Stellantis e Renault juntas? CEO diz que não, mas rumores apontam para fusão

Fusão criaria um conglomerado ainda maior e teria dedo do governo francês nas tratativas
Renan Rodrigues
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06.02.2024 às 15:15 • Atualizado em 12.11.2024
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Fusão criaria um conglomerado ainda maior e teria dedo do governo francês nas tratativas

Nos últimos anos, a criação da Stellantis, fusão do grupo FCA, que controlava as marcas Fiat, Jeep e Ram, com o grupo PSA, formado pelas marcas Peugeot e Citroën, criou um conglomerado enorme, o maior do Brasil e o quarto do mundo. Agora, rumores apontam que o grupo poderia ser ainda maior.

Segundo a imprensa italiana, a Stellantis estaria procurando formas de realizar uma fusão com a Renault. Isso tornaria o grupo colossal, o que na prática reduziria custos operacionais ao compartilhar componentes e fábricas e ainda poderia ser uma barreira para a invasão de elétricos chineses.

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No entanto, o presidente da Stellantis, John Elkann, neto de Gianni Agnelli, família que detém a maior parte das ações do grupo, tratou de desmentir o boato. “Não há nenhum plano em consideração relativamente às operações de fusão com outros fabricantes”, disse Elkann em comunicado divulgado pela Reuters.

A parte mais sólida desse boato foi divulgado pelo jornal II Messaggero, da Itália, que informou que o governo francês, maior acionista da Renault e que possui ações da Stellantis, investigava formas de realizar a fusão entre os dois grupos.

Além disso, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, que passou décadas na Renault, recentemente teria feito comentários gerais sobre fusões. Alguns especialistas apontam que esse tipo de comportamento é um indício de uma fusão iminente.

A Stellantis jura que não tem nada, enquanto a Renault não se pronunciou. Fato é que as marcas ocidentais estão procurando formas de reagir ao crescimento chinês, seja com investimento bilionários para correr atrás dos elétricos orientais ou, quem sabe, fusões no alto escalão da cadeia global de produção.

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