12 carros que deram adeus ao Brasil no primeiro semestre de 2021

Número de carros que saíram de linha na primeira metade do ano foi alto, por diversos fatores. Relembre quais foram eles:
Renan Bandeira
Por
07.07.2021 às 12:17
Número de carros que saíram de linha na primeira metade do ano foi alto, por diversos fatores. Relembre quais foram eles:

O primeiro semestre de 2021 chegou ao fim e, junto com ele, pelo menos 12 carros se despediram do Brasil.

Alguns tiveram um final trágico, como a família Ford Ka e o Ford EcoSport, que foram descontinuados do dia para a noite após a marca americana encerrar a fabricação de veículos por aqui.

Outros já nem eram praticamente lembrados, como Citroën AirCross, Citroën C4 Lounge e Nissan Sentra, que já não vinham mais sendo divulgados por suas marcas e viveram até que seus estoques acabassem.  

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Em alguns casos, a despedida já era aguardada e não espantou ninguém, como a primeira geração da Fiat Strada, completamente ofuscada pela sucessora mesmo nas versões voltadas a frotistas. Mas houve modelos que saem de cena com sensação de fracasso e ciclo inacabado, caso do VW Up!.

O que mais impressiona é ver como há muitos modelos compactos e de alto volume de vendas na lista. Muitos fatores contribuíram para isso: a pandemia, com consequente queda do mercado; o foco em veículos de maior valor agregado; as novas leis de emissões que entrarão em vigor no ano que vem.

Você lembra de todos os veículos que já se despediram do Brasil neste ano? Para te ajudar a rememorar, a Mobiauto listou os veículos que disseram adeus durante os primeiros seis meses deste ano. Veja a lista abaixo. Esquecemos de mencionar algum? Basta dizer nos comentários.

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Ford EcoSport e família Ka

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A primeira baixa do ano veio da Ford, como contamos acima. E logo com uma bomba de proporções únicas. Em 10 de janeiro, a marca americana anunciou que sua filial instalada no Brasil não iria mais produzir carros nem motores, incluindo o fechamento das fábricas em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE).

Com isso, os Ford Ka, Ka Sedan e EcoSport deixaram a linha de produção repentinamente e deram adeus ao mercado. Agora, a marca apostará 100% em SUVs e picapes importados, com tíquete médio bem mais alto. Por isso, segue oferecendo modelos como Territory, Ranger e o novato Bronco Sport aqui.

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Toyota Etios hatch e sedan

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Eles já estavam com os dias contados, mas a chegada do Toyota Corolla Cross foi o empurrãozinho final para a família Etios deixar de ser vendida no Brasil. Os modelos continuam sendo produzidos em Sorocaba (SP), só que em menor escala visando somente à exportação.

Longe de ser uma unanimidade nacional, o Etios foi descontinuado sem receber atualizações e com o título de patinho feio da marca japonesa no Brasil. Com o adeus, os Etios hatch e sedan passaram para os Yaris Hatch e Sedan o bastão de carros de entrada da montadora por aqui.

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Citroën Aircross, C3 e C4 Lounge

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Os Citroën C3 (hatch compacto), C4 Lounge (sedan médio) e AirCross (monovolume compacto) já estavam fazendo hora extra e viveram até o fim de seus estoques, que acabaram em março deste ano. 

Com isso, a fabricante se tornou, mesmo que momentaneamente, marca de um carro só no Brasil, por oferecer apenas o SUV compacto C4 Cactus em seu catálogo.

De todos esses modelos, apenas o C3 deve der relançado ainda este ano. A empresa francesa prepara uma nova geração do veículo, que manterá a assinatura C3, mas que será bem diferente, com visual mais altinho e igual ao protótipo indiano que compartilha a plataforma do primo Peugeot 208.

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Volkswagen Up!

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Talvez as comparações com o VW Fusca tenham prejudicado a vida do Up! em território nacional. O subcompacto com visual europeu tinha um projeto mais elaborado que o de seus concorrentes e, consequentemente, seus preços eram mais elevados. Este foi um dos motivos pelo insucesso do modelo aqui.

O Up! até lutou, mas não conseguiu competir em preços com Renault Kwid e Fiat Mobi. Dessa forma, a Volkswagen, aos poucos, foi abandonando o projeto, que perdeu versões nos últimos anos e até a homologação para cinco passageiros, passando a comportar apenas quatro pessoas no ano-modelo 2021.

A tentativa de adequá-lo à nova regra que exige cintos de três pontos e encosto de cabeça em todas as posições de passageiro do veículo não colocou e, em abril deste ano, a montadora deixou de oferecer o Up!, colocando um ponto final na história do hatch nacional.

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Chevrolet Montana

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Você deve estar se perguntando: por que a Chevrolet Montana está neste artigo se a marca já anunciou a nova geração? A verdade é que a Chevrolet comunicou que a nova picape manterá essa assinatura, mas não será mais compacta como vimos no Brasil nas últimas duas décadas. 

A partir de 2022, a Montana será uma picape compacta-média, usando o SUV Tracker como base para alcançar o porte e brigar diretamente com a Fiat Toro, e não mais com a Fiat Strada. 

Dessa forma, a Chevrolet colocou um ponto final na história da Montana de porte compacto, e matou junto os últimos traços de Agile, Celta e Corsa. Além disso, haverá um hiato de cerca de um ano entre o fim de produção da velha Montana e o lançamento da nova. Por isso ela entra nesta lista.

A Mobiauto já havia alertado sobre o possível fim da Montana em outubro do ano passado, quando a Chevrolet reduziu a gama de opções para apenas uma variante. Em maio de 2021 veio a confirmação, e a montadora já prepara a linha de montagem para sua sucessora em São Caetano do Sul (SP).

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Fiat Strada (1º geração)

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A Fiat tinha o plano inicial de manter a versão Hard Working da primeira geração da Strada em convívio com a atual, como uma opção de preço mais baixo e com o objetivo de manter o bom volume nas vendas diretas.

No entanto, o sucesso da nova geração atual mesmo nas configurações para frotistas foi tamanho que tornou desnecessária a presença da antiga Stradinha no mercado. Com isso, a velha Strada derivada do Palio I deixou a linha de montagem em janeiro deste ano, aposentando-se após mais de 22 anos de trabalho duro.

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Nissan Sentra

Número de carros que saíram de linha na primeira metade do ano foi alto, por diversos fatores. Relembre quais foram eles:

Assim como os Citroën, a Nissan manteve o Sentra à venda até o fim de seus estoques. O fim da linha nunca foi decretado de fato, mas o sedan médio já não era mais divulgado pela marca e deixou definitivamente o catálogo em abril, decretando o seu fim.

Como ainda não há confirmação sobre a importação da oitava geração do Sentra, o veículo entra na lista dos que disseram adeus. Até o momento, a marca japonesa tem no Versa o substituto mesmo que de forma indireta, já que é um três-volumes com preços parecidos com o do falecido sedan médio, mesmo sendo menor.

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Sobre a chegada do novo Sentra, a Nissan continua expressando sua intenção de vendê-lo em nosso país, mas os impactos da pandemia e da alta do dólar em nosso mercado levaram a empresa a cancelar o lançamento inicial, que deveria ter ocorrido já no primeiro semestre deste ano.

Agora, o modelo está em espera e já não se sabe se será apresentado no segundo semestre, só em 2022 ou se a marca abandonará o projeto.

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