Governo nega benefício a BYD e adianta imposto sobre carros híbridos e elétricos

Além de não atender ao pedido da montadora chinesa, o governo federal resolveu mexer no calendário do imposto sobre importação

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30.07.2025 às 17:29
Além de não atender ao pedido da montadora chinesa, o governo federal resolveu mexer no calendário do imposto sobre importação

Não deu muito certo o pedido da BYD para redução de imposto sobre veículos importados e montados em regime SKD (semidesmontados) e CKD (desmontados) no Brasil. O governo federal não só rejeitou o pedido como antecipou o aumento na taxa de importação para veículos desse regime.

Agora, o governo vai cobrar o IPI (Imposto sobre Importação) de 35% sobre veículos eletrificados desmontados (CKD) já a partir de janeiro de 2027, enquanto a agenda inicial seria só para 2028.

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A decisão foi tomada nesta quarta-feira (30) em reunião no Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (30) em reunião no Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex). A medida foi motivada não só pelo pedido de insenção pela BYD, mas por conta da pressão feita em carta assinada por General Motors, Volkswagen, Stellantis (Fiat, Jeep, Ram, Peugeot, Citroën) e Toyota) endereçada diretamente ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A justificativa da Gecex para medida é adequação da política tarifária em relação aos investimentos anunciados pelas montadoras no país. Em resumo, as marcas já estabelecidas aqui usaram o fato de investirem em toda a cadeia produtiva dos automóveis, enquanto a BYD só teria o custo fabril e de montagem em sua fábrica em Camaçari (BA).

Além disso, o anúncio atende de forma parcial o pedido feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para elevar a taxa sobre importação para veículos híbridos e elétricos.

Para veículos CKD (desmontados) e SKD (semidesmontados), o governo vai oferecer quotas adicionais de importação, sem cobrança, pelo período de seis meses, com um teto de US$ 463 milhões, mais de R$ 2,5 bilhões em uma conversão direta.

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- Repórter

Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.

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