Ford testa SUV elétrico do Mustang no Brasil. Será que vem?

Sem fábricas no Brasil, marca se dedica ao desenvolvimento de projetos de carros elétricos e sistemas autônomos no interior de São Paulo
Camila Torres
Por
12.08.2022 às 14:17
Sem fábricas no Brasil, marca se dedica ao desenvolvimento de projetos de carros elétricos e sistemas autônomos no interior de São Paulo

Sistemas autônomos, carros elétricos, novas tecnologias, a Ford têm explorado novas fronteiras no seu Centro de Tecnologia em Tatuí (SP). A convite da marca, fomos passar um dia de imersão em seu laboratório na última terça-feira (09), para entender o que a Ford tem feito aqui no Brasil, depois de fechar suas fábricas por aqui. 

O Centro de Tatuí é um dos sete da Ford no mundo e está ativo há mais de 40 anos. E se você estiver se perguntando se faz sentido manter esse laboratório no Brasil, saiba que a Ford pretende lucrar nada menos que R$ 500 milhões em 2022 só com a exportação de serviços.

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Cerca de 85% dos projetos têm foco no mercado global e 15% no mercado nacional. A fabricante americana já havia anunciado que contratou 500 colaboradores este ano para atuarem em projetos de carros autônomos e elétricos. Mas não deu muitos detalhes. 

Na nossa visita, tivemos algumas surpresas: vimos cara a cara o Mustang Mach-E e o veículo comercial E-Transit. E até pegamos carona em um Bronco Sport com sistemas autônomos.

Por enquanto, os veículos estão sendo apenas testados. O Ford Mustang Mach-E pode ser lançado em 2023. Já um carro com sistemas autônomos ainda está longe de circular nas ruas brasileiras.

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Mas só de saber, que tecnologias como essas estão sendo testadas por aqui, já é uma luz no fim do túnel para quem achava que estávamos extremamente atrasados em relação a indústria global. 

Outra novidade, é que a Ford agora oferece prestação de serviço para outras empresas automotivas que queiram realizar testes em seu Centro de Tecnologia. Segundo a marca, o campo está preparado para realizar mais de 440 tipos de testes. 


Ford rumo à eletrificação 

Sem fábricas no Brasil, marca se dedica ao desenvolvimento de projetos de carros elétricos e sistemas autônomos no interior de São Paulo

Tempos atrás, a Ford anunciou o investimento em eletrificação de R$ 50 bilhões até 2026. Com isso, a marca pretende estar produzindo mais de 2 milhões de veículos elétricos por ano até lá, para até 2023 ter 50% das vendas compostas por veículos movidos 100% a baterias. 

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Na América do Norte, o Mustang Mach-E e o E-Transit fizeram a marca triplicar a venda de veículos elétricos em julho. Só o E-Transit é responsável por 95% das vendas de vans elétricas. 

E olha que o Mustang Mach-E representa uma quebra de paradigmas, primeiro por ser um muscle car 100% elétrico e depois por estrear a carroceria SUV. Pessoalmente, o Mach-E é tanto ou até mais impactante que um Mustang convencional. 

As linhas bem definidas e musculosas, os faróis marcantes e a traseira ousada são um convite irresistível para conhecer os limites desse elétrico de 486 cv de potência e 82,9 kgfm de torque. Mas, dessa vez, só pudemos admirá-lo.

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Por dentro, o espaço é amplo e confortável, e o design conversa perfeitamente com a proposta do carro. No meio do painel, uma enorme central multimídia de 15 polegadas, como a do BYD Tan, só não é giratória. 

Curiosamente, o logo da Ford não aparece nem na carroceria, nem no habitáculo. O único protagonista é o emblema do cavalo galopante na dianteira e no volante. Para quem não sabe, Mustang é o nome de uma raça de cavalos que inspirou o nome desse muscle car. 


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