024 às 11:56
SUV médio será rival de Jeep Compass e modelos chineses que desembarcaram por aqui

O que fazer contra os SUVs chineses que estão invadindo o Brasil? Traga mais um modelo chinês. É nessa receita que a Volkswagen pretende recuperar espaço entre os modelos médios da categoria. Afinal, a marca deve lançar aqui o Tayron, um produto desenvolvido para o mercado chinês e que terá alcance global para substituir o Tiguan.

Aqui no Brasil, assim como em outros lugares, o modelo deve chegar como o novo Tiguan, já que é um produto já consolidado no mercado. No entanto, você deve estar se perguntando: de onde saiu essa história de que o VW Tayron virá ao Brasil?

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A Mobiauto contou semanas atrás sobre a possível chegada do Tayron. A fabricante alemã prometeu dois produtos para a fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Serão modelos construídos sobre a nova plataforma MQB Hybrid, uma adaptação mais profunda da já oferecida no mercado. E a VW ainda deixou a mensagem de que será um produto de medidas avantajadas.

Outra pista de que o Tayron é o escolhido pela Volkswagen para ser fabricado em São Bernardo do Campo, é o fato de a engenharia já ter feito diversos pedidos de peças do SUV para análise na unidade da Anchieta.

Vale lembrar ainda que o Tayron se encaixa em todas as atribuições apontadas pela Volkswagen, citadas mais acima. Primeiro pelas dimensões, depois por ter versões de cinco e sete lugares, além das opções de carroceria convencional e cupê - como a do VW Nivus.

Esse ponto é que faz o SUV entregar dois modelos para uma mesma planta fabril, e que também faz o produto ser bem visto pela montadora. Afinal, entregar dois produtos diferentes no mercado usando praticamente uma mesma linha de montagem, pelo alto volume de peças compartilhadas, é uma saída lucrativa para a marca.

É o mesmo truque que vemos em Compass e Commander. Ambos os modelos da Stellantis usam a plataforma Small Wide 4x4, além de terem diversos elementos estruturais e visuais compartilhados. Isso é o que mais auxilia na hora de reduzir os preços de produção e, consequentemente, os valores praticados nas lojas.

Atualmente, a marca não tem isso com o Tiguan vendido aqui, e pode ter com o Tayron, que passa a encher os olhos da montadora.

Além disso, o SUV manterá basicamente as medidas do Tiguan já vendido aqui. São 4.735 mm de comprimento, 1.859 mm de largura, 1.682 mm de altura e 2.791 mm de entre-eixos. E ainda será híbrido.

O Tiguan chinês é um dos produtos preparados pela Volkswagen para receber eletrificação. Como contamos mais acima, o modelo terá base de MQB Hybrid e usará o novo motor 1.5 TSI com adição de sistema elétrico, que faz parte do novo ciclo de investimentos e que será fabricado em São Carlos.

A usina é chamada de 1.5 Evo2 e entrega mesma potência e torque que a atual 1.4 TSI: 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque. No entanto, o trabalho é diferente, já que o novo motor trabalha em ciclo Miller e não Otto, como o 250 TSI.

O 1.5 Evo2 já tem aplicações com motores elétricos e sendo híbrido do tipo plug-in. Nesse caso, entrega 272 cv de potência, sendo números bem relevantes para enfrentar os novos Jeep Compass e Commander BlackHawk, com motor 2.0 turbo a gasolina com mais de 270 cv de potência.

Para saber mais detalhes sobre o novo Tiguan chinês, assista mais um vídeo do quadro o Que Vem Pra Pista:

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