Câmbio automático: 10 dicas sobre como usar e aumentar sua vida útil

Transmissão que dispensa o uso da embreagem equipa a maioria dos carros novos vendidos no Brasil, e é importante saber usá-la

JC
Por
04.04.2022 às 14:03
Transmissão que dispensa o uso da embreagem equipa a maioria dos carros novos vendidos no Brasil, e é importante saber usá-la

Em um passado não tão distante, carro com câmbio  automático era sinônimo de preocupação. Nos anos 1980 e 1990, ter esse tipo de transmissão causava receio. O equipamento tinha estigma de manutenção cara e consumo bem mais elevado de combustível. Esses rótulos caíram por terra conforme as caixas automáticas se modernizaram.

Hoje, o item é praticamente majoritário em alguns segmentos, como o de sedãs e SUVs médios. Na categoria de crossovers compactos, já responde por mais de 70% dos emplacamentos e no mercado geral como um todo, pelo menos seis em cada 10 carros vendidos no Brasil têm câmbio automático.

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Conteúdo feito em parceria com o AutoPapo

Como usar o câmbio automático?

Ou seja, ter veículo com transmissão manual, provavelmente, implicará em desvalorização no futuro ou baixa liquidez. Como ter carro com câmbio automático será inevitável, já deixamos aqui 10 dicas para você dirigir o seu – caso já tenha ou vá ter no futuro. Confira o que fazer de certo e o que não fazer de errado com esse tipo de transmissão.

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1. Antes de mais nada, pé no freio

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Pois é, para ligar o motor de carro automático você terá de pisar no pedal do freio. É um sistema de segurança que os veículos ATs trazem justamente para evitar que a pessoa vire a chave da ignição – ou aperte o botão de start do propulsor – com o carro em drive e cause acidentes.

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2. Esqueça a perna esquerda…

Muita gente que tem carro automático pela primeira vez tem medo de pisar equivocadamente no pedal do freio com o pé esquerdo por força do hábito de acionar a embreagem para passar marchas nas caixas convencionais. Isso pode resultar em uma frenagem brusca, justamente pela falta sensibilidade em usar este lado do pé nas frenagens.

A sugestão é você meio que esquecer e parar sua perna esquerda. Pode ser articulando bem o joelho e encostando o calcanhar ao máximo na parte inferior do assento, mas essa posição tende a cansar, especialmente em viagens longas. Outra dica é esticar a perna e repousar o membro nos descansa-pé que carro automático geralmente traz na parte mais à esquerda da região dos pedais. 

Mas tem gente também que usa o pé esquerdo para frear o carro automático. Aí é preciso um pouco de prática para você calibrar sua perna e não pisar forte demais no freio sem necessidade, o que pode ocasionar acidentes. Vale fazer esse exercício caso seu pé ainda não esteja “na forma” e para você ter uma condução até mais ágil.

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3. Glossário do câmbio automático

Repare que a base da alavanca dos câmbios automáticos geralmente têm uma sequência de letras que indicam a função para cada posição da caixa. Basicamente, são essas:

  • “P” – (“park” – estacionar)
  • “R” – (“reverse” – marcha-a-ré)
  • “N” – (“neutral” – neutro/ponto morto)
  • “D” – (“drive” – dirigir)

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4. Na ordem e com leveza

Para não sobrecarregar o conjunto da transmissão, o ideal é você fazer movimentos suaves e seguir uma rotina na hora de sair com o carro automático, ou de estacioná-lo. Quando for começar a viagem, engate primeiro o câmbio automático – em “D” ou “R”, conforme a necessidade da manobra inicial – e só depois baixe o freio de mão – ou desacione o freio de estacionamento.

Na hora de parar, faça o oposto. Estacione o carro e acione o freio de mão ou botão do freio de estacionamento antes de colocar a alavanca do câmbio em “P”. Especialmente nestas situações, ao colocar a caixa em “park” com o carro “solto”, o peso daquele pequeno deslocamento que o carro fará vai forçar o conjunto da transmissão.

