Oito carros com manutenção mais assustadora que sexta-feira 13

Estes veículos deixam os donos em pânico pela quantidade de problemas que apresentam e/ou pelo custo de uma simples manutenção

Renan Bandeira
Por
13.11.2020 às 20:47

 Se tem uma superstição que assusta o brasileiro, é a sexta-feira 13, embora a gente saiba que isso não passa de uma lenda. O que assusta de verdade é quando você compra um carro e descobre que, na verdade, virou personagem de um filme de terror.

Aproveitando a data, a reportagem de Mobiauto listou modelos do mercado nacional - de um passado não tão distante - que fazem os donos serem amigos dos mecânicos ou então do gerente do banco. Confira:

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Fiat Marea

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O sedan médio da Fiat é uma lenda entre os lasanheiros e um dos maiores memes das redes sociais. Amado por uns e odiado por outros, o veículo foi lançado pela marca no Brasil em 1998 para suceder o Tempra - outro que ama uma oficina mecânica, principalmente na versão Turbo.

Quando surgiu no mercado nacional, tinha tudo para dar certo: a tecnologia era inovadora, enquanto o bom pacote de itens complementava o design do modelo, que era à frente de sua época.

No entanto, como aquela velha frase diz: o tiro saiu pela culatra. Ao que tudo indica, um erro no manual do proprietário trouxe a fama de “bomba” ao modelo. Lá era informado que a troca de fluído deveria ser feita a cada 20 mil quilômetros, igual ao modelo vendido na Europa.

Porém, alguém esqueceu que, por aqui, a gasolina contava com etanol em 22% de sua composição, o que aceleraria o processo de troca do componente. Dessa forma, a criação de borra, superaquecimento e incêndios foram inevitáveis.

Além disso, seu motor 2.0 cinco-cilindros de 182 cv de potência na roda era inovador, mas dificultava a manutenção em oficinas comuns, tendo de ser levado a concessionárias que ofereciam reparos a preços muito altos. 

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Citröen C4 Pallas

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Nem mesmo o conceito do volante de cubo fixo e aro móvel salvou o C4 Pallas da lista. O sedan era fabricado na Argentina e surgiu por aqui em 2007, mas teve passagem curta, deixando o mercado em 2013.

Por ser importado - mesmo que de pertinho -, suas peças e manutenções tinham valor elevado, o que já traz para o três-volumes os pré-requisitos para integrar esta lista. Mas não ficou só nisso, uma vez que há diversos relatos de problemas relacionados ao veículo.

Alguns deles são: superaquecimento do motor; retorno dos gases do tanque de combustível; queima da junta do cabeçote; trocas de componentes em períodos muito curtos - como a suspensão a cada 10.000 km ou a bateria anualmente.

Não suficiente, existem ainda problemas relacionados ao câmbio automático de quatro marchas AL4, que apresentava problema no solenóide, podendo gerar desengate de marchas de forma involuntária e até mesmo o seu travamento.

Por fim (ufa!), há relatos específicos sobre a bateria: além de ter que ser trocada muitas vezes num período de um ano, se a substituição ocorresse de forma incorreta, pode prejudicar a eletrônica do carro, deixando-o inoperante.

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Fiat Stilo

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O hatch médio foi lançado no Brasil em 2002 para substituir o Brava. Por aqui, foi vendido durante oito anos e acumulou uma série de problemas enquanto esteve nas lojas. O modelo era equipado com motor GM 2.0, sendo um de 8V de 103 cv e outro de 16V 122 cv. Além disso, oferecia o Fivetech 2.4 20V cinco-cilindros de 167 cv.

Seus problemas estavam relacionados ao câmbio Dualogic e ao famoso teto Sky Window - aquele que tinha diversas lâminas de vidro e era acionado de forma gradual, lâmina por lâmina.

Os relatos são de que o sistema desalinha as lâminas e sua manutenção tem valor exorbitante. Já o câmbio automatizado de uma embreagem funciona por meio de um sistema eletromecânico para acionamento e pode travar, desengatar marchas ou nem mesmo engatar, além de gerar solavancos na troca.

