Por que o Jeep Compass precisa de novo sistema híbrido para continuar vivo
SUV ainda domina segmento dos médios, mas híbridos chineses e Corolla Cross já tomaram uma boa fatia
O Jeep Compass 4Xe foi o primeiro carro híbrido da Stellantis no Brasil. Poucos se lembram, afinal, a versão do SUV fez pouco sucesso, por uma série de fatores. Agora, o cenário é outro, Toyota Corolla Cross tem opção híbrida como ponto forte, além de BYD Song Plus e GWM Haval H6 vendendo cada vez mais.
Por isso, um novo Compass híbrido se faz necessário para o modelo das sete barras continuar competitivo. O tal sistema híbrido já existe, inclusive já equipa a nova geração do Compass apresentada na Europa.
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Conforme apurado pela Mobiauto junto à marca, o Compass terá uma nova geração no Brasil. Isso porque o SUV vai utilizar uma nova plataforma, a STLA Medium que comporta sistemas híbridos. É a mesma já apresentada no Compass europeu.
Fabricado em Melfi, na Itália, o novo Compass é oferecido em três diferentes tipos de elétricos:
Compass híbrido leve:
Motor 1.2 turbo e sistema híbrido de 48 V, que rende até 147 cv e 23,5 kgfm de torque.
Compass híbrido plug-in:
Motor 1.2 turbo, mas com outro motor elétrico que aumenta o desempenho para 197 cv e 35,7 kgfm de torque
Compass elétrico:
- Motor elétrico de 210 cv e 35,18 kgfm de torque, bateria de 74 kWh e autonomia de 500 km;
- Motor elétrico de 230 cv e 35,18 kgfm de torque, bateria de 96 kWh e autonomia de 650 km;
- Motor elétrico dianteiro 375 cv e traseiro de 345 cv e 23,7 kgfm de torque (tração integral), bateria de 96 kWh e 600 km de autonomia
Por aqui, a opção 4Xe não consta mais no configurador da marca. São seis versões, todas a combustão:
- Jeep Compass Sport
- Jeep Compass Longitude
- Jeep Compass Limited
- Jeep Compass Serie S
- Jeep Compass Overland
- Jeep Compass Hurricane
Do sexteto, quatro são equipadas com motor T270, o 1.3 turbo de até 176 cv e 27,5 kgfm de torque. Enquanto as duas versões de topo recebem o 2.0 Hurricane de até 272 cv e 40,8 kgfm de torque.
Jeep Compass precisa mesmo ser híbrido?
O primeiro motivo é o preço, do Compass de entrada até a versão Longitude, os valores variam entre R$ 189.990 e R$ 211.990. Até aqui, o modelo da Jeep leva vantagem, mas nas versões seguintes já encosta nos preços cobrados por Song Plus (R$ 249.800) e H6 HEV (R$ 220.000).
A situação piora quando o Corolla Cross híbrido está tabelado em R$ 219.890 atualmente. Não à toa, a Jeep tem feito recorrentes promoções do Compass. Mesmo assim, em maio o SUV da Toyota tomou a liderança entre os médios mais vendidos.
Por último, o consumo considerando o motor 1.3 turbo do Compass. Claro que sempre existe quem diga: “Nesse preço, ninguém liga para consumo”.
Pois então, até pode ser verdade, mas se você pode rodar mais, pagando menos e com mais potência, no caso dos chineses, por quê não?
- Haval H6 HEV
Autonomia (gasolina): 828 km (cidade) e 720 km (estrada)
- BYD Song Plus
Autonomia (gasolina): 894 km (cidade) e 726 km (estrada)
- Jeep Compass Longitude
Autonomia (gasolina): 606 km (cidade) e 726 km (estrada)
Nesse ponto ainda entra outro fator: menos idas ao posto. Na estrada, o Compass ainda vale pena, mas na cidade, os híbridos rodam mais. E se tem um item na lista de prioridades dos compradores desses SUVs ele se chama comodidade.
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