Além disso, só acione essas posições com o veículo totalmente parado – evite colocar de “D” para “R” ou vice-e-versa com o automóvel em movimento. Isso gera trancos desconfortáveis e faz mal para o sistema.

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5. Deixe o câmbio automático quieto

Nada de pousar a mão sobre a manopla do câmbio automático – isso também vale para os automóveis com caixa manual. Também não adianta colocar a alavanca na posição “N” a cada semáforo fechado ou no anda e para do engarrafamento.

Mudar a todo momento a posição da caixa sobrecarrega os componentes da transmissão prematuramente. Só vale colocar o carro automático em ponto morto se a parada for realmente para valer e de mais de dois ou três minutos.

6. “L”? E o que são esses números?

Alguns câmbios automáticos, em especial da Ford e da Nissan, oferecem opções como “L” (“low” – baixa). Outros ainda agregam numerações “3”, “2” e “1”. Essas marchas são boas de usar em declives, pois seguram bem as rotações e funcionam como uma espécie de freio-motor. Desta forma, em descidas de serra, por exemplo, você poupa o freio, evita o superaquecimento das pastilhas e minimiza a possibilidade de fading.

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7. O “S” vai deixar meu carro mais potente?

Geralmente, não. A não ser que seu carro tenha modos de condução que, além de elevar os giros do motor, atuem na direção, câmbio, gerenciamento eletrônico e suspensão. É que normalmente a função “S” (“sport” – ou esportiva) no carro automático passa a impressão de que a performance está esperta, pois estica mais as mudanças de marcha.

8. Trocas sequenciais no câmbio automático

Muita gente – inclusive esse que vos escreve – acha um contra senso ter um carro automático e ficar mudando marcha, seja na alavanca ou nas borboletas do volante, especialmente na cidade. Na estrada e em trechos de serra e muitas curvas, contudo, é inegável que a mudança sequencial é útil para você, de repente, segurar melhor o carro ou mesmo fazer uma ultrapassagem.

Isso porque as caixas com mudanças manuais sequenciais permitem uma interação melhor com o desempenho do veículo. Mas muitos câmbios não são tão obedientes: em muitos modelos, a caixa muda automaticamente a marcha se o sistema perceber que o carro está com uma relação não adequada por muito tempo.

Ou seja, se você reduziu para terceira, o carro está evoluindo e já passou muito tempo,  provavelmente o sistema vai entender que já está na hora de passar a quarta e fará a mudança sozinho.

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9. E como faço para brincar de playstation?

Para acionar essa opção de mudanças sequenciais, em geral, é necessário colocar o câmbio na posição “M” (“manual”) ou deslocar a manopla para o lado. No quadro de instrumentos, deve aparecer imediatamente o número da marcha que está engatada.

A partir daí, você pode reduzir ou aumentar as marchas pela alavanca (para a frente ou para trás) ou nos já citados paddle shifters, as aletas atrás do volantes – preste atenção nas posições dos símbolos de “-” ou “+” para ver como funciona no seu carro. Tem modelos da General Motors e da Ford nos quais que essas mudanças são por meio de… teclas no pomo da manopla.

10. Kickdown

 Uma dica importante de uso das mudanças sequenciais de marcha no câmbio automático é, na hora de retomadas ou de fazer ultrapassagens na estrada, recorrer ao kickdown. Ao pisar fundo no acelerador, a central eletrônica do automóvel entende que o motorista precisa de uma aceleração mais vigorosa.

Assim, evitará aquele delay típico desse câmbio, vai reduzir rapidamente uma ou duas marchas e vai esticar as próximas trocas até o condutor aliviar o pedal.

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Bônus: Enguiçou, e agora?

Se o carro automático enguiçou na posição “P”, não precisa se desesperar. Veículos com esse tipo de transmissão geralmente trazem uma plaqueta removível posicionada na base ou perto da alavanca. Essa tampa pode ser destacada e um pequeno botãozinho interno destrava o sistema e deixa o carro solto – esse mecanismo pode ser destravado com uma chave de fenda ou a própria chave do carro.

De qualquer modo, consulte o Manual do Proprietário para ter acesso a todas as explicações e orientações.

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