Seu carro pode estar rodando com peças vencidas e te deixando em perigo

Não adianta explicar que pneu é como remédio e que até o sobressalente tem data de validade, mesmo guardado no porta-malas

BF
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05.12.2022 às 14:28
Não adianta explicar que pneu é como remédio e que até o sobressalente tem data de validade, mesmo guardado no porta-malas

Prazo de validade é um tema controverso no setor dos automóveis e muitos motoristas insistem em não respeitá-lo. “Mas meu pneu ainda tem muita borracha e não chegou nem no TWI, o indicador de troca”, ou “tenho mesmo que trocar o óleo do motor de um carro que ainda não rodou nem 3.000 km?”

Se o carro é levado regularmente para a revisão programada pelo fabricante, a oficina substitui os componentes e fluidos que têm prazo de validade. Mas alguns outros, como pneus, devem ser verificados periodicamente pelo próprio dono do automóvel.

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Cinto de segurança

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Não existe prazo para ser substituído. É considerado o mais importante componente de segurança (passiva) do automóvel. Muitos, inclusive, se enganam achando que são os airbags. Negativo, tanto que as bolsas são chamadas de SRS: “Supplementary Restraint System”, ou Sistema Suplementar de contenção, em inglês. 

Ou seja, o airbag é um suplemento à proteção oferecida pelo cinto. Deve-se, contudo, substituir o cinto no caso de um impacto em que ele tenha efetivamente protegido o ocupante, pois perde sua resistência inicial. E também nos casos de carros mais antigos, em que dá sinais de desgaste, fios se soltando ou esgarçados.

Palhetas/pneus

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Todos os compostos de borracha se deterioram (oxidam) com o tempo. No caso do automóvel, as palhetas de borracha dos limpadores de para-brisa (e dos faróis e vidros traseiros) devem ser substituídas a cada dois anos. 

Os pneus têm durabilidade – consensual entre seus fabricantes - de 5 a 6 anos. A partir daí, perdem suas características originais e a aderência com o asfalto. Depois de dez anos de fabricação, tornam-se perigosos e podem até estourar em velocidade maiores.

Leia também: Goodyear cria pneu feito de arroz e óleo de girassol que dura 500.000 km

Fluidos

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Não está prevista a substituição de diversos deles, como da direção hidráulica ou da caixa de marchas manual. Outros têm validade, como o dos sistemas de refrigeração e de freios, que devem ser substituídos cada dois anos, independente da quilometragem. E também algumas caixas automáticas devem ter o óleo trocado. Mas o nível de todos eles deve ser sempre verificado, para se detectar um possível vazamento.

Óleo do motor

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Apesar de sua essencial importância para a vida do motor, muitos não respeitam o prazo de substituição. Ou não observam as características recomendadas pelo fabricante de viscosidade e aditivação ao trocá-lo. Ou ainda decidem substituir seu filtro apenas a cada duas trocas do óleo, apesar do custo quase insignificante.

Catalisador

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Equipamento da maior importância para o meio ambiente, colocado no sistema de escapamento para eliminar a nocividade dos gases emitidos pelo motor. Até o ano passado, ele deveria manter suas características durante 80.000 km. Com a nova legislação de emissões, deve mantê-las por 160.000 km. 

Mecânico desonesto insiste em substituí-lo - sem necessidade - para faturar algum no mercado paralelo dos valiosos elementos químicos que o constituem: paládio, ródio e platina. Tem até ladrão especializado em roubar o catalisador para vender estes componentes.

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Velas de ignição

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Não existe um prazo determinado para a substituição das velas, pois depende de sua qualidade, do combustível etc. Mas há um consenso de que devem ser analisadas cada 50.000 km, pois muitas vezes sua aparência já indica a necessidade de substituição. 

Ou, por alguns sintomas do motor (falha, variação da marcha-lenta, tosse, consumo, desempenho), que podem também revelar a necessidade de troca, muitas vezes junto com seus cabos. 

Correia dentada

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Nem todos os motores tiveram sua corrente metálica substituída pela correia dentada, de borracha. E muitas fábricas que o fizeram estão voltando atrás, pelos problemas que apresentam. Teoricamente são ótimas, silenciosas. Mas, na prática, a teoria é outra...

Sua durabilidade varia de 50.000 a 100.000 km, prazo indicado no manual. Algumas mais modernas, lubrificadas por óleo (do motor), podem ultrapassar os 200.000 km. Mas todas exigem especial atenção caso o carro circule frequentemente em estradas de terra ou em ambiente de mineração. 

Em caso de dúvida, recomenda-se trocar a correia dentada antes mesmo do prazo previsto, pois, se arrebenta, costuma provocar danos substanciais ao motor.

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