Antiga Fiat Strada morreu, mas acredite: base de 96 do Palio segue viva

Plataforma 178, usada pela primeira geração do hatch, remonta aos anos 90 e ainda não foi totalmente abandonada pela fabricante

LF
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28.01.2021 às 10:00
Plataforma 178, usada pela primeira geração do hatch, remonta aos anos 90 e ainda não foi totalmente abandonada pela fabricante

A aposentadoria da primeira geração da Fiat Strada, oficializada pelo grupo Stellantis nesta semana, abriu margem para um raciocínio rápido: “Ufa! Finalmente a plataforma do Palio I deixou de ser utilizada no Brasil”.

Mas, acredite-me, isso não procede. A base 178 que deu origem à primeira geração do hatch compacto, lá em meados dos anos 90, continua sendo aproveitada pela Fiat até os dias de hoje, e isso não acontecia apenas com a recém-saída de linha Strada Hard Working.

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Há três outros produtos da Fiat oferecidos atualmente que aproveitam, integral ou parcialmente, a matriz 178. Um deles, inclusive, foi lançado muito recentemente e ainda terá longos anos de mercado pela frente. Mas voltaremos a falar sobre eles mais adiante.

Antes, precisamos fazer um pequeno apanhado sobre a tal plataforma 178, que deu vida ao primeiro Palio e a toda uma família de compactos que por anos povoou as ruas brasileiras, incluindo aí a veterana Strada de primeira geração.

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O número 178, que depois passou a denominar toda a matriz de compactos da Fiat no Brasil surgida nos anos 90, na verdade era o código de projeto do Palio quando ele começou a ser rascunhado, em 1992. O desenvolvimento foi feito em conjunto entre Fiat do Brasil e Itália, mirando especificamente o mercado sul-americano.

O Palio aproveitava elementos da plataforma 176, que havia dado vida à primeira geração do Punto na Europa. O Punto era substituto direto do Uno no Velho Continente, mas fora considerado muito sofisticado, caro e pouco convencional para os padrões brasileiros.

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Punto europeu de primeira geração ou projeto 176, aproveitado em partes pelo Palio

Surgiu, daí, o projeto 178, que tinha dimensões mais compactas e arredondadas para brigar com VW Gol bolinha e Chevrolet Corsa (que ainda não haviam sido lançados, mas também estavam sendo preparados. E sabemos que na indústria automotiva há muita espionagem e troca de informações confidenciais). Além disso, suas suspensões eram simplificadas.

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Com adoção do nome definitivo, o Palio foi apresentado em abril de 1996 e, a partir dali, gerou uma vasta família de modelos. Primeiro veio a perua Palio Weekend, em janeiro de 97; depois, o sedan Siena, em agosto do mesmo ano; por fim, a picape Strada, em outubro de 1998.

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Mas sua progressão não ficou apenas nesses modelos. Em 2001, a multivan Doblò foi lançada também aproveitando a matriz 178 no Brasil, em especial a suspensão traseira por eixo rígido e molas laminares da velha Strada. E, como sabemos, a Doblò continua firme e forte em linha até os dias atuais.

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Mas não é apenas ela que bebe da fonte da base do Palio I até os dias de hoje. Apesar de ter a cabine do Uno II (projeto 327), o atual furgão Fiorino também aproveita toda a estrutura traseira da primeira Strada em sua construção, numa espécie de plataforma híbrida entre 326/327 (Palio/Uno de segunda geração) e 178.

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E aqui chegamos à nova Fiat Strada. Porque a segunda geração da picape compacta, apesar de aproveitar a estrutura do Mobi (e, consequentemente, do projeto 327 do Uno II) da ponta do balanço dianteiro até a coluna B, herda a estrutura traseira justamente do Fiorino e, consequentemente, de sua antecessora. 

Em comum entre os três, mais uma vez, consta o uso de suspensão traseira por eixo rígido com molas semielípticas, embora as bitolas sejam diferentes. Há, ainda, outras atualizações estruturais na comparação entre os modelos.

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A nova Strada, mesmo, recebe barras transversais que funcionam como reforços e a ajudam a ter uma capacidade de carga de até 720 kg na versão Endurance 1.4 Cabine Plus. E que, na vindoura configuração Working, chegará a 770 kg, de acordo com o site Autos Segredos.

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A Fiat chama esta plataforma, também híbrida, de MPP (sigla para “Modular Platform Pickup”), numa referência à matriz MP1 (Modular Platform 1) do Argo e à MP-S (Modular Platform Sedan) do Cronos, bases com as quais a nova Strada na verdade pouco conversa (com exceção à suspensão dianteira, vinda do Argo).

Dadas as explicações, chegamos à moral da história: Palio, Strada, Weekend e Siena de primeira geração podem até ter morrido, mas a aura do projeto 178 ainda segue viva na Fiat. E se a Doblò parece com os dias contados, Fiorino e, em especial, a nova Strada ainda carregarão alguns genes do DNA do velho e guerreiro Palio I por mais alguns bons anos. 

 

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