Confirmado: novos Compass, Toro e Jeep de 7 lugares turboflex terão 180 cv

Motor 1.3 será o primeiro da família turboflex a sair da fábrica de Betim (MG). Na sequência virá o 1.0, que será usado pelo SUV do Fiat Argo
Renan Bandeira
Por
10.03.2021 às 17:24
Motor 1.3 será o primeiro da família turboflex a sair da fábrica de Betim (MG). Na sequência virá o 1.0, que será usado pelo SUV do Fiat Argo

O grupo Stellantis confirmou, nesta quarta-feira (10), que a fábrica de Betim (MG) iniciará nesta semana a produção de sua nova família de motores turbo, a GSE. Serão dois propulsores: o T3, 1.0 com três cilindros, e T4, 1.3 com quatro cilindros

Ambos são derivados dos atuais 1.0 e 1.3 Firefly aspirados e igualmente flexíveis, mas, além do turbocompressor, trazem como diferenciais um cabeçote com quatro válvulas por cilindro (contra duas dos Firefly) e injeção direta de combustível.

O primeiro a ser produzido será o GSE 1.3 turboflex. Sua potência e torque com gasolina já foram confirmados pela fabricante: 180 cv e 27,5 kgfm. A empresa, no entanto, ainda não revelou quais serão os números com etanol, mas nossa reportagem estima que a potência ficará entre 183 e 186 cv. 

Motor 1.3 será o primeiro da família turboflex a sair da fábrica de Betim (MG). Na sequência virá o 1.0, que será usado pelo SUV do Fiat Argo

Porque o 1.3 turbo primeiro, e não o 1.0 turbo? O motivo é simples. Ele será responsável por mover o Jeep Compass e a Fiat Toro na linha 2022. Ambos serão renovados pela fabricante e estão para serem lançados: o SUV será apresentado no começo de abril e a picape deve surgir dois meses depois. 

Confira o valor de seu carro na nossa Tabela Fipe

Além deles, o propulsor deve empurrar também o Jeep de 7 lugares, cujo nome ainda não foi revelado, mas que tem previsão de lançamento no último trimestre do ano. Já o motor 1.0 T3, que deve ficar na casa de 120 cv e 19 kgfm, estreará no SUV da Fiat a ser revelado em maio, que será efetivamente lançado no mercado entre setembro e outubro.

Tecnologia dos motores

Os motores da família GSE terão injeção direta, igual ao que já é oferecido pela Volkswagen em Nivus, T-Cross e companhia, por exemplo. O método é mais eficiente na queima de combustível, já que reduz a temperatura da mistura ar-combustível dentro da câmara de combustão, não deixando ocorrer uma detonação precoce, reduzindo o consumo e melhorando o desempenho.

Falando em desempenho, de acordo com as especificações, os motores terão um turbocompressor de menor resistência e volume de ar reduzido entre compressor e coletor de admissão, o que ajudará na resposta mais rápida ao motor e, consequentemente, melhorará as acelerações e retomadas de velocidade. 

Motor 1.3 será o primeiro da família turboflex a sair da fábrica de Betim (MG). Na sequência virá o 1.0, que será usado pelo SUV do Fiat Argo

Leia também: Quais carros de Fiat e Jeep terão motor turbo (e quando chegam)

Além disso, eles contarão com o velho conhecido sistema MultiAir, que foi lançado pela Fiat no Salão de Genebra de 2009 e é usado até hoje nos Alfa Romeo e no Fiat 500, vendido na Europa. Por aqui, ganhou fama nos motores 1.4 T-Jet que chegaram a equipar modelos como Punto e Bravo. 

Na nova geração de motores do grupo Stellantis, essa tecnologia foi otimizada e rebatizada como MultiAir III. Ela trabalha tanto nas válvulas de admissão quanto nas de escape, com um sistema eletro-hidráulico que permite o controle mais flexível de elevação e o tempo de abertura das válvulas. Com isso, é mais fácil de gerenciar a taxa de compressão do motor e também reduzir a emissão de poluentes.

A marca ainda afirma que o tombo dos injetores é de apenas 23º de inclinação. Como o componente fica praticamente na vertical, o jato de combustível é mais preciso e isso diminui as chances de contato com o fio de óleo na parede do cilindro, que, consequentemente, reduz a emissão vinda da queima deste óleo.

Outros detalhes são o termostato elétrico, que faz o motor atingir a temperatura ideal de funcionamento mais rápido, e a corrente de distribuição silenciosa, que promete reduzir o ruído do propulsor.

Leia também: SUV Jeep de 7 lugares terá motores 1.3 turbo e 2.0 diesel

Volume de produção

Motor 1.3 será o primeiro da família turboflex a sair da fábrica de Betim (MG). Na sequência virá o 1.0, que será usado pelo SUV do Fiat Argo

Para a produção dos novos motores, o grupo Stellantis abriu uma nova fábrica no polo automotivo da Fiat, em Betim (MG), com 12 mil metros quadrados, e que emprega diretamente 350 pessoas.

O investimento do grupo foi de R$ 400 milhões e a unidade tem capacidade inicial para fabricação de 100 mil propulsores por ano. O volume deve aumentar no decorrer deste ano, com o investimento de outros R$ 100 milhões em mais uma linha de produção, que será destinada à fabricação do 1.0 turboflex.

Com isso, o complexo industrial de Betim (MG) se torna o maior produtor de trens de força da América Latina, com capacidade anual de 700 mil motores e 500 mil transmissões anualmente.

Talvez você também se interesse por:

Seis picapes que serão lançadas no Brasil em 2021
22 SUVs que serão lançados no Brasil em 2021
13 hatches e sedans que serão lançados no Brasil em 2021
Picape Fiat para brigar com Hilux e S10 está a caminho

Comentários