Com qual combustível devo abastecer meu carro?

Etanol, gasolina comum, aditivada, podium, diesel, GNV... Qual é a melhor opção? Para evitar que você “jogue dinheiro fora” ou funda o seu motor, a redação da Mobiauto te explica todas as especificações desses combustíveis e como escolher o ideal para o seu veículo.

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O motor a combustão funciona através da queima do combustível misturada com ar dentro de uma câmara. Quando essa mistura é comprimida e pega fogo - através da faísca da vela - ela explode e empurra os pistões, fazendo o carro se movimentar. Esse processo acontece várias vezes por segundo enquanto o carro está ligado.

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Agora que você já entende como o motor funciona, é importante conhecer o tipo de motor do seu carro, já que isso influencia diretamente na escolha do combustível ideal e no desempenho do veículo:

• Carro flex: como o próprio nome já diz, são carros flexíveis a dois tipos de combustíveis: gasolina e etanol. É importante ressaltar que normalmente, apenas os veículos fabricados no Brasil possuem essa versatilidade.
• Carro a gasolina: apenas pode ser abastecido com gasolina, seja ela comum, aditivada ou premium. Essa configuração, normalmente, engloba os carros importados.
• Carro a diesel: restringe o abastecimento do automóvel apenas a um combustível, o diesel. É comum além de picapes 4x4 e SUVs a caminhões e veículos de grande porte. O funcionamento do motor é diferente, não usa faísca na combustão e ela se dá pela explosão da mistura ar-combustível após alta compressão.

Conhecendo o motor do seu carro, agora vamos entender qual é o melhor combustível para abastecer o seu carro:

1.  Etanol

O etanol é um biocombustível renovável derivado da fermentação da cana de açúcar. Ele é bem menos poluente do que os outros combustíveis citados acima, visto que libera menos dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera.

Embora seja a opção mais barata e que menos polui o meio ambiente, sua queima é mais rápida e pode até fazer o motor entregar mais potência, porém por esse mesmo motivo o etanol possui menor eficiência energética, o que faz o seu veículo beber mais combustível e ter uma autonomia menor.

Não é muito comum, mas ele também possui uma versão aditivada.

2. Gasolina

Diferente do etanol, a gasolina não é uma fonte energética renovável e é mais cara do que o biocombustível. Ela é composta por hidrocarbonetos refinados do petróleo e está disponível em três versões: comum, aditivada e premium:

• Gasolina Comum

A gasolina comum, também conhecida como gasolina tipo C, é a mais utilizada nos postos brasileiros. Ela é composta por uma mistura de gasolina refinada e 27% de etanol anidro — um tipo de etanol sem água, obrigatório por lei, que ajuda na combustão. Essa versão não contém aditivos detergentes ou dispersantes em sua formulação, o que significa que, com o tempo, pode favorecer o acúmulo de resíduos no sistema de injeção e nas válvulas do motor.

• Gasolina Aditivada

A gasolina aditivada compartilha a mesma base da gasolina comum, com a adição de detergentes e dispersantes – aditivos - que auxiliam na limpeza do sistema de injeção e das válvulas do motor, por isso costuma ser um pouco mais cara do que a comum. No entanto, não existe uma quantidade mínima de aditivos nessa gasolina, ou seja, você pode estar pagando mais caro à toa.

• Gasolina Premium

Ela pode variar de nome entre postos de combustível - Podium, V-Power Racing, etc – mas em geral a gasolina premium possui uma octanagem mínima superior à da gasolina comum e aditivada. Permitindo que motores de alta compressão, como os de veículos esportivos, operem de maneira mais eficiente, aproveitando melhor o desempenho projetado.

Além da melhor performance para esportivo, a gasolina premium não se restringe aos superesportivos, ela é ideal para qualquer tipo de motor à gasolina e, em geral, diferente da gasolina aditivada, ela possui uma quantidade significativa de aditivos que ajudam a prevenir a formação de depósitos e melhoram a vida útil do carro.

