Avaliação: Renault Captur 2022, como SUV anda com motor turbo de 170 cv

Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma
Camila Torres
Por
07.07.2021 às 12:00
Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

Como é o novo Renault Captur? Por fora, quase a mesma coisa, mas a mudança interior, ou melhor, por baixo do capô, foi radical. O modelo trocou o fraco motor 1.6 aspirado de 120 cv por um moderno 1.3 turboflex de 170 cv e 27,5 kgfm feito em parceria com a Mercedes-Benz.

Propositalmente, a fabricante francesa nos levou até São Roque (SP), a cerca de 60 km da capital, para deixar no ar que o desempenho do SUV mudou da água para o vinho. 

O novo Captur turbo está disponível em três versões, todas com 0 motor 1.3 Turbo: Zen (R$ 124.490), Intense (R$ 129.490) e Iconic (R$ 138.490), a topo de linha, que foi a que testamos. Veja aqui a lista completa de itens de série por versão. Até o momento, a montadora não anunciou se manterá alguma configuração 1.6 em linha ou não.

O Captur chegou ao Brasil em 2017 para ocupar uma faixa acima do Duster, apesar de compartilhar com o irmão a plataforma B0, a motorização, muitas peças de acabamento interno e até a distância entre eixos. Por isso mesmo, a fabricante sofreu para posicioná-lo no mercado e o SUV nunca emplacou como ela gostaria.

Quatro anos depois, a marca apresenta o Captur 2022 reestilizado. As diferenças em relação ao irmão vão além do design, dimensões e alguns itens de série, chegando ao cerne do carro. 

Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

O SUV não trocou apenas o coração, mas artérias e ramificações. O antigo câmbio CVT foi substituído por outro, também da família X-Tronic, mas agora com simulação de oito velocidades. Segundo a Renault, a nova transmissão garante retomadas de velocidade mais vigorosas ao modelo em diferentes condições de uso.

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Essas foram as mudanças realmente significativas. Além disso, o modelo passou por alguns retoques no visual e ganhou sistema de partida do motor à distância, que permite climatizar o carro para esperar o motorista. A versão topo de linha conta ainda com alerta de ponto cego quatro câmeras para auxiliar nas manobras. 

Chega de spoiler e vamos conhecer o novo Renault Captur parte a parte, para saber tudo que mudou e também alguns pontos em que ele ganha e perde para concorrência, que está cada vez maior no segmento de SUVs.

Principais mudanças no design do novo Renault Captur

O Captur 2022 retocou a maquiagem, mas não trocou de roupa. As mudanças no modelo se concentram apenas na dianteira. A grade ficou sutilmente mais larga e ganhou detalhe cromado. O para-choque recebeu linhas mais fluidas e novo ski dianteiro com entrada de ar.

A luz de circulação diurna DRL agora é em LED e emoldura os faróis de neblina, que também são em LED e contam com função auxiliar em curvas. Os faróis passaram por um retoque e agora são full-LED na versão topo de linha, o que confere 75% de melhoria na eficiência da iluminação, segundo a Renault. 

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O Captur já era um carro agradável aos olhos. De porte mais encorpado, linhas curvas e traços estilosos, ousado na medida certa. Por isso, as poucas mudanças não devem incomodar os interessados pelo modelo, já que ele conservou seu design, mas ganhou um ar mais moderno e sofisticado. 

As rodas também são novas: há duas opções de desenho e acabamento, a depender da versão. O SUV continua a oferecer pintura bicolor com o teto preto ou prata. Já a cor da carroceria pode ser em branco Glacier, Vermelho Fogo, Prata Etoile ou Cinza Cassiopée, além das estreantes Bege Dune e Azul Iron.

No que se trata de design, as mudanças mais significantes estão no habitáculo. Os bancos ganharam novo acabamento e o painel foi reformulado, recebendo detalhes cromados, acabamento em preto brilhante na moldura da central multimídia e nas saídas do ar-condicionado.

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Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

Há, ainda, revestimento em couro sintético marrom nos bancos, replicando o mesmo tom contrastante da parte central de painel e da extremidade direita do console central. Tudo para tentar passar um ar mais premium do que o habitáculo do Captur atual, um dos pontos mais fracos do SUV até então.

Na reestilização, porém, eles poderiam ter evitado tanto plástico duro aparente. Outro ponto que gera incômodo é o botão de partida do carro ficar posicionado no console, abaixo da central, ao invés de próximo ao volante, que é muito mais intuitivo. 

