Jeep Renegade: cinco coisas que queríamos que mudassem no SUV

SUV se tornou queridinho dos brasileiros, mas não está imune a limitações de projeto. Será que a renovação da linha 2023 dará jeito nessas características?

LF
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15.12.2021 às 10:34
SUV se tornou queridinho dos brasileiros, mas não está imune a limitações de projeto. Será que a renovação da linha 2023 dará jeito nessas características?

O Jeep Renegade passará por mudanças importantes no primeiro trimestre de 2022, quando fará a virada para a linha 2023. Mais do que os retoques visuais, tão sutis quanto aqueles aplicados em 2018, ele passará por modificações importantes na parte mecânica.

Conforme deixou claro este flagra de outubro , o novo Renegade terá como grande novidade a adoção de uma configuração 1.3 turboflex 4x4 automática de nove marchas, disponível pelo menos na versão de topo, Trailhawk. Ela deve substituir a atual motorização 2.0 turbodiesel.

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Nas versões básicas, o Renegade será equipado com o mesmo propulsor GSE T4 de 1,3 litro – turbo, flexível, dotado de injeção direta de combustível e sistema MultiAir, capaz de render 180/185 cv de potência com gasolina/etanol e 27,5 kgfm de torque, independente do combustível –, porém com tração dianteira e caixa automática de seis velocidades.

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Resta ainda saber se há alguma chance de o modelo adotar a usina 1.0 GSE T3, com os mesmos predicados daquela com um cilindro a mais e capacidade cúbica superior, porém com potência em 125/130 cv e pico de torque na casa de 20,4 kgfm. Ao que parece, elas são pequenas.

Todavia, o Renegade 2023 será renovado também no visual, com direito a nova grade, faróis full-LED renovados e lanternas redesenhadas internamente, e no interior, incluindo o volante usado pelos irmãos Compass e Commander.

Será que as mudanças serão suficientes para mantê-lo como o SUV mais comercializado no Brasil? Talvez sim, mas a Mobiauto espera muito que a Stellantis corrija também a características abaixo, o que tornaria a experiência a bordo dele ainda melhor. Confira o que queremos (muito) que mude:

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Desempenho e consumo do motor flex

O motor 1.8 E.torQ será aposentado da gama do Renegade. Afinal, ele não atende as normas de emissões do Proconve L7 e tampouco será adaptado para isso. Apesar das vendas expressivas, ele pode ser considerado o grande calcanhar-de-Aquiles do modelo, tanto pelo desempenho limitado quanto pelo consumo de combustível alto.

A expectativa é que, com o novo 1.3 turboflex, o Renegade flex passe a andar melhor e a beber menos, embora a Fiat Toro esteja aí para mostrar que downsizing não é garantia de maior eficiência em consumo. A ver como ficarão os números de 0 a 100 km/h e no Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro.

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Eficiência da multimídia

As gerações mais antigas da central UConnect, usada por modelos da Stellantis, costumam ser cheias de pequenas falhas: lentidão, travamentos, tela preta, gráficos que tremem e imprecisão do GPS são as mais comuns (e incômodas).

Com a troca pela interface usada pelos novos Compass e Commander, a expectativa é que boa parte disso seja sanada, embora o flagra de outubro deixe explícito que sua tela não será do tipo flutuante.

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Porta-malas 

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O Renegade é um SUV compacto com volume de porta-malas típico de hatches compactos: 320 litros. E aqui nem adianta ter muitas esperanças, pois como o SUV não mudará de geração, seguirá com a mesma concepção de bagageiro.

Na verdade, podemos esperar que o número seja milagrosamente ampliado na linha 2023, mas não porque o espaço efetivo aumentará. É que a Stellantis tem trocado o método VDA pelo de volume com água. Foi o que fez o Compass saltar de 410 litros (VDA) para 476 litros (água) na linha 2022, mesmo que seu porta-malas seja exatamente o mesmo.

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Capacidade de manobra

Como já é característico dos modelos derivados da plataforma Small Wide, o Renegade é um carro ruim de manobrar. Seu diâmetro de giro declarado é de 10,8 metros, contra 10,2 metros de um VW T-Cross ou Nissan Kicks. Será que haverá melhorias nesse sentido?

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Ruídos de acabamento

Donos de Jeep Renegade costumam reclamar de barulhos de acabamento. E olha que esse é um dos pontos nos quais o SUV mais se destaca positivamente em relação a rivais como T-Cross e Chevrolet Tracker. Ainda assim, uma melhoria nos encaixas das peças da cabine seria muito bem-vinda.

Imagens: divulgação e Mobiauto

Projeção: Kleber Silva / KDesign AG

 

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