Os 4 carros que a VW vai produzir no Brasil até 2028

Montadora anuncia investimento de mais R$ 9 bilhões para novos modelos e tecnologias
Renan Bandeira
Por
02.02.2024 às 01:29
Montadora anuncia investimento de mais R$ 9 bilhões para novos modelos e tecnologias

A Volkswagen quer ganhar mais espaço no mercado eanunciouna última quinta-feira (1º) um novo investimento bilionário para o Brasil.A nova rodada será de R$ 9 bilhões para produção de quatro novos modelos, uma plataforma híbrida, um novo motor e chegar ao total de 16 novos lançamentos até 2028.

O montante se soma aos R$ 7 bilhões já investidos, chegando ao total de R$ 16 bilhões em verbas para desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Vale ressaltar que todas as fábricas da Volkswagen no Brasil receberão novidades. Em São Carlos (SP), por exemplo, será produzido o novo motor 1.5 Evo2 – que a Mobiauto conta detalhes neste outro artigo.

Em São José dos Pinhais (PR), fábrica dividida com a Audi e que completou 25 anos, será fabricada uma nova picape. Em Taubaté (SP) será produzido um novo SUV. Já a linha de montagem de São Bernardo do Campo (SP) terá dois novos produtos. Saiba mais detalhes sobre esses produtos:

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Nova picape de São José dos Pinhais

A Mobiauto contou em primeira mão, ainda em julho do ano passado, que a Volkswagen preparava uma nova picape para o mercado nacional. A marca confirmou agora que realmente produzirá um produto do tipo por aqui e será fabricado em São José dos Pinhais (PR).

De acordo com as apurações mais recentes da nossa reportagem, o produto chegará ao mercado entre 2025 e 2026. Será um modelo de estrutura monobloco, como Chevrolet Montana, Fiat Toro, Ford Maverick e Ram Rampage. A nova picape deve se chamar Tarok, mas sua construção será mais simples que a apresentada no Salão do Automóvel de 2018 em São Paulo.

A base será a mesma do T-Cross, com quem deve compartilhar muitas peças também. Sua principal rival no mercado nacional deve ser a Montana. A expectativa é que ela conte com algum tipo de eletrificação, e quem sabe o motor 1.5 Evo2 não esteja presente no cofre.

Ilustração: Kleber Silva / kdesignag

Novo SUV de Taubaté

O novo SUV da Volkswagen tumultuou a semana no setorautomotivo. A Prefeitura de Taubaté fez uma postagem afirmando que o novo Gol será fabricado por lá. O nome já havia sido aventado para batizar o novo veículo, que será um compacto posicionado abaixo de T-Cross e Nivus no catálogo da marca.

Agora ganha mais força, embora a VW siga negando. A negação é óbvia, se pensarmos que o produto tem potencial para ser o carro chefe da fabricante no Brasil. Dentro da fábrica, falam-se em mais de 200 mil unidades fabricadas por ano. É mais que a Fiat Strada, modelo mais emplacado do Brasil, tem de chassis confeccionados.

Ou seja, a Volkswagen vai tentar esconder o jogo até que possa mostrar suas cartas.

Seu porte será parecido com o do Fiat Pulse e do Renault Kardian. Estamos falando de um SUV com xx mm de comprimento e xx mm de entre-eixos. Ele deve ter visual parecido com o dos outros veículos da marca, como já estamos acostumados a ver.

O motor deve ser sempre turbo. A expectativa é de que as versões de entrada contem com o 1.0 turbo flex na calibração 170 TSI, de até 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque. Enquanto as mais completas oferecem o mesmo 1.0 turbo flex com o ajuste 200 TSI de até 128 cv e 20,5 kgfm. Essa usina pode receber o auxílio de um sistema elétrico para formar um híbrido leve.O “novo Gol” será lançado ano que vem.

Ilustração: Kleber Silva / kdesignag


Dois novos modelos de São Bernardo do Campo

Este ainda é o maior mistério por aqui. No entanto, a Mobiauto aposta as fichas que um desses produtos será o VW Tayron, um SUV médio vendido na China e que é o substituto natural do Tiguan no planejamento da marca.

O chefe de engenharia Karl-Heinz Heel da Volkswagen confirmou em julho do ano passado isso, quando apontou que o Tayron receberia uma nova geração para ter alcance global e tirar o Tiguan da prateleira. As primeiras imagens do novo Tayron foram vazadas, o que indica que a geração sucessora está para sair do forno.

O fato de ser um produto para o mercado chinês ajuda sua chegada ao Brasil. Afinal, trata-se de um produto para mercado emergentes e que não demandará tanto custo quanto projetos europeus. É a lógica que vemos com a invasão chinesa no Brasil.

Um outro ponto forte é que o nome Tayron é comentado nos corredores da fábrica da Anchieta, como apurou Mobiauto recentemente. Juntando isso à necessidade de ter um substituto de sucesso para Tiguan e até o Taos para buscar Jeep Compass e Jeep Commander nas vendas, o SUV soma mais um ponto. E ele é um sete lugares, o que mata dois coelhos em um tiro certeiro.

Nosso palpite é que o outro produto será derivado do SUV. Como os modelos seriam fabricados no mesmo local, há uma facilidade logística e também de custo, que ajudaria a VW a trabalhar melhor os preços. Esse carro pode ser o Tayron X, que usa a mesma base do irmão convencional e que traz uma carroceria mais jovial cupê.

É um produto que existe na China e que já foi aventado no Brasil, mas nunca se concretizou. Como o mercado não tem um produto cupê desse porte, poderia ser uma boa investida da VW.

O Tayron e o Tayron X podem até parecer distantes (e são, afinal, os projetos são chineses), mas Ciro Possobom, presidente da Volkswagen no Brasil, afirmou que os dois modelos de São Bernardo do Campo (SP) serão novos e feitos do zero. Isso distancia para qualquer outro produto da casa, e que nos deixa pensar que um SUV maior e de porte médio pode, sim, estar nos planos.

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