Novo Citroen C5: o que o SUV ensina aos nossos C3, C3 Aircross e Basalt
SUV mostra o caminho para os irmãos de marca e ainda revela novidades nas versões híbridas e elétricas
O Citroën C5 Aircross acaba de chegar no mercado europeu com visual renovado para sua segunda geração. Mas o que mais chama atenção é o nível de equipamentos, tecnologia embarcada e diversidade de opções para o SUV. É só olhar para o C5 e notar que os nossos Citroën C3, C3 Aircross e Basalt têm muito a aprender.
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A diferença na questão do porte, C3, C3 Aircross e Basalt são hatch e SUVs compactos respectivamente. Enquanto o C5 Aircross seria um concorrente de respeito para Jeep Compass e Toyota Corolla Cross em terras nacionais. Porém, o salto do C5 não é só no tamanho, vai muito além.
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Design
Por fora, o C5 já começa mostrando que é diferente no logo da Citroën, que foi atualizado, enquanto nossos modelos utilizam o duplo “chevron” antigo. A assinatura dos faróis ainda continua em dois níveis, mas com a iluminação em matrix LED, algo que nem mesmo o Basalt oferta por aqui. Apenas os DRLs são de LED no SUV cupê vendido no Brasil.
Nas laterais, nada de preto fosco no contorno da saia lateral e caixas de roda, o acabamento é em material brilhante. A linha de cintura do C5 lembra um pouco a do C3 Aircross, mais musculosa da frente até chegar nas lanternas, as quais possuem um desenho completamente diferente. São três linhas separadas de LED que compõem a lanterna, mas ligadas por estrutura, tudo bem discreto, diferente das peças inteiriças do C3, além de parecer uma evolução das lanternas do Aircross.
Requinte
É no interior que o Citroën C5 Aircross mostra aos modelos brasileiros que o SUV parece ser de outra marca. Ao menos pelo logo da Citroën no interior, dificilmente seria possível dizer que estamos falando de carros da mesma marca.
Acabamento das portas, painel e uso de materiais mais nobres contrastam com o plástico em excesso usado no Basalt e C3 Aircross, por exemplo. Claro, o C5 é um modelo superior em escala da marca francesa, mas geralmente esse ganho de equipamentos é visto de uma forma mais sútil.
Os ocupantes do C5 ainda têm um teto solar panorâmico, enquanto se acomodam em bancos que mostram a preocupação com o acabamento e uso de materiais mais refinados. Prova disso são os assentos que em nada se parecem com o que vemos nos modelos Citroën produzidos em Porto Real (RJ).
Console central elevado, acionamento do câmbio ao estilo joystick e freio de estacionamento eletrônico. Temos ainda integração com o painel central por meio de uma tela vertical de nada menos que 13 polegadas para central multimídia.
Existe a já conhecida conexão com celular sem fio e o carregador por indução. Não é novidade, já o ChatGPT integrado e assistente virtual de voz acionado pelo “Hello Citroën” é algo que parece distante por aqui.
O painel de instrumentos digital de 10 poleadas já é algo a ser destacado, mas o motorista ainda tem a sua disposição a visualização das informações espelhadas no para-brisa. Graças a um head-up display.
Porte maior
O Citroën C5 adota como base a STLA- Medium, plataforma global da Stellantis para veículos híbridos e elétricos. É nos 4,65 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,66 m de altura e 2,78 de entre-eixos que vemos a diferenças, principalmente para Basalt e C3 Aircross. Ainda são 20 cm de altura do solo e 651 litros de porta-malas.
A receita básica da suspensão usada no Brasil é independente do tipo McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. C3, C3 Aircross e Basalt não conseguiram fugir disso. Já o C5 traz suspensão progressiva na dianteira e uma preocupação maior no sistema como um todo para quem está na cabine.
Quando o assunto e segurança, o C5 oferece o que há de mais completo nos sistemas de assistência de condução da Citroën. É um nível já de auxílios semiautônomos que podem atuar sem o acionamento do motorista.
- Mudança de faixa semiautomática
- Alerta de tráfego traseiro
- Câmera de vigilância do motorista (monitora o condutor para agir em caso de risco)
- Detecção de ponto cegos de até 75 m
- Câmera 360° (nas versões de topo)
Opções de motores
Não há Citroën C5 apenas com motor a combustão. A segunda geração do SUV médio oferece três motorizações: híbrida pleno, híbrida plug-in e elétrica. São conjuntos que antecipam algo que veremos em breve no Brasil, mas dificilmente nos modelos Citroën.
Na versão mais básica, o C5 combina um motor 1.2 de três cilindros de 136 cv a outro motor elétrico síncrono de ímã permanente, abastecido por bateria de 0,9 kWh. Juntos, são 145 cv combinados. Esse sistema híbrido é o de 48V, o qual chegará para veículos de porte médio da Stellantis (Fiat Toro). No C5, a Citroën atesta uma redução de 15% no consumo de combustível.
Para C3 Aircross e Basalt, o que já é cotado se trata do híbrido leve, que já vemos no Fiat Pulse e Fastback. Assim, o motor T200 de até 130 cv e 20,4 kgfm de torque com pequeno motor elétrico de até 4 cv, que substitui o alternador e motor de arranque.
Na versão híbrida plug-in, o motor turbo 1.6 de 150 cv atua com motor elétrico de 125 cv, com bateria de 21 kWh. Combinados, a dupla entrega até 195 cv no C5 Aircross plug-in. Nesse sistema, a transmissão é automática de dupla embreagem de sete velocidades. Ainda há a autonomia de 100 km somente no modo elétrico no ciclo WLTP.
Por último, as versões elétricas do Citroën C5 Aircross. O propulsor pode ser movido por bateria de 73 kWh e 97 kWh, com 210 cv e 520 km de autonomia e 230 cv e 680 km de autonomia, respectivamente. Ambos no ciclo WLTP
Tudo isso detalhado acima só reforça não só as qualidades do Citroën C5, mas um tipo de veículo que a marca francesa não oferece mais no Brasil por conta de sua nova estratégia de mercado. Não se trata do C5 em si, a questão está no que é ofertado e da distância cada vez maior do Citroën europeu para o brasileiro.
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