Ford Maverick: 30 fotos exclusivas mostram como picape será no Brasil

Primeira rival direta da Fiat Toro será lançada no primeiro trimestre de 2022, mas já deixou cartão de visitas. Com motor de 253 cv, custará mais de R$ 200.000

LF
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19.11.2021 às 12:00
Primeira rival direta da Fiat Toro será lançada no primeiro trimestre de 2022, mas já deixou cartão de visitas. Com motor de 253 cv, custará mais de R$ 200.000

A Fiat Toro imperou com sossego no mercado brasileiro desde seu lançamento, em 2016. Pioneira no segmento compacto-médio, a picape passou cinco anos sem enfrentar concorrentes diretas – a Renault Duster Oroch até tentou ocupar esse espaço em um primeiro momento, mas sem os predicados necessários.

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O jogo começará a mudar no primeiro trimestre do ano que vem, quando a primeira de uma leva de rivais começará a chegar ao mercado: nova Chevrolet Montana, Hyundai Santa Cruz, uma inédita picape da Caoa Chery e a tão aguardada VW Tarok estão na lista. Entretanto, a responsável por inaugurar esta nova fase será a Ford Maverick.

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Que, por sinal, já está no Brasil. Na semana passada, a marca americana apresentou o versão da Maverick que será vendida aqui a jornalistas brasileiros e confirmou que, tal qual o irmão Bronco Sport, com quem divide a plataforma C2 e boa parte da estrutura monobloco e da cabine, ela será conercializada em versão única de motorização e acabamento.

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Confirmando as previsões da Mobiauto, a Maverick chegará ao nosso mercado importada do México na configuração Lariat, a mais cara nos EUA, com o motor 2.0 EcoBoost (quatro-cilindros 16V turbo a gasolina) do Bronco Sport. A Ford ainda não divulgou os dados, mas apostamos que na picape a calibração será de 253 cv de potência e 38 kgfm de torque.

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O preço é outra informação ainda ocultada pela marca, que pretende revelá-lo somente no começo do ano que vem. Nossa reportagem aposta que ficará acima de R$ 200.000, fazendo-a brigar, assim, apenas com as versões mais caras da Toro, empurradas pelo motor 2.0 Multijet turbodiesel de 170 cv e 35,7 kgfm.

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Motor turbo de 253 cv

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Aliás, a Ford falou pouco sobre o pacote brasileiro da Maverick durante o evento, mas pudemos conhecer a picape de perto e desvendar alguns de seus segredos. As 30 imagens que compõem este artigo foram produzidas com exclusividade pelo fotógrafo Murilo Góes.

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Para tanto, apesar do propulsor a gasolina, a tração será 4x4, denominada através da sigla FX4, com direito a bloqueio do diferencial traseiro e cinco modos de condução. Serão dois a menos do que o Bronco Sport, mas suficientes para assegurar que a picape tenha certa dose de valentia, apesar do chassi monobloco. O câmbio é automático de oito marchas.

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Diferentemente da Toro, os freios traseiros da Maverick têm discos sólidos, enquanto a suspensão traseira é independente do tipo multilink com braços de alumínio. Na dianteira, discos ventilados para os freios e arquitetura McPherson, tal qual a rival da Fiat. As rodas são de liga leve aro 17, recebem acabamento em preto brilhante e são calçadas por pneus Pirelli Scorpion ATR 225/65 de uso misto. 

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Estilo "mini-F150"

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Visualmente, a Maverick traz clara inspiração na nova geração da grandalhona F-150, outra picape da Ford que tem chances de desembarcar no Brasil. O mesmo padrão estará presente, em 2023, na futura geração da Ranger: dianteira com aspecto quadradão e sóbrio, balanço frontal achatado e faróis bem largos. 

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O conjunto óptico full-LED traz guias de luzes diurnas acima e refletores de Ecoled para luz baixa, farol baixo e farol alto abaixo. Juntos, eles possuem o formato de C e acasulam as luzes de seta, englobadas por um anel em cromo acetinado que integra a toda a peça à grade e abraça também o logotipo da Ford.

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O para-choque é proeminente e igualmente retilíneo, trazendo dois ganchos para reboque nas pontas. O nome da versão vem grafado em um aplique nos para-lamas dianteiros. Lateralmente, vê-se que a Maverick é um pouco mais espichada que a rival, chegando a 5.072 mm de comprimento e 3.076 mm de entre-eixos. São 16 cm e 8 cm a mais, respectivamente.

