Governo nega benefício a BYD e adianta imposto sobre carros híbridos e elétricos
Além de não atender ao pedido da montadora chinesa, o governo federal resolveu mexer no calendário do imposto sobre importação
Não deu muito certo o pedido da BYD para redução de imposto sobre veículos importados e montados em regime SKD (semidesmontados) e CKD (desmontados) no Brasil. O governo federal não só rejeitou o pedido como antecipou o aumento na taxa de importação para veículos desse regime.
Agora, o governo vai cobrar o IPI (Imposto sobre Importação) de 35% sobre veículos eletrificados desmontados (CKD) já a partir de janeiro de 2027, enquanto a agenda inicial seria só para 2028.
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A decisão foi tomada nesta quarta-feira (30) em reunião no Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (30) em reunião no Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex). A medida foi motivada não só pelo pedido de insenção pela BYD, mas por conta da pressão feita em carta assinada por General Motors, Volkswagen, Stellantis (Fiat, Jeep, Ram, Peugeot, Citroën) e Toyota) endereçada diretamente ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A justificativa da Gecex para medida é adequação da política tarifária em relação aos investimentos anunciados pelas montadoras no país. Em resumo, as marcas já estabelecidas aqui usaram o fato de investirem em toda a cadeia produtiva dos automóveis, enquanto a BYD só teria o custo fabril e de montagem em sua fábrica em Camaçari (BA).
Além disso, o anúncio atende de forma parcial o pedido feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para elevar a taxa sobre importação para veículos híbridos e elétricos.
Para veículos CKD (desmontados) e SKD (semidesmontados), o governo vai oferecer quotas adicionais de importação, sem cobrança, pelo período de seis meses, com um teto de US$ 463 milhões, mais de R$ 2,5 bilhões em uma conversão direta.
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