Nova Fiat Toro híbrida pode ter mais de 200 cv à espera da picape do Corolla
Picape terá sistema baseado em uma nova transmissão chamada de e-DCT
Atualizada
nesta semana com motorização 2.2 turbodiesel igual a utilizada na Rampage, a
Fiat Toro deverá contar com grandes novidades num futuro não tão distante. Isso
porque a picape poderá ter motorização híbrida baseada no atual 1.3 turbo flex.
Enquanto o Pulse e Fastback ganharam o sistema híbrido-leve de 12V, a picape da
marca italiana deverá contar com um sistema mais robusto de 48V – com o detalhe
de somar uma transmissão automatizada de dupla embreagem eletrificada (e-DCT).
A chamada tecnologia híbrida e-DCT 48V vai funcionar junto do 1.3 turbo flex T270, que entrega até 176 cv de potência e 27,5 kgfm de torque, e a Fiat Toro será um dos primeiros produtos da Stellantis a receber a novidade.
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O detalhe que pode ter passado despercebido é que essa combinação da motorização híbrida pode resultar em 30 cv extras, o que na prática pode fazer a Toro flex ultrapassar os 200 cv de potência. Dessa forma, podemos ter não só a Toro flex nessa potência, como também Compass e até Commander. Ponto interessante é que o sistema elétrico é capaz de tracionar as rodas, algo que não ocorre em um carro com sistema MHEV.
Neste sistema híbrido chamado de e-DCT, estamos diante de uma transmissão automatizada de dupla embreagem como a própria sigla adianta (DCT, de Dual Clutch Transmission). A diferença é que o pequeno motor elétrico está instalado na transmissão de dupla embreagem, neste caso um propulsor de 21 kW (aproximadamente 29 cv de potência).
Vale
lembrar que o motor elétrico entra em ação (traciona as rodas) em situações quando
se precisa de menos torque, ou seja, durante velocidades constantes ou durante
o uso na cidade – como saídas de semáforo, manobras, entre outras situações.
Segundo a Stellantis, essa condição permite o motor de combustão interna ficar
desligado por 50% do tempo.
Na prática, o sistema híbrido e-DCT terá funcionamento similar a um híbrido pleno convencional, mas sem ter um custo alto por trazer um sistema elétrico mais simples de 48V, que não necessita de baterias de grande capacidade para ter um bom funcionamento. Essa característica significa também um sistema menos pesado que um híbrido convencional e de menor custo de implementação, o que pode resultar uma Fiat Toro híbrida com um preço competitivo.
Em situação de uso, o pequeno motor elétrico de 21 kW acoplado no câmbio vai trabalhar nos momentos em que o motor térmico tem seu pior rendimento, tracionando as rodas e atuando enquanto motor a combustão não atinge sua temperatura ideal de trabalho.
Ainda que não haja números, é previsto que o novo motor híbrido e-DCT tenha uma grande economia de combustível, algo que a Toro nunca foi um grande exemplo. De quebra, a picape também vai reduzir emissões de poluentes e deixar a caminhonete alinhada ao Proconve L8.
Essas são as cartas na manga da picape para se preparar diante de uma nova concorrência que vem aí como a VW Tarok, a picape do Toyota Corolla Cross, Renault Niágara e a picape do Nissan Kicks. Todas devem chegar ao mercado já com motorização híbrida, ou ganhar ao longo de suas trajetórias.
Projeção: Kleber Silva/KDesingAG
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