Teste: Chevrolet Tracker 2026 evolui bem, mas precisa de motor mais forte

SUV compacto ganhou cara de Montana e preços chegam à R$ 190 mil

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21.07.2025 às 18:00
SUV compacto ganhou cara de Montana e preços chegam à R$ 190 mil

O Chevrolet Tracker chegou à linha 2026 com novidades importantes. O SUV mudou consideravelmente o design da dianteira, fez pequenas mudanças na traseira e, o mais importante, ganhou um importante banho de loja no interior.

O modelo agora é vendido com preços entre R$ 119.990 e R$ 190.590. Durante o lançamento, a marca disponibilizou justamente as versões mais caras para avaliação, portanto, Premier, que custa R$ 189.490, e RS, que é tabelada em R$ 190.590, este que também é o preço da série especial 100 anos.

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Em contato de aproximadamente 100 km, foi possível notar onde o Chevrolet Tracker evoluiu e onde ainda deixa a desejar, especialmente nas versões equipadas com motor 1.2 turbo. Ainda não tivemos contato com as versões equipadas com motor 1.0 turbo.

O que melhorou no Chevrolet Tracker 2026?

A principal melhoria foi interna. O SUV ganhou nova central multimídia com tela de 11 polegadas e novo painel de instrumentos digital com tela de 8 polegadas. O esquema de telas é o mesmo de Spin, S10 e Traiblazer.

Renan Rodrigues/Mobiauto

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Portanto, a moldura da central é inclinada para o motorista e passa a sensação de conexão com o painel de instrumentos. A usabilidade da central também é melhor, uma vez que o sistema é mais recente do que o usado anteriormente.

O painel de instrumentos também é um avanço, já que anteriormente o Tracker dispunha apenas de uma pequena tela monocromática e mostradores analógicos.

Acabamento está melhor

Renan Rodrigues/Mobiauto

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O acabamento também recebeu melhorias. Os bancos foram revistos, tanto em estrutura como na espuma, tornando a experiência de dirigir mais confortável.

O painel ganhou um revestimento macio ao toque em boa parte da área de contato, mas é uma solução mais simples que de rivais como o Jeep Renegade, uma vez que não houve troca do material de construção da peça, mas sim um revestimento instalado em cima, como o vinil dos Volkswagen T-Cross e Nivus.

Renan Rodrigues/Mobiauto

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Esse material também está presente nos painéis de porta. A má notícia fica para a configuração RS, que tem o interior vermelho e, consequentemente, a cor é utilizada tanto no painel como nas portas, tornando o ambiente muito poluído visualmente.

Acertos de suspensão e direção

Renan Rodrigues/Mobiauto

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O Chevrolet Tracker também ganhou novos acertos para a suspensão e a direção elétrica. A intenção da marca foi tornar o SUV mais confortável e o objetivo foi alcançado, especialmente no que diz respeito a suspensão.

O conjunto agora trabalha com mais foco no conforto e consegue filtrar melhor as imperfeições do solo, algo que conseguimos testar bastante nas esburacadas vias entre Belo Horizonte e Ouro Preto.

Já a direção teve mudanças mais sutis, quase imperceptíveis, diria. No entanto, também estão direcionadas a rebotes e vibrações sentidas no interior do veículo – o que também foi reduzido.

O que o Chevrolet Tracker 2026 deve para rivais como Hyundai Creta, Volkswagen T-Cross, Honda HR-V e outros?

Renan Rodrigues/Mobiauto

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A começar pela motorização. É bem verdade que o 1.2 turbo de 141 cv e 22,9 kgfm de torque dão conta do recado. No entanto, quando olhamos para os lados, há concorrentes consideravelmente mais potentes.

Por exemplo, o Hyundai Creta tem 193 cv no seu motor 1.6 turbo, enquanto o Jeep Compass Sport, a configuração de entrada que é mais barata que o Tracker topo de linha, ostenta 176 cv e 27,5 kgfm de torque. Logo, a escolha por desempenho dificulta a vida do Tracker de R$ 190 mil.

Para piorar, o Tracker não ganhou equipamentos suficientes para justificar o preço das versões mais caras. Perante os concorrentes, deve ar-condicionado de duas zonas, banco do motorista com ajuste elétrico e especialmente o controle de cruzeiro adaptativo.

Renan Rodrigues/Mobiauto

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Se o Nissan Kicks de R$ 200 mil foi considerado um absurdo, um Chevrolet Tracker de R$ 190 mil é também, afinal, perante o rival, o SUV com gravata borboleta é menor, oferece menos espaço e tem consideravelmente menos equipamentos. Isso sem falar no nível de acabamento superior e o fator novidade do SUV da marca japonesa.

Vale a pena comprar um Chevrolet Tracker 2026?

Renan Rodrigues/Mobiauto

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Provavelmente as configurações que mais fazem sentido são as equipadas com motor 1.0 turbo, que sofreu alterações para respeitar as normas de emissões. Já todas as versões com motores 1.2 turbo oferecem menos do que os R$ 190 mil nos fazem imaginar.

Dessa maneira, caso não seja um fã do Chevrolet Tracker e queira apenas esse SUV, vale olhar para configurações mais equipadas, potentes e até mais econômicas de rivais, ou dar um passo adiante e partir para um SUV médio como Jeep Compass ou Toyota Corolla Cross.

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- Editor de conteúdo

Prefere os hatches com vocação esportiva, ainda que com um Renegade na garagem. Formado em jornalismo na Fiam-Faam, há 10 anos trabalha no setor automotivo com passagens pelo pioneiro Carsale, além de Webmotors e KBB.

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