Seguro DPVAT passará a ser gratuito? Entenda o que muda em 2021

Seguradora que antes administrava o benefício deixará a operação no ano que vem. Saiba o que deve acontecer depois disso

JC
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24.12.2020 às 10:00
Seguradora que antes administrava o benefício deixará a operação no ano que vem. Saiba o que deve acontecer depois disso

Por Guilherme Silva

O seguro obrigatório DPVAT foi criado em 1974, sendo pago anualmente por motoristas e motociclistas de todo o país. Seu objetivo é servir como um fundo de indenização para vítimas de acidentes de trânsito envolvendo veículos motorizados no país. 

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Porém, no final de 2019, uma Medida Provisória editada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu a extinção do seguro, alegando má gestão. A MP foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e caducou antes de ser votada pela comissão mista da Câmara dos Deputados e do Senado.

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Na sequência, a Seguradora Líder, consórcio formado por 36 empresas do setor e responsável pela operação do DPVAT, foi alvo de investigações ordenadas pela Justiça.

Ela foi intimada pela Susep (Superintendência de Seguros Privados vinculada ao Ministério da Economia) a devolver R$ 2,2 bilhões referentes ao pagamento de despesas irregulares com o dinheiro do seguro entre 2008 e 2020.

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Depois disso, outra decisão judicial obrigou a Líder a ressarcir valores excedentes cobrados de milhares de contribuintes ao longo deste ano.

Em meio a tantos contratempos, a seguradora anunciou, em novembro, que deixará de administrar o DPVAT no dia 31 de dezembro de 2020. Ela apenas continuará recebendo pedidos de indenização referentes a acidentes ao longo dos próximos três anos, como determina a lei.

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Com isso, a partir de 1º de janeiro de 2021, a administração do DPVAT ficará sob a responsabilidade de alguma instituição do governo federal, ainda não anunciada.

A Susep estuda uma gestão temporária, mas diz que o DPVAT será mantido com nova administração e manutenção do pagamento de indenizações. A taxa cobrada anualmente, no entanto, poderá deixar de ser obrigatória nos próximos dois anos.

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A autarquia do Ministério da Economia avalia a isenção do pagamento até 2022 por considerar que os mais de R$ 7 bilhões em caixa são suficientes para arcar com as indenizações no período.

De acordo com a Seguradora Líder, são pagas, em média, 300 mil indenizações por ano. O benefício prevê o pagamento de R$ 13,5 mil para acidentes com morte ou invalidez permanente, sendo R$ 2,7 mil para o reembolso de despesas médicas suplementares.

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