Honda PCX x Yamaha NMax? Qual scooter vale mais a pena?

Scooter da Honda é mais barata e líder, mas rival da Yamaha tem preços menores de revisão
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17.04.2024 às 08:00
Scooter da Honda é mais barata e líder, mas rival da Yamaha tem preços menores de revisão

As scooters correspondem a 36% do mercado de motos no Brasil. São a segunda categoria de motocicletas mais vendidas, atrás apenas das streets (segmento de baixa cilindrada da Honda CG, Yamaha Factor e similares). As scooters possuem uma variedade grande de estilo, porte, cilindrada e potência atualmente, mas as mais vendidas são aquelas na base do mercado e, entre elas, a que se destaca no topo é a Honda PCX.

Embora não seja a mais barata, nem a de menor motor dentro da Honda, a PCX 160 vende quase 3 vezes mais que sua rival de outra marca, a Yamaha NMax 160. Só no primeiro trimestre deste ano, foram 13.927 unidades vendidas da PCX contra 3.627 da NMax. Mas quando colocamos as duas scooters lado a lado em relação à ficha técnica e à oferta de equipamentos, ambas são muito semelhantes.

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As diferenças vêm em detalhes, como preço (um pouco mais barato no caso da PCX, considerando os valores tabelados sem frete), custos de revisão e uma ou outra característica de ciclística.

Portanto, será que a ampla vantagem da PCX nas vendas realmente se justifica? É o que vamos descobrir neste comparativo.

Motorização

As duas scooters são equipadas com motores monocilíndricos de 160 cc (156,9 cm³ no caso da PCX e 155 cm³ no da NMax). Enquanto a Honda oferece 16 cv a 8.500 rpm, a Yamaha gera 15,4 cv a 8.000 rpm, sendo 1,5 kgfm e 1,4 kgfm, respectivamente. Ou seja, é praticamente um empate técnico.

Os pesos também são muito próximos. A Honda divulga 126 kg de peso seco. Considerando o tanque de 8 litros da PCX, podemos aproximar o peso em ordem de marcha dela ao redor dos 134 kg, enquanto a NMAx pesa 131 kg, já pronta para o uso. No caso dela, o tanque é de 7,1 litros.

Em desempenho, portanto, as duas scooters se equiparam bem, com fôlego suficiente para entregar um comportamento dinâmico ágil na cidade e manter de maneira confortável uma velocidade de 110 km/h na estrada. Acima disso, as duas já começam a demonstrar um esforço mais acentuado.

Quanto ao consumo, a Yamaha não divulga o número de fábrica, mas na prática a NMax pode andar cerca de 37 km/l a 39 km/l com gasolina. A Honda tem como número oficial 44 km/l a gasolina para a PCX, mas este desempenho pode variar muito dependendo da utilização da moto. A rigor, as duas motos orbitam uma faixa entre 37 km/l e 40 km/l com tranquilidade. A PCX tem a vantagem de ter 1 litro a mais no tanque para obter uma autonomia um pouco maior.

Características

As scooters não costumam ser reconhecidas pelo conforto na hora de enfrentar buracos na cidade. Nem PCX, nem NMax destoam desta regra. Porém, a PCX é sutilmente mais preparada para isso, uma vez que conta com cursos de suspensão de 10 cm na frente e atrás, além de roda dianteira de 14’’. Na NMax, a roda da frente é de 13’’, tal qual a traseira (assim como no caso da PCX) e o curso de suspensão traseiro é menor, de 8,6 cm, na frente são 10 cm também. As duas contam com amortecedores duplos atrás.

Outra vantagem da PCX nessa seara é a altura livre do solo, de 13,4 cm, 1 cm a mais que a da NMax. Contudo, o troco da Yamaha vem nos freios. A NMax traz a função ABS nas duas rodas, além de ter discos maiores, de 230 mm cada. Na PCX, os discos são de 220 mm e só há ABS na frente. As duas contam com controle de tração de série.

Equipamentos e manutenção

Tanto a NMax quanto a PCX vêm de série com painel digital, farol e lanterna de LED, stop-start, chave presencial e um compartimento sob o assento que comporta um capacete integral fechado. A PCX traz entrada USB, enquanto a NMax possui um soquete para 12V.

O preço tabelado da Honda PCX é de R$ 18.480 segundo o site da marca, enquanto a Yamaha divulga o valor de R$ 20.990 para a NMax. A vantagem da NMax é ter garantia de 4 anos, um a mais que a PCX, além de um custo fixo total de revisões nos primeiros dois anos mais barato, mas por uma margem bem pequena. A soma é de R$ 1.212, enquanto na Honda o resultado dá R$ 1.229 para o período, mas este valor é mais flexível, não é fixo.

Analisando as duas scooters lado a lado, parece que a vantagem da Honda está mais relacionada a fatores mercadológicos por conta da maior capilaridade do que efetivamente uma superioridade técnica ou de equipamentos da PCX. De qualquer forma, a preferência por uma scooter ou outra pode ser influenciada pelo estilo visual de cada uma e o que o consumidor prioriza na hora da compra.

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