Geely volta ao Brasil: chinesa fracassou no passado com sedan e compacto
Marca chinesa foi trazida pelo representante da Kia, mas vendeu muito abaixo do esperado
A Geely, que volta ao Brasil com o modelo elétrico EX5, já foi representada no país pelo Grupo Gandini, responsável pela comercialização de veículos da Kia Motors desde os anos 1990. A marca chinesa estreou no Brasil em março de 2014 com o sedan médio EC7, lançado por R$ 50 mil (R$ 109.225 em valores corrigidos pela inflação) para competir com modelos, como Chevrolet Cobalt, Fiat Linea, JAC J5, Renault Fluence, Volkswagen Polo Sedan e as versões de entrada dos cobiçados Honda Civic e Toyota Corolla.
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Seguindo a estratégia dos primeiros carros chineses que chegaram ao Brasil em meados de 2010, o Geely EC7 apostava no custo-benefício para atrair compradores, oferecendo, na época, uma lista de equipamentos de série bem completa: airbags frontais, freios com ABS nas quatro rodas de liga leve de 16 polegadas, Isofix, direção hidráulica, ar-condicionado digital, faróis com acendimento automático e temporizador, lanternas em LED, entre outros itens.
Medindo 4,35 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,47 m de altura e 2,65 m de entre-eixos, o Geely EC7 ostentava um porta-malas com generosos 680 litros.
Para empurrar os seus 1.280 kg em ordem de marcha, o sedan contava com um motor 1.8 aspirado a gasolina de 130 cv de potência e 16,9 kgfm de torque, associado a um câmbio manual de cinco marchas.
Meses depois, o Grupo Gandini começou a vender o GC2, um subcompacto com visual carismático que era montado no Uruguai e vendido em versão única por R$ 30 mil (equivalente a R$ 65 mil) para brigar no segmento de entrada contra os compatriotas Chery QQ e JAC J2, além dos nacionais Fiat Palio Fire e Volkswagen Up.
O GC2 era equipado de série com direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, alarme, sensor de estacionamento, rodas de liga leve de 14” e sistema de som com entrada USB.
O carrinho de 3,59 metros de comprimento era movido por um motor 1.0 de três cilindros a gasolina de 68 cv e 8,9 kgfm, combinado a um câmbio manual de cinco marchas.
Após vender apenas 1.018 carros no país - volume muito abaixo do esperado (3.500 emplacamentos por ano) - a dupla da Geely teve a importação interrompida em 2016 pelo Grupo Gandini, que decidiu concentrar seus esforços na Kia Motors, marca já consolidada e reconhecida pelo público brasileiro.
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