3. Diesel

O diesel também é um combustível derivado do petróleo e de todas as opções ele é o mais poluente e mais caro. Ele é comumente utilizado em veículos de grande porte por conta da sua eficiência de torque em baixas rotações, que faz com que com que os automóveis tenham uma performance melhor com grandes cargas.

Em geral, os carros de passeio, picapes e SUVs movidos a diesel, devem ser abastecidos com Diesel S10 – que não é o mesmo para caminhões, por exemplo.

Além disso, os veículos movidos a diesel costumam ter maior autonomia, ou seja, conseguem rodar distâncias maiores com menos combustível, o que é uma vantagem em viagens longas ou rotas comerciais.

Por outro lado, carros movidos à diesel exigem manutenções específicas - e mais caras - e o uso correto do tipo de diesel recomendado pelo fabricante, para garantir bom desempenho e evitar danos ao motor.

4. GNV

O GNV (Gás Natural Veicular) é um combustível alternativo ao líquido composto principalmente por metano e pode ser mais econômico no custo por quilômetro rodado e menos poluente que os combustíveis líquidos, como gasolina e etanol.

Porém, apesar das vantagens, a instalação do sistema GNV exige a adaptação do motor com um kit gás, o que pode representar um custo inicial elevado e má instalação pode trazer problemas graves. Esse sistema também ocupa um espaço considerável no porta-malas, visto que o cilindro será instalado ali – na maioria das vezes.

Além disso, exige manutenções regulares e inspeções obrigatórias a cada 12 meses para garantir a segurança do veículo.

Além disso, vale lembrar também que nem todos os postos oferecem abastecimento com GNV, e há restrições de circulação ou estacionamento de veículos a gás em alguns estacionamentos subterrâneos e garagens fechadas, por questões de segurança.

Qual combustível abastecer?

Nos carros com motor flex, o etanol é mais barato e polui menos e dá um pouco mais de potência, no entanto ele diminui a autonomia do veículo e o deixa menos econômico.

O fato de a maioria dos motores flex serem especialmente a gasolina e adaptados para uso do etanol é importante ressaltar. Com isso, a taxa de compressão intermediária acaba por pender mais para o melhor funcionamento do veículo usando gasolina, e é por isso que o consumo no etanol é mais elevado.

O ideal é buscar aqui no Catálogo de carros da Mobiauto o consumo do veículo com gasolina e etanol, e calcular o custo de rodagem de cada um deles, considerando os valores cobrados por etanol e gasolina do seu posto de confiança. Assim, saberá qual a melhor escolha. É basicamente multiplicar o consumo pela capacidade do tanque e dividir o resultado pela multiplicação do volume do tanque e o valor do combustível. Dividindo o custo total de abastecimento do tanque pela autonomia, terá o resultado de custo por km rodado.

Exemplo: 8 km/l com gasolina x 50 litros de tanque: 400 km de autonomia. Depois multiple o volume do tanque, no caso 50 litros x R$ 6, que é o preço considerado aqui para gasolina: R$ 300. Ou seja, o custo de rodagem é de R$ 0,75 por km.

Se a gasolina for escolhida, veja no manual do proprietário as características que a fabricante pede para o combustível. É nele que estará a indicação para comum, aditivada e premium.

O uso do GNV não pode ser descartado, mas a instalação do cilindro dificulta a vida do motorista que tem família. E tomar espaço no porta-malas não é o único problema, já que o combustível não tem característica lubrificante e pedirá mais cuidados com a manutenção do motor.

Quanto ao diesel, este opera em ciclo diferente dos demais citados acima. Isso quer dizer que sua operação não é comparável aos outros combustíveis, pois nenhum deles pode abastecer um motor a diesel. No entanto, quando falamos de características, ele pode garantir mais autonomia e consumo melhor a carros de médio e grande porte, sendo relevante quando há dúvidas na compra de veículos de mesmo valor, e que têm motorizações Otto e Diesel.

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