Chevrolet Captiva V6

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Grande parte dos problemas da Captiva está diretamente relacionada ao câmbio automático que vem acoplado ao motor V6 do SUV, importado do México.

Proprietários relatam que a caixa pode exigir retífica ou troca do módulo que gerencia as mudanças de marcha. Arrumar tudo isso não sai nada barato, e a troca de todo o sistema de transmissão pode custar mais de R$ 15.000.

Outro problema apresentado é no módulo de controle do motor, que apresentava falhas e poderia ocasionar o desligamento espontâneo do propulsor. Além disso, há relatos sobre a perda de pressão precoce dos amortecedores do SUV.

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Peugeot 307

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Assim como no C4 Pallas, o principal problema do 307 está relacionado ao câmbio AL4. Não só ele, mas todos os veículos de Peugeot e Citroën que foram equipados com essa caixa sofreram com questões crônicas.

Relatos indicam que travamento ou trocas espontâneas de marchas não são raras, e que a resolução não é nada barata. Mesmo que as falhas tenham acontecido em uma grande escala de produtos, não houve abertura de recall, deixando o defeito nas mãos dos proprietários.

Outro problema é o aquecimento do motor - relacionado a uma “fuga” de água do reservatório destinado ao arrefecimento dessa parte -, além da queima da junta do reservatório e de defeitos nas mangueiras.

Além disso, há reclamações sobre a necessidade de troca anual dos coxins que apoiam a parte inferior e lateral do motor, assim como da troca da bateria no mesmo período.

Mercedes-Benz Classe A

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Segundo proprietários, ser dono de um Mercedes-Benz Classe A de primeira geração, aquela minivan produzida no Brasil de 1999 a 2005, é quase a mesma coisa que casar com um veículo. O motivo: manutenção e peças caríssimas.

O hatch da Mercedes era uma estratégia da marca para oferecer um veículo mais popular, mesmo enquanto seguia com o nicho premium. Mas os preços das peças e revisões não eram compatíveis com a proposta.

O modelo ainda sofre com a possibilidade de queima da bobina de ignição, de quebra dos coxins do motor, de mau contato interno no interruptor da luz de freio e de falhas no sistema de ar-condicionado.

Para finalizar, proprietários alertam sobre problemas de câmbio e direcionam novos interessados a comprarem versões manuais, já que as configurações automática e a automatizada possuem manutenções com preços elevados, algo padrão em modelos premium.

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VW Golf GTi

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Ícone mundial, o Golf GTi entra nessa lista devido ao câmbio DSG. Relatos de proprietários em grupos do modelo mostram manutenções com valores exorbitantes (às vezes chegando perto de R$ 50 mil!), por conta da caixa de dupla embreagem oferecida pela Volkswagen no hatch médio.

Claro que a transmissão tem sua legião de fãs, mas alguns proprietários avaliam o problema como crônico. 

O Golf é um dos modelos mais vendidos de toda a história da marca alemã e teve suas últimas unidades presentes no Brasil vendidas na última semana, com o estoque da versão GTE comprada por uma locadora. Isso decretou o fim de linha para o hatch aqui no Brasil - pelo menos por enquanto.

Ford Focus

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O Focus foi um dos principais concorrentes do Golf no mercado nacional e não pôde ficar de fora desta lista. Assim como no hatch alemão, o problema é mecânico e está concentrado no câmbio de dupla embreagem, o já conhecido Powershift.

A transmissão equipou outros modelos da marca, como o Fiesta e o EcoSport, que também já saíram de linha ou trocaram o sistema. Proprietários costumam apontar situações crônicas de trepidação do veículo em baixas rotações, além do fato de a embreagem patinar na hora do engate.

Não só isso: ainda falam sobre o câmbio voltar para ponto morto de forma involuntária e sobre o superaquecimento do conjunto, que chega a emitir um alerta no painel do veículo.

Todos esses defeitos levaram a Ford a estender de três para dez anos a garantia do câmbio, após muita pressão de órgãos de defesa do consumidor como o Procon. Só que nunca chegou a formalizar um recall a respeito.

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