Turbo que nada! Esta Fiat Strada é movida por um motor a jato de avião

Motor pertencia à Força Aérea Brasileira, foi comprado como sucata e voltou a funcionar nas mãos de um gaúcho em um projeto para lá de insano

Renan Bandeira
Por
19.03.2021 às 12:31

Nos últimos dias, uma Fiat Strada viralizou nas redes sociais. De início, você pode pensar que estamos falando da nova geração, da versão mais completa, a Volcano com cabine dupla, ou de alguma novidade que a marca aplicou na picapinha. Mas não é bem isso. 

Estamos falando de um exemplar equipado com um supermotor. E não é nenhum dos novos turboflex que a Fiat já começou a fabricar em Betim (MG) - e cujos quais explicamos todos os detalhes aqui. É uma turbina de avião a jato!

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Como podemos ver nas imagens retiradas do vídeo do canal Aviões & Cia no Youtube, a picapinha tem o visual do segundo facelift da primeira geração, época em que saia de fábrica com motores 1.4 Fire flex de 85/86 cv (gasolina/etanol) e 12,4/12,5 kgfm, ou 1.8 da Família I da GM, com 112/114 cv e 17,8/18,5 kgfm.

Pelo jeito, o proprietário e construtor do projeto, que é de Sapucaia do Sul (RS), não estava satisfeito com o desempenho que o carro entregava resolveu apelar a uma medida para lá de excêntrica (para não dizer insana): adaptar o motorzão Rolls Royce Viper 540 de 3.410 libras de empuxo na caçamba da Strada.

A parte mais bizarra de tudo isso é que o motor funciona. Ele já foi responsável por mover o Embraer AT-26 Xavante, primeiro avião de caça a jato fabricado no Brasil, e foi comprado como sucata - e não teve o preço divulgado.

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Claro que o dono da Strada a jato fez algumas adaptações para o supermotor voltar à vida. Por exemplo, ele substituiu a bomba de combustível original por oito bombas de caminhão. Além disso, precisou instalar um novo motor de partida, que havia sido retirado.

Na traseira da picape, o Viper 540 tem tanque exclusivo para abastecimento de AVTUR ou AVTAG, que são dois tipos de querosene combustíveis, controle de acionamento do motor e banco de baterias para partida. Não há como medir o ganho de potência ou velocidade máxima que a “turbininha” deu ao veículo. 

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Nos testes, o condutor manteve a cautela (claro) e, mesmo com o motor a jato em alta rotação, a picape não ganhou altas velocidades. Apenas a suspensão trabalhou mais que o normal em terreno acidentado, sofrendo com os 400 kg da turbina na caçamba, embora sua capacidade seja de 704 kg de carga útil.

Gostou da ideia e está pronto para colocar esse motorzinho no carro? Não se anime tanto, porque a Strada a jato não é regulamentada para rodar na rua. Também prepare os ouvidos, que o motor ronca alto, e o bolso, porque alimentar essa turbina com os combustíveis nos preços que estão não deve ser nada fácil...

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