Pode carro elétrico ser manual? Este Lancia Delta preparado prova que sim

Hatch movido a bateria terá produção limitada antes de a marca italiana lançar o seu próprio modelo
JC
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03.11.2021 às 09:00
Hatch movido a bateria terá produção limitada antes de a marca italiana lançar o seu próprio modelo

Por Fernando Vasconcellos

A Lancia sobreviverá no portfólio de marcas da Stellantis (grupo empresarial formado com a fusão da Fiat Chrysler Automóveis com a PSA Peugeot Citroën) com o lançamento de três modelos elétricos que serão lançados somente daqui três anos. Entre as novidades está prevista uma releitura moderna e movida a baterias do icônico hatchback Delta Integrale, que fez sucesso nos anos 1980 na Europa.

Contudo, a empresa francesa GCK Exclusiv-e antecipou a marca italiana e anunciou que converterá 47 unidades do antigo Lancia Delta Integrale em carros elétricos. Os “electromods”, como são chamados os modelos clássicos eletrificados, se tornaram uma tendência em alguns países europeus e nos Estados Unidos nos últimos anos.

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A GCK apresentou algumas imagens do Delta Evo-e, que manteve as principais características originais. No entanto, a empresa aplicou apenas elementos aerodinâmicos em fibra de carbono para não descaracterizar muito o desenho criado pelo conceituado estúdio de design Giugiaro.

O interior do hatch recebeu alguns toques modernos, como revestimento em Alcantara com costuras na cor laranja, bancos Recaro e uma central multimídia Alpine com tela retrátil para manter a aparência do painel original. O sistema de áudio é da marca Blam.

Hatch movido a bateria terá produção limitada antes de a marca italiana lançar o seu próprio modelo

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A mudança mais importante, obviamente, é a substituição do motor a combustão por um propulsor elétrico que entrega até 200 cv de potência e 35,7 kgf.m de torque na condição de maior desempenho. Numa tocada mais tranquila, o motorista terá à disposição somente 122 cv e 20,4 kgf.m para poupar a carga da bateria.

Falando na bateria, a GCK informa que o componente tem 29 kWh de capacidade e autonomia de até 200 quilômetros. Pesando 1.440 kg (cerca de 100 kg mais pesado que o modelo original), o Delta elétrico acelera de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos.

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Para lidar com o acréscimo de peso sem prejudicar a dinâmica, o carro recebeu reforços estruturais, suspensão rebaixada com molas mais firmes e freios redimensionados com discos de 306 mm de diâmetro e pinças de seis pistões.

Uma curiosidade é que o câmbio manual de cinco marchas foi mantido, porém, com uma nova relação final. A tração integral reparte a força do motor elétrico em 47% para as rodas dianteiras e os 53% restantes para as traseiras.

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A GCK Exclusiv-e não revelou o preço do Delta Integrale elétrico, mas diz que 11 das 47 unidades que serão produzidas terão a clássica pintura da equipe Martini Racing. Esses carros ainda terão novos componentes do chassi em alumínio e fibra de carbono, bancos de competição Sparco e acerto dinâmico ainda mais esportivo.

Para mostrar um pouco do que o elétrico é capaz, a GCK convidou o ex-campeão do Campeonato Mundial de Rali que competiu na categoria pela Lancia, o francês Didier Auriol, para acelerar um protótipo em uma pista fechada. 

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