O porta-copos também tem uma pequena falha: ao baixarmos o apoio de braço, o espaço para um dos copos fica comprometido, sendo inviável colocar um copo mais alto ou uma garrafa no espaço.

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Por fim, a central multimídia foi atualizada para o mesmo padrão do Duster, mas seu posicionamento no painel ainda é com a tela voltada para baixo, o que compromete a visualização.

Dimensões: nem um centímetro a mais ou menos

Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

A reestilização não alterou as dimensões do Captur 2022. Vale relembrar que o modelo é maior que o Duster ou um Jeep Renegade, mas ainda é menor que modelos como o Jeep Compass ou Volkswagens Taos. 

Em termos de conforto, o SUV oferece um ótimo espaço para os cinco passageiros, afinal estamos falando de 4.379 mm de comprimento, 2.673 mm de entre-eixos, 1.813 mm de largura (sem retrovisores) e 1.619 mm de altura. Mas é no porta-malas onde o Captur mais se destaca, com seus 437 litros de capacidade.

O Jeep Compass, por exemplo, tem 410 litros. O Volkswagen T-Cross tem 373 litros e o Chevrolet Tracker, 393 litros. O Renault Captur só perde para o irmão Duster (475 litros) e para os compactos-médios Toyota Corolla Cross, que tem 440 litros, e Volkswagen Taos, com seus 498 litros.

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Desempenho do novo Renault Captur com motor 1.3 Turbo

As maiores mudanças do Captur não estão no exterior, mas por baixo do capô. Ali está a verdadeira virada de chave do modelo, que agora é equipado com motor 1.3 TCe turboflex de 162/170 cv de potência (gasolina/etanol), entre 5.500 rpm e 6.000 rpm, e 27,5 kgfm de torque (com qualquer combustível), entre 1.600 e 3.750 rpm.

Casado ao novo câmbio CVT X-Tronic de oito marchas simuladas, o trem de força permite ao novo Captur ir de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos se abastecido com etanol ou 9,5 s com gasolina. A velocidade máxima é de 190 km/h. 

Indo direto ao ponto, o desempenho do novo Renault Captur mudou da água para o vinho. Antes, o SUV empurrado pelo 1.6 SCe aspirado de 118/120 cv e 16,2 kgfm, mais câmbio CVT com simulação de seis velocidades, em 13,1 s. 

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Estamos falando de uma evolução de 3,9 s ou quase 30% nas acelerações. Ou seja: aquela realidade de SUV “manco”, com retomadas lentas e engasgadas para ganhar velocidade, é coisa do passado. 

Para conhecer o desempenho do novo Renault Captur na prática, fomos convidados a pegar a estrada. Saímos da Vila Madalena, bairro localizado na Zona Oeste de São Paulo, com destino a São Roque, município no interior conhecido por suas vinícolas charmosas. 

Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

Mas não seguimos pelo caminho convencional: fizemos um desvio para pegar a estrada dos Romeiros, que é cheia de curvas, aclives e retomadas. Assim, pudemos atestar se de fato o motor 1.3 turbo desenvolvido com o know-how da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em parceria com a Daimler iria dar conta do recado. 

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O novo Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line é munido do mesmo propulsor, só que movido somente a gasolina. Diferente do Captur, o SUV alemão tem 25,5 kgfm de torque ao invés dos 27,5. Como o GLA 200 tem porte menor e aerodinâmica superior, ainda atinge números mais entusiasmantes, indo de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos e atingindo até 210 km/h.

Esclarecimentos feitos, vamos à prática. O Renault Captur agrada em vários quesitos. Nas retomadas, o SUV está muito mais esperto, mas por entregar o torque total entre 1.600 e 3.750 rpm ainda falta um pouco de instantaneidade ao dar a primeira acelerada. 

É verdade que o Captur tem o maior torque do segmento, mas o Volkswagen Taos, por exemplo, tem 25,5 kgfm entregues logo a 1.500 rpm, o que faz com que você sinta mais rapidez nas arrancadas. 

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Tanto que, mesmo o SUV da VW sendo 20 cv menos potente (150 cv), leva 9,3 segundos para ir de 0 a 100 km/h, praticamente o mesmo tempo que o Captur, que é de um porte menor. 

Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

À primeira vista, encanta o fato do SUV da Renault usar o mesmo motor que um Mercedes-Benz e entregar 170 cv e 27,5 kgfm de torque. No entanto, é necessário ir além dos números para entender como o modelo anda. Durante o trajeto, não se sente mais aquele esforço tremendo que o 1.6 fazia ao subir um aclive. Ao pisar um pouco mais no acelerador, o carro responde de uma forma muito espontânea. 

