É verdade que o combustível evapora com o carro desligado?
Vamos começar logo dando a resposta à pergunta do título: sim, combustível evapora com o carro parado. E, como já seria de se esperar, a evaporação é maior em dias quentes. Tem mais: gasolina evapora mais rápido que o etanol.
Porém, se você está preocupado em estar perdendo combustível mesmo com sua caranga paradinha e estacionada na garagem, pode ficar tranquilo, pois não está. O combustível só muda de estado, mas continua no reservatório.
Conversamos com Gabriel Barni, engenheiro do Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford em Tatuí. Ele nos explicou o que acontece com os combustíveis no tanque mesmo com o carro parado.
“Mesmo com o veículo estacionado, o combustível pode entrar em processo de evaporação. Isso acontece mais em dia quentes. A gasolina normalmente começa a evaporar ao atingir a temperatura de 50º C, enquanto o etanol só entra neste processo em temperaturas acima dos 70º C", explica o engenheiro.
Mas se o combustível evapora, como é possível recuperá-lo? Primeiro, precisamos entender o processo. O combustível começa a evaporar por conta da temperatura. Com isso, o tanque começa a ser pressurizado para que o gás possa sair. E esse escape precisa existir para que o tanque não exploda.
O gás vai para o canister, que é basicamente uma caixa de carvão ativado que funciona como um filtro para esses gases, retendo os vapores de gasolina e deixando o ar “limpo” passar.
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“Quando o veículo é ligado, o canister puxa a gasolina ou etanol em estado gasoso pelo caminho de volta para queimá-lo no motor, assim como faz com o combustível em estado líquido”, discorre Barni.
Para quem acha impossível que parte do combustível não seja desperdiçada, o engenheiro da Ford esclarece: “Com a tecnologia que temos hoje, é perfeitamente possível armazenar esse vapor e queimá-lo depois”, tranquiliza.
“Além disso, a legislação é muito apertada neste quesito. A perda é de no máximo 0.5 gramas de combustível em 24 horas. Se passar disso, o carro é reprovado e não pode ser homologado”, conclui.
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A faculdade me fez jornalista, a vida me fez aficionada por carros esportivos e adrenalina. Unindo paixão e profissão, realizo a missão de conectar pessoas com o universo automotivo, mas confesso que já tentei pilotar um kart e não deu muito certo.