Yamaha Ténéré 700 conta com reputação para superar Suzuki V-Strom 800 como melhor aventureira

Modelo da Yamaha é mais cara e menos potente que rival, mas tem mais tradição no off-road

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30.04.2025 às 00:41 • Atualizado em 24.06.2025
Modelo da Yamaha é mais cara e menos potente que rival, mas tem mais tradição no off-road

A chegada da nova geração da Yamaha Ténéré 700, também conhecida como T7, era esperada ao menos desde 2018, quando foi lançada. A moto acabou chegando somente este ano ao Brasil e, por conta disso, terá uma rival também recém-lançada que promete não dar vida fácil à Ténéré no segmento das aventureiras de média cilindrada.

A Suzuki V-Strom 800 DE, modelo inédito da marca japonesa, começou a ser vendida por aqui no final do ano passado e trouxe um nível de desempenho e equipamentos superior ao da T7, cujo projeto é mais antigo, por um preço menor do que a rival de renome. Enquanto a T7 parte de R$ 72.990, a V-Strom 800 custa R$ 67.500. Ambas disputam o mesmo consumidor que procura uma big trail com mais vocação para andar na terra do que no asfalto, como seria o caso de outras motos desta mesma faixa preço, tal qual a Triumph Tiger 900 GT, que conta com um perfil mais estradeiro (embora também seja uma big trail de média cilindrada).

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Contudo, apesar de, no papel, a T7 ficar em desvantagem em comparação com a moto da Suzuki, a experiência acumulada da Yamaha com a Ténéré em competições como o Rally Dakar faz com que a sua reputação tenha potencial para compensar a ficha técnica menos atrativa. Neste comparativo, Mobiauto mostra o que a V-Strom 800 tem que a T7 fica devendo.

Motorização

Yamaha Divulgação

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As duas motocicletas contam com motores de bicilíndricos paralelos, porém, de “cilindradas” diferentes. A T7 é impulsionada pelo reconhecido motor CP2 crossplane de 689 cm³, capaz de gerar 68,9 cv a 9.000 rpm e 6,6 kgfm. Enquanto isso, o motor da V-Strom é novo, com 776 cm³ de deslocamento, produzindo 84 cv a 8.500 rpm e 7,95 kgfm de torque. Ambos trabalham com câmbio de seis marchas e embreagem assistida e deslizante, mas a V-Strom tem a vantagem de oferecer quickshifter tanto para cima quanto para baixo de série, oferecendo mais comodidade na pilotagem.

No aspecto desempenho, o fator que pode equilibrar mais o jogo para a T7 é o seu peso, uma vez que tem 22 kg a menos que a V-Strom (208 kg contra 230 kg da Suzuki). Parte desta diferença reside no tamanho maior do tanque de combustível da V-Strom, de 20 litros de capacidade, contra os 16,2 litros da T7.

Características

Yamaha Divulgação

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No aspecto preparação para enfrentar situações off-road, as duas motos são muito equivalentes. Começando pela suspensão: ambas contam com garfos invertidos da Showa de 43 mm de espessura na frente, com uma ligeira vantagem de 1 cm no curso da V-Strom com relação ao da T7 (220 mm da Suzuki contra 210 mm da Yamaha). Atrás, as duas também são monoamortecidas e mantêm a mesma diferença no curso do conjunto, com 200 mm para a T7 e 212 mm para a V-Strom. Por se tratar, basicamente, do mesmo equipamento, as duas oferecem ajustes de compressão e retorno dos garfos, além de pré-carga das molas.

As rodas e pneus também têm medidas iguais, com exceção do diâmetro da roda traseira. Elas trazem pneus 90/90 R21 na frente e 150/70 atrás, mas na T7 a roda traseira é de 18’’, enquanto na V-Strom ela é de 17’’. Nas duas, as rodas são raiadas.

A V-Strom tem uma altura do solo de 22 cm, enquanto a T7 é um pouco mais alta, 24 cm, e também tem o assento mais alto: são 87,5 cm na Yamaha e 85,5 cm na V-Strom. Ou seja, no que diz respeito à preparação estrutural para o off-road, as duas motocicletas aproveitam praticamente das mesmas armas.

No quesito frenagem, a V-Strom volta a ficar em vantagem por conta dos discos maiores. Nela, os discos são duplos na frente, de 310 mm de diâmetro, e o disco simples atrás possui 260 mm. Na T7, os discos da frente também são duplos, mas de 282 mm, enquanto na traseira o simples é de 245 mm. As duas contam com ABS de dois canais e recurso pode ser totalmente desativado ou desligado somente na roda traseira (o que é mais recomendado para pilotar na terra).

Por contarem com acelerador eletrônico, as duas motos também contam com controle de tração e ele possui níveis diferentes de intervenção, dependendo do modo de pilotagem escolhido.

Equipamentos

Um dos destaques da Ténéré 700 é o seu painel. Instalado em posição vertical, a tela de TFT tem 6,3’’ e conta com funções de conectividade com smartphone por meio do aplicativo Y-Connect e uma entrada USB-C. Ela também traz iluminação totalmente de LED, para-brisa com altura ajustável e protetores de mão nas manoplas.

Na V-Strom 800, o painel é de 5’’ e também há uma entrada USB. O para-brisa também tem ajuste de altura e a moto ainda conta com protetores de mão e protetor de radiador de série, além de trazer, também, iluminação toda de LED.

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