Nas curvas o modelo apresenta uma boa retomada. E ao reduzir um pouco nas curvas e depois acelerar de novo, a faixas médias de rotação, o Captur mostra uma boa performance. Esse é o ponto alto de seu desempenho.

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No geral, ele está dinâmico o suficiente para a cidade, arranca bem na saída dos semáforos, já que não é necessário atingir seu pico de potência e torque, e tem fôlego para as subidas. Só deixa a desejar pelo ruído excessivo proporcionado pelo CVT nos primeiros metros de aceleração.

Também não conte com muito silêncio por parte das suspensões. Apesar da boa altura do solo e dos ângulos generosos de ataque e saída, o Captur continua barulhento quando passa por algum buraco, pois apresenta um impacto seco.

Na estrada, se não precisar levar o velocímetro ao zero, o Captur se sai mais que bem nas retomadas. E se quiser extrair um pouco mais de emoção, o SUV eleva o ponteiro sem dificuldades.

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Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

Motor: 1.3 turbo flex, dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, 16V, turbo, diesel, injeção direta, duplo comando de válvulas, taxa de compressão 15,6:1

Desempenho: 162 (E)/ 170 (G) cv entre 5.500 e 6.000 rpm e 27,5 kgfm de torque (E/G) entre 1.600 e 3.750 rpm

Peso/potência:  8 (E) /8,4 (G) kg/cv

Peso/torque:  49,6 kg/kgfm

Câmbio: CVT de oito marchas

Tração: dianteira

0 a 100 km/h: 9,2 (E) / 9,5 (G) segundos

Velocidade máxima:  190 km/h

Dados técnicos: direção eletro-hidráulica / suspensão dianteira independente, tipo MacPherson, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais, suspensão traseira semi-independente com barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais / freios dianteiros ventilados e freios traseiros a tambor / ângulos: 19° de entrada, 30° de saída e 25° de transposição / pneus 215/60 R17 

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Renault Captur e os concorrentes

Por se tratar de um motor novo, é interessante e necessário saber como o novo Renault Captur fica em relação à concorrência no quesito desempenho. 

Listamos concorrentes diretos como, Chevrolet Tracker 1.2 Turbo e VW T-Cross 1.4 Turbo, mas também alguns SUVs maiores que a Renault está mirando, como os novos Jeep Compass 1.3 Turbo, VW Taos 1.4 Turbo e Toyota Corolla Cross 2.0, único da lista com motor aspirado. 

Como os números mostram, o Captur 2022 é mais potente que a maioria dos concorrentes, com exceção do Jeep Compass e do Toyota Corolla Cross, embora o SUV japonês seja mais lento no 0 a 100 km/h (por ter um propulsor aspirado, com pico de torque a um giro mais elevado). 

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Em uma arrancada hipotética entre os seis modelos, o T-Cross 250 TSI ficaria em primeiro lugar, o Compass em segundo e o Captur em terceiro. Nada mau. Na sequência viriam Taos, Tracker e, por último, o Corolla Cross.

Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

Volkswagen T-Cross Highline: motor 1.4 Turbo de 150 CV e 25,5 kgfm de torque / 0 a 100 km/h em 8,7 segundos / velocidade máxima: 198 km/h

VW Taos Highline: motor 1.4 Turbo de 150 CV e 25,5 kgfm de torque / 0 a 100 km/h em 9,3 segundos / velocidade máxima: 194 km/h

Chevrolet Tracker Premier: motor 1.2 turbo de 133/132 cv e 21,4/19,4 kgfm de torque/ 0 a 100 km/h em 9,4 segundos /velocidade máxima: 185 km/h

Toyota Corolla Cross: motor 2.0 de 177/169 cv e 21,4 kgfm de torque / 0 a 100 km/h em 9,8 segundos / velocidade máxima: 195 km/h

Jeep Compass Sport: motor 1.3 turbo de 185/180 cv e 27,5 kgfm / 0 a 100 km/h em 8,8 segundos / velocidade máxima: 207 km/h

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Renault Captur fica mais econômico 

O Renault Captur faz 7,5 km/litro na cidade e 8,3 km/litro na estrada abastecido com etanol, segundo o Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro. E 11,1 km/litro na cidade e 12 km/litro na estrada com gasolina. Está pouco mais econômico que antes, mas é preciso considerar que o SUV ficou muito mais potente. 

