Chevrolet Tracker: os principais problemas, segundo os donos

Nova geração do SUV ficou mais confortável, tecnológica e moderna, porém, em pouco mais de um ano, há relatos de defeitos recorrentes

JC
Por
25.11.2021 às 12:36
Nova geração do SUV ficou mais confortável, tecnológica e moderna, porém, em pouco mais de um ano, há relatos de defeitos recorrentes

Por Fernando Miragaya

A General Motors lançou a terceira geração do Chevrolet Tracker em meio ao fim do mundo. Foi em março do ano passado, quando a pandemia do novo coronavírus tinha acabado de impor quarentena e novos hábitos no país. 

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Mesmo assim, o SUV compacto chegou com moral e vem vendendo bem. O suficiente para ser o carro da vez série da Mobiauto sobre os “principais problemas, segundo os donos”.

O modelo feito em São Caetano do Sul (SP) mudou da água para o vinho. Para início de conversa, ficou bem mais espaçoso, especialmente no banco traseiro e na capacidade do porta-malas - umas das principais reclamações da geração anterior, importada do México.

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Além disso, o novo Tracker chegou com os novos motores três-cilindros 12V turboflex com injeção indireta eletrônica multiponto da família CSS Prime: 1.0 de 116 cv (com qualquer combustível) e 1.2 de 132/133 cv (gasolina/etanol).

A linha do SUV também passou a se valer de mais tecnologias embarcada. Itens de auxílio ao motorista - como alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência e estacionamento automático -, nova geração da central multimídia MyLink, seis airbags, internet a bordo, OnStar e carregador de celular por indução.

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O desempenho nas vendas também melhorou. Em 2020, o Tracker foi o quarto SUV mais vendido do país (o terceiro entre os compactos), com quase 50 mil unidades. No acumulado deste ano, são mais de 35 mil unidades negociadas e a quinta colocação geral entre os utilitários esportivos.

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Depois de uma reformulação na linha no fim do ano passado, atualmente o Tracker é negociado em cinco versões. São quatro opções com motor 1.0 turbo, com preços de R$ 104.290 (turbo manual) a R$ 133.220 (Premier AT), e uma com o 1.2 turbo (Premier), de R$ 142.490.

Porém, mesmo com pouco mais de um ano de vida, esta nova geração do Tracker não está livre dos seus problemas. Em pesquisas no site do Reclame Aqui e em fóruns e grupos de donos do SUV compacto da GM, há diversos problemas relacionados a panes elétricas e baterias que não carregam.

Também há queixas frequentes sobre o sistema de freios, em especial das lonas traseiras. Ar-condicionado com mau cheiro, falhas na bomba de combustível e problemas operacionais no dispositivo do OnStar também são comuns.

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Que cheiro é esse?

Uma das reclamações mais comuns sobre o novo Tracker diz respeito ao ar-condicionado, e não apenas em relação ao seu funcionamento. São vários os relatos de mau cheiro que vem das saídas de ar quando o sistema de climatização do SUV é ligado. Muitos donos, inclusive, dizem que o odor é tão ruim que preferem não usar o equipamento.

Segundo os depoimentos, nem mesmo a colocação de produtos de limpeza ou serviços de higienização oferecidos pelas concessionárias deram jeito no problema. Alguns casos foram respondidos pela Chevrolet e solucionados com a substituição do núcleo do evaporador do ar.

Além disso, há outros questionamentos no site do Reclame Aqui e em fóruns relacionados a falhas no funcionamento do ar. São testemunhos de que o sistema não gela corretamente ou até deixa de funcionar. A maioria destas questões ainda não foi respondida pelo fabricante.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

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Freio

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Outra reclamação recorrente dos donos do Tracker diz respeito aos freios. São descrições de trepidação excessiva ou barulhos na hora de acionar o pedal. Isso em modelos novos e com menos de 10 mil km rodados.

Em alguns casos, as concessionárias detectaram problemas nas lonas traseiras e a solução de uma loja passou pelo lixamento e aplicação de graxa. A maioria das queixas foi respondida e solucionada pela GM, com ajustes e limpeza nas sapatas e lonas dos freios de trás.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

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Pane elétrica

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Uma questão crônica no Tracker é a parte elétrica. São vários os casos de modelos, com menos de 20.000 km, que pararam de funcionar de uma para outra. Ou de unidades que começaram a apresentar mensagens de erro no painel e a não travar portas ou fechar os vidros.

Há o relato de um dono do SUV que alega que seu carro teve quatro panes elétricas sem que o problema fosse solucionado. Em outro, o dono reclama por estar há 60 dias com o veículo parado na concessionária. A maioria dos casos ainda está em análise.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4, Caso 5 e Caso 6

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Bateria

Uma coisa leva à outra. Ou outra coisa leva a essa. O fato é que, além das panes elétricas, há diversas queixas do Tracker sobre baterias com problemas e que descarregam. Isso em veículos com baixa quilometragem e que não só estão dentro da cobertura de fábrica, mas cujas baterias também estão na garantia.

A grande maioria das solicitações foi solucionada ou atendida pela General Motors. Em boa parte dos casos, houve a troca do componente. 

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

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OnStar

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A Chevrolet foi uma das pioneiras no serviço de “concierge” automotivo. Pelo OnStar é possível acionar uma central de emergência ou mesmo pedir ajuda na busca por estacionamentos, postos de combustíveis e lojas, saber a previsão do tempo e o resultado de um jogo de futebol ou até mesmo fazer a reserva de restaurantes.

Entre os proprietários de Tracker, porém, são corriqueiras as queixas sobre o não funcionamento do sistema. Em muitos casos, o serviço aparece inoperante e o usuário se depara com a luz de LED de acionamento vermelha e não consegue contato com a central. A boa é que parte dos casos foi respondida e/ou resolvida pela montadora.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, e Caso 4

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Bomba de combustível

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Muitos donos do Tracker contam que já tiveram problemas com a bomba de combustível, depois de constatarem dificuldades em dar a partida no motor do SUV. De acordo com os relatos, depois de algumas idas à revenda, constatou-se problemas na peça - em alguns casos, a bomba queimou.

Aí entra outra questão. Apesar de a GM responder e resolver a grande maioria das reclamações, os clientes questionam a demora no conserto. A justificativa das concessionárias é a falta da peça.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4


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