BMW iX3 é adaptação bem-sucedida e faz barulho de nave espacial

SUV elétrico usa base do X3 e recarga pode levar de 32 minutos a 40 horas

Renan Rodrigues
Por
31.10.2022 às 17:50 • Atualizado em 29.05.2024

Em geral, adaptar um carro a combustão para rodar com motores elétricos cria desarranjos na dinâmica, especialmente na distribuição de peso, já que, em geral, se tira o motor a combustão da dianteira e o espaço não é ocupado por baterias ou motores elétricos. 

Ainda assim, a BMW resolveu colocar toda a sua expertise na dinâmica automotiva e utilizar plataforma do X3 para criar o iX3. Agora, o SUV elétrico desembarca no Brasil com preço sugerido de R$ 475.950. 

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Ao contrário do BMW IX, que também já avaliamos, o iX3 não nasceu elétrico. No entanto, a marca bávara soube contornar bem essa situação e até melhorar o modelo em relação ao X3. A Mobiauto teve um breve contato com o iX3 e relata abaixo as primeiras impressões. 

Quase idêntico 

Visualmente, iX3 e X3 são basicamente idênticos. Há mudanças nas rodas, que são mais fechadas para melhorar a aerodinâmica. O mesmo acontece com a grade, que é em preto brilhante e fechada, já que não há motor a combustão para resfriar. 

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No entanto, as baterias precisam ser resfriadas e, para isso, o para-choque ganhou entradas de ar na parte inferior. Por fim, para identificar o iX3, também pode-se recorrer a detalhes azuis, como em volta do símbolo da BMW. 

No interior, novamente, tudo praticamente igual. A exceção é para as funções da central multimídia que refletem o consumo de energia elétrica. Além disso, os detalhes azuis também fazem parte do acabamento. 

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O vacilo nesse sentido é que, apesar de não precisar manter o túnel elevado, já que no assoalho estão as baterias, a BMW não alterou o espaço traseiro, que seria um ganho para o iX3. 

Carregamento varia entre 32 minutos e 40 horas 

O BMW iX3 tem um motor elétrico de 286 cv e 40,8 kgfm de torque, enquanto as baterias são de 80 kWh, mas apenas 74 kWh são utilizáveis. Com isso, a garantia é de 460 km, de acordo com o ciclo WLTP. 

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O sistema tolera picos de carga de 150 kW para o carregamento em carga contínua. Isso significa que as baterias podem sair de 10% para 80% em apenas 32 minutos nesse cenário. 

Em corrente alternada, a que utilizamos em casa, por exemplo, o pico máximo é de 11 kW, isso se o proprietário tiver rede trifásica. A boa notícia é que o iX3 é entregue tanto com o carregador portátil, para utilizar tomadas (e que pode receber o plug tipo steck para aumentar a potência), como com um wallbox. No cenário de potência máxima, a recarga é de 7h30. 

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Agora, caso o proprietário precise utilizar uma tomada convencional, que tem pico de potência em 2,3 kW, o tempo de recarga passa para 40 horas. 

Tem muito chão

Como falamos no começo do texto, adaptar um carro a combustão para rodar com eletricidade pode criar problemas na dinâmica. Em geral, quando as marcas utilizam uma plataforma que não é para carros elétricos, percebemos certos desequilíbrios na rodagem.

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Isso acontece especialmente pela ausência de peso na dianteira. No entanto, não é o caso do iX3. Ele parece ter nascido para ser elétrico e sua dirigibilidade é até um pouco melhor que o do X3. 

Isso acontece graças ao peso extra das baterias, que são montadas no assoalho e baixam um pouco o centro de gravidade do SUV. Dessa maneira, as saídas de curvas do iX3 garante diversão ao dirigir em uma região de serra, como foi nosso caso. 

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Obviamente, se tratando de um carro elétrico, o desempenho é muito bom e o torque é entregue de forma instantânea. Isso tudo associado ao comportamento dinâmico, tornam do iX3 o carro elétrico mais próximo de um carro a combustão. 

A grande diferença, está no som. Ao invés de um motor rugindo, a BMW criou sons que mudam entre o modo de condução Comfort, que é mais fino e convencional para um carro elétrico, enquanto no modo Sport o som aumenta quando o pedal é pressionado, em um barulho digno de um filme da franquia Star Wars. 

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Prefere os hatches com vocação esportiva, ainda que com um Renegade na garagem. Formado em jornalismo na Fiam-Faam, há 10 anos trabalha no setor automotivo com passagens pelo pioneiro Carsale, além de Webmotors e KBB.

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