VW Virtus: como sedan será reposicionado para ocupar lugar do Jetta
Três-volumes compacto vai se descolar do Polo em 2022, ganhando visual próprio para ocupar a faixa de preços que um dia já pertenceu ao primo de porte médio
Com Renato Aspromonte
O Volkswagen Virtus nasceu em 2018 como o irmão gêmeo de três volumes da sexta geração do Polo. Com projeto desenvolvido especificamente para o mercado sul-americano, o sedan surgiu com exatamente a mesma dianteira do hatch, porém com entre-eixos esticado em 9 cm (de 2,56 m para 2,65 m) e um balanço traseiro exclusivo.
Em 2022, a relação entre os dois modelos vai mudar. Como a Mobiauto já contou em maio, o Virtus vai se descolar visualmente do Polo na linha 2023, ganhando um rosto próprio. O visual terá um híbrido de faróis herdados do Nivus com uma grade mais larga, inspirada no primo maior Jetta.
Com a mudança, o sedan perderá a versão esportiva GTS, que passará a ser exclusiva do Polo, mas deve receber uma nova configuração de topo, um pouco mais classuda do que esportiva, provavelmente chamada R-Line. Além dela, deve contar com as opções 170 TSI manual, além da Comfortline e Highline 200 TSI.
Isso significa que o novo Virtus deve adotar apenas motorização 1.0 turboflex de três-cilindros com 12 válvulas. Nas variantes mais baratas, o propulsor teria 101/105 cv de potência e 16,7/16,8 kgfm de torque (gasolina/etanol), sempre aliado a um câmbio manual de cinco marchas, como no extinto Up! TSI.
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Já as de topo continuaria com a calibração de 116/128 cv e 20,4 kgfm, sempre gerenciada pela caixa automática com conversor de torque da Aisin. Resta a dúvida sobre se a VW vai querer adotar o 1.4 TSI (quatro-cilindros 16V turboflex) de 150 cv e 25,5 kgfm em uma hipotética configuração R-Line, mas nossa reportagem aposta que não.
Isso porque o objetivo da fabricante será posicionar o Virtus na mesma faixa de preços que um dia já foi do Jetta, entre R$ 100.000 e R$ 140.000. Por isso, além do novo visual, o sedan deve incorporar tecnologias como controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma emergencial (o novo Polo deve receber só o freio autônomo, sem o ACC).
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E o que vai acontecer com o Jetta? Essa é a grande questão. Importado do México, o modelo tende a perder espaço não só para o novo Virtus, mas também para o SUV Taos. Se sobreviver à canibalização interna no futuro, será apenas em versões híbridas ou na esportiva GLi, com motor 2.0 TSI a gasolina de 230 cv.
Entenda mais sobre o que muda no Virtus 2023 em mais um vídeo do quadro O Que Vem Pra Pista:
Projeção: Renato Aspromonte/@overboostbr
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