Marca da Toyota vendeu SUV compacto no Brasil antes de virar moda
Daihastu Terios tinha tração integral e foi comercializado no país no final da década de 1990
Muito antes de os SUVs compactos se tornarem a coqueluche do mercado, um modelo importado fez relativo sucesso no Brasil no final dos anos 1990. O Daihatsu Terios foi comercializado no país pela marca japonesa que pertence à Toyota.
O processo de aquisição da Daihatsu pela Toyota teve início em 1999, mas foi concluído apenas em 2016, ano em que a gigante japonesa efetuou o pagamento de US$ 3 bilhões pelo controle acionário da fabricante de veículos compactos.
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A Daihatsu é bastante popular no Japão e em outros países asiáticos por comercializar “kei cars”, miniveículos com motorização abaixo de 1.000 cilindradas cúbicas e isentos de taxas de propriedade e restrições de circulação pelas estreitas ruas das cidades japonesas.
No Brasil, a Daihatsu chegou a vender o Cuore, um kei car com motor de 850 cilindradas cúbicas que tentou concorrer contra os modelos populares nacionais.
A minivan Gran Move e o compacto Charade, que foi importado nas carrocerias hatchback e sedan, também foram comercializados pela marca em nosso mercado.
No entanto, o Terios foi o modelo mais notável da Daihatsu em solo brasileiro. Com dimensões diminutas, o SUV de 3,84 metros de comprimento, 1,55 m de largura, 1,69 m de altura e 2,42 m de entre-eixos era apenas 16 centímetros mais comprido que um Renault Kwid, para exemplificar.
A sua versatilidade no uso urbano não tardou a fazer sucesso, principalmente entre as mulheres, que logo aderiram à posição de dirigir elevada do jipinho. O baixo consumo do motor 1.3 aspirado a gasolina de 83 cv de potência e 10 kgfm de torque também era elogiado pelos proprietários.
Apesar do desempenho modesto, o Daihastu Terios tinha um recurso de fazer inveja a muito SUV moderno. O sistema de tração integral temporária e o bloqueio do diferencial traseiro conferiam certa valentia na hora de encarar desafios longe do asfalto.
O Terios era equipado com itens comuns nos carros atuais, mas presente apenas em modelos mais caros da época, como direção hidráulica, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, faróis de neblina e rodas de liga leve. O seu preço na época era de US$ 25 mil, algo em torno de salgados R$ 273.600 na conversão atual.
O SUV deixou de ser vendido no Brasil em 1999, quando a Daihatsu decidiu encerrar a sua operação no país quando a alta do dólar começou a comprometer o negócio da marca no país.
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