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Dimensões, espaço e capacidades

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Ainda, a novata da Ford mede 1.844 mm de largura e 1.745 mm de altura, dimensões nas quais praticamente se equivale à concorrente da Fiat. Isso se reflete no espaço interno, bem generoso para as pernas dos ocupantes nas duas fileiras, embora o ocupante da posição central traseira sofra com o túnel elevado.

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Na caçamba, a tampa conta com abertura convencional, de cima para baixo, diferentemente da peça bipartida da Toro, que se abre lateralmente. Um jogo de amortecedores pneumáticos para suavizar a queda só vem como acessório, mas pelo menos o nome Maverick está estampado em baixo relevo na peça.

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São 1.691 kg de peso em ordem de marcha, praticamente o mesmo que uma Toro turboflex, mas a capacidade de carga é levemente superior: 680 kg, contra 650 kg da Toro. Se a comparação for com as versões turbodiesel da rival, aí o número fica baixo em relação à 1 tonelada que a Toro 2.0 MultiJet promete transportar.

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Lista de equipamentos enxuta, acabamento simples

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Nove airbags, chave presencial, partida do motor por botão, start-stop, quadro de instrumentos parcialmente digital, carregador de celular por indução, central multimídia com projeção de celulares, ar digital de duas zonas, freio de estacionamento eletrônico com auto hold, controle de velocidade em descida e start-stop fazem parte da lista de equipamentos.

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Não observamos comandos de condução semiautônoma do pacote CoPilot 360 no volante, tampouco um alerta de ponto cego nos retrovisores – que, por sinal, contavam com um espelho chapado e outro convexo nas pontas para melhorar a visibilidade –, mas a câmera para controle de cruzeiro adaptativo, assistente de faixa e frenagem automática emergencial estava no para-brisa.

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Boa parte dos equipamentos já é conhecida do próprio Bronco Sport, mas fica perceptível que a Maverick terá uma lista mais enxuta, até para poder custar menos do que o SUV, mesmo sendo mais potente. Nos modos de condução, por exemplo, a picape deixa de oferecer as opções Eco, Sport e Pedra, presentes no SUV, acrescentando o modo Reboque.

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Por outro lado, a novata já conta com duas tomadas USB-C, uma à frente e uma atrás, acompanhadas de outras duas entradas convencionais do tipo A. O sistema de som será o Bang&Olufsen com oito alto-falantes, incluindo dois na coluna C, ao lado da cabeça dos ocupantes laterais do banco traseiro.

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Donos do Fusion ficarão nostálgicos ao encontrar na porta do motorista, um SecuriCode, aquela régua numérica para digitar uma senha e abrir as portas sem precisar da chave. A diferença é que na Maverick o dispositivo fica disposto na coluna C, na vertical, e não horizontalmente sobre a maçaneta. 

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Assim como a Toro, a Maverick será comercializada sempre com cabine dupla, quatro portas e cinco lugares, mas oferecendo abertura elétrica do terço central do vidro traseiro. O acabamento é simples e talvez até propositadamente rústico, trazendo um painel e guarnições de portas formados quase 100% por plástico rígido e parafusos expostos. 

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Pelo menos as texturas são criativas e o arranjo tricolor (preto, cinza e marrom), de bom gosto. Os puxadores de porta vazados permitem comportar garrafas de maior porte nos porta-copos laterais. Há uma boa dose de porta-trecos pela cabine, incluindo o painel. Já o assento traseiro pode ser rebatido para cima, a fim de expandir o espaço para carga dentro da cabine.

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O revestimento em couro dos bancos é sempre marrom e cinza. O assento do motorista possui regulagem elétrica e o do passageiro dianteiro, manual. As posições do câmbio são ajustadas por meio de um seletor giratório, como no Bronco Sport, mas os modos de condução são selecionados através de um botão, de forma mais simples e até intuitiva do que no SUV.

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A caçamba traz iluminação, mas a julgar pelas unidades expostas pela Ford, não conta com capota marítima de série. Uma das unidades trazia uma capota rígida do tipo persiana, com abertura elétrica, mas tal item é acessório, assim como o santantônio, os estribos laterais, a abertura da tampa da caçamba amortecida por molas pneumáticas e as caixas de armazenamento de objetos que contornam as caixas de roda na caçamba.

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Por fim, outro trunfo da Maverick pode estar no consumo. Nos Estados Unidos, ela foi homologada com média de 9,3 km/l na cidade e 12,3 km/l na estrada. Não são os números mais eficientes do mundo, mas ainda ficam bem acima daqueles alcançados pela nova Toro 1.3 turboflex. A ver como serão os índices do modelo da Ford no Inmetro.

Imagens: Murilo Góes/Mobiauto
Arte placas: Kleber Silva/Mobiauto

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