Quando o Captur era equipado pelo motor 1.6 turbo, fazia 7,2 km/litro na cidade e 8,1 km/litro na estrada com etanol, e 10,5 km/litro na cidade e 11,7 km/litro na estrada com gasolina.

O SUV da Renault agora está mais econômico que rivais maiores como Volkswagen Taos e Jeep Compass. Porém, ainda leva desvantagem em relação a Chevrolet Tracker, Toyota Corolla Cross e Volkswagen T-Cross. 

Volkswagen T-Cross 1.4 Turbo Highline: 7,7 km/litro na cidade e 9,3 km/litro na estrada com etanol e 11 km/litro na cidade e 13,2 km/litro na estrada

Volkswagen Taos 1.4 Highline: 7 km/litro na cidade e 9 km/litro na estrada com etanol, e 10,2 km/litro na cidade e 12,5 km/litro estrada com gasolina

Chevrolet Tracker 1.2 Turbo Premier:  7,7 km/litro na cidade e 9,4 km/litro na estrada com etanol, e 11,2 km/litro na cidade e 13,5 km/litro na estrada com gasolina

Toyota Corolla Cross 2.0: 8 km/litro na cidade e 9 km/litro na estrada com etanol, e 11,5 km/litro na cidade e 12,8 km/litro na estrada

Jeep Compass 1.3 Turbo Sport: 7,4 km/litro na cidade e 8,7 km/litro na estrada com etanol, 10,5 km/litro na cidade e 12,1 km/litro na estrada

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Renault Captur Iconic 2022 - principais itens de série 

Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

● Multimídia Easylink 8” com espelhamento de smartphones Android Auto e Apple Carplay

● Volante com comandos integrados e ajustes de profundidade e altura

● 4 airbags (dois dianteiros e dois laterais)

● Câmera e sensores de estacionamento traseiros

● Controle de estabilidade (ESP) 

● Controle de tração (ASR)

● Assistente de partida em rampa (HSA)

● Luzes de circulação diurna (DRL) em LED

● Sensor de pressão dos pneus

● Chave-cartão

● Sistema Start&Stop

● Piloto automático (regulador e limitador de velocidade)

● Ar-condicionado automático

● Luzes de neblina em LED com função “cornering”, auxiliar em curvas

● Sensor crepuscular

● Sensor de chuva

● Duas saídas USB para o banco traseiro

● Função “Follow me home” nos faróis

● Faróis com tecnologia full LED

● Sistema de áudio premium BOSE com seis alto-falantes, subwoofer no porta-malas e equalizador digital exclusivo

● Sensor de ponto cego

● Sistema de câmeras Multiview, com quatro câmeras

● Sistema de partida remota do motor

Conclusão - novo Captur vale a pena?

Com motor “Mercedes-Benz”, desempenho do Renault Captur muda da água para o vinho, mas a embalagem continua quase a mesma

Não há dúvidas que o Captur apresentado em 2017 deu um salto na reestilização recém-apresentada. A fabricante foi cirúrgica nas mudanças: manteve o design sem muitos ajustes, já que esse era e é um dos pontos fortes do SUV, e focou as principais mudanças nas partes mecânica e de acabamento interno.

A Renault também foi extremamente ousada ao escolher um modelo que nunca deslanchou nas vendas para estrear o motor turbo construído em parceria com a Mercedes-Benz, mas a aposta parece ser promissora. 

Analisando só o novo Renault Captur, temos aqui um SUV que enfim faz jus ao porte e dá conta de rodar na cidade e na estrada. Só não se mete com terrenos off-road, até porque essa não é sua proposta. Mas, no geral, oferece uma boa performance. 

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A lista de itens de série cresceu um pouco. Claro que a versão topo de linha é a mais interessante, pois acrescenta partida do motor por botão, sistema de áudio premium Bose, sensor de ponto cego e quatro câmeras de auxílio a manobras, entre outros. 

O pé na roda é a concorrência. Em sua faixa de preço, há muitos SUVs disputando clientes. Resumo da ópera: o Captur 2022 está valendo bem mais a pena do que valia antes, mas, se comparado com o resto do mercado, vale a pena ir além da vitrine e entrar para ver o que a concorrência está oferecendo. 

Em alguns aspectos, o Captur sai na frente ou se equipara às referências do segmento, como em design, desempenho ou espaço interno. Em outros, ainda fica na peneira fina, como em tecnologia ou acabamento. Isso é conversa para ser aprofundada em um comparativo.

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