Novo sedan da BYD usa eletromagnetismo e quer "flutuar" sobre as rodas; entenda

BYD Yangwang U7 usa sistema presente em trem-bala para revolucionar suspensões

Renan Rodrigues
Por
13.06.2025 às 17:26

A BYD quer fazer um carro “flutuar “. Depois de apresentar o Yangwang U8 e U9, capazes de navegar por 30 minutos ou pular buracos, a marca agora aposta em um sedã de luxo com sistema eletromagnético para uma nova era do conforto.

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O BYD Yangwang U7 é a aposta da marca chinesa contra BMW Série 7 e Mercedes-Benz Classe S. O sedã foi revelado na China com preço tabelado em 628 mil yuans, que é equivalente a R$ 485 mil em conversão direta.

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A Yangwang é uma marca de luxo da BYD e diz que o U7 e o primeiro veículo do mundo em que sistemas de suspensão eletromagnéticas é aplicado. O sistema é similar ao utilizados em porta-aviões e trens maglev, que utilizam magnetismo para levitar acima da via.

Antes de detalhar o funcionamento do sistema de suspensão eletromagnético, vale dizer que o BYD Yangwang U7 tem quatro motores elétricos que entregam mais de 1.300 cv e fazem o sedan chegar aos 100 km/h em apenas 2,9 segundos.

Entre os destaques de uso, o U7 é capaz de rodar sobre o próprio eixo, estacionar com movimento lateral e tem raio de giro comparável a um subcompacto. Isso é possível graças a arquitetura dos motores elétricos e a capacidade de esterço do eixo traseiro. Como é de se esperar, o veículo tem o sistema “Olho de Deus” para o ADAS.

O BYD Yangwang U7 tem 5.360 mm de comprimento, equiparável a uma picape média, 2.000 mm de largura, 1.515 mm de altura e 3.200 mm de entre-eixos. A bateria é de 135,5 kWh, o que garante 720 km de autonomia no otimista ciclo chinês CLTC.

Como funciona a suspensão eletromagnética Disus-Z

O funcionamento da suspensão começa com uma arquitetura double wishbone, que é uma suspensão independente que utiliza dos braços em forma de “A”. Há um braço superior e outro inferior que controlam o movimento da roda.

Batizado de DiSus-Z, o sistema de suspensão opera com um princípio físico, convertendo energia elétrica em energia cinética, o que dá a possibilidade gerenciar ativamente a suspensão do sedan.

Os sensores espalhados pelo veículo coletam informações em tempo real sobre as condições da estrada e de como a suspensão está se comportando. Esses dados são convertidos em sinais elétricos e processados pelo sistema DiSus.

A partir desse ponto, em conjunto com o controle eletrônico, a suspensão é gerenciada.

Com isso, conforme o veículo se move, os motores da suspensão magnética aplicam forças contrárias para combater as vibrações da estrada, sendo capazes de desacoplar a parte superior da suspensão das rodas. Dessa forma, cria a sensação de que a carroceria é capaz de “flutuar”, como acontece com os trens maglev, aumentando a sensação de conforto na condução.

Por fim, quando os motores da suspensão magnética estão trabalhando de forma passiva, a energia cinética pode ser convertida novamente em energia elétrica, o que garante recuperação de energia. Essa conversão de energia elétrica em cinética torna o BYD Yangwang U7 no primeiro carro com uma suspensão elétrica, uma vez que outros sistemas de suspensão ativa utilizam sistemas hidráulicos.

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Prefere os hatches com vocação esportiva, ainda que com um Renegade na garagem. Formado em jornalismo na Fiam-Faam, há 10 anos trabalha no setor automotivo com passagens pelo pioneiro Carsale, além de Webmotors e KBB.

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