Estes são os 5 carros que a Renault fará no Brasil com R$ 1,1 bilhão

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan
LF
Por
03.03.2021 às 09:00
Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan

A Renault anunciou nesta semana um investimento de R$ 1,1 bilhão na fábrica de São José dos Pinhais (PR). O valor será usado para a renovação de cinco produtos, mais o lançamento do motor 1.3 turbo desenvolvido em parceria com a Mercedes, que no Brasil será flex e terá potência acima de 160 cv, mas inicialmente virá importado.

Segundo o comunicado divulgado pela fabricante, o dinheiro será usado para a “renovação de veículos da gama atual”, com cinco novidades até o primeiro semestre de 2022, daqui a menos de um ano e meio. Por isso, não contempla nenhum produto inédito.

Confira o valor do seu carro na Tabela Fipe

Os substitutos de Sandero e Logan, lançados como novos Dacia Sandero e Logan na Europa, mas que receberiam outro nome em nosso mercado - Clio e Taliant eram os principais candidatos – e, por isso mesmo, podem ser considerados modelos inéditos, estão fora da conta.

Aliás, os investimentos para o segmento de veículos compactos na América Latina estão sendo revisados pela marca, conforme já anunciado pelo atual CEO mundial da marca, Luca de Meo. Se vierem, os novos Clio e Taliant (ou quaisquer nomes que venham a ter) não chegarão antes do final de 2022, mas o mais provável é que fiquem para o ano seguinte.

Leia também: Carros para PCD: Bolsonaro suspende isenção de IPI acima de R$ 70.000

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan
Dupla de compactos baseada novos Dacia Sandero e Logan europeus, e que aqui receberiam novos nomes, não está contemplada neste ciclo

Também não se pode colocar na lista o futuro SUV compacto a ser posicionado abaixo do Duster, aproveitando a plataforma CMF-B dos substitutos de Sandero e Logan. Este segue igualmente com o projeto congelado.

Já o SUV de sete lugares Bigster, apresentado como conceito sob a insígnia da Dacia no “Renaultlution”, plano global de reestruturação da marca até 2025, com promessa de 24 novos produtos lançados em todo o mundo no período, está mais forte no radar. 

No entanto, sua possível vinda ao Brasil sob a marca Renault ficará para uma próxima rodada de investimentos, junto com o mini-SUV e os novos hatch e sedan compactos, todos construídos a partir da plataforma modular CMF-B. Isso acontecerá entre 2023 e 25.

Sendo assim, quais serão os cinco modelos contemplados pelo mais recente ciclo de renovação da Renault no Brasil? A Mobiauto faz suas apostas. Confira:

Leia também: Avaliação: Caoa Chery Tiggo 8 é mesmo a 8ª maravilha do mundo?

Novo Captur 1.3 turbo

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan

Conforme adiantamos em agosto do ano passado, a reestilização de meia vida do Captur chegará ao mercado no fim do primeiro semestre deste ano, provavelmente em junho. As mudanças visuais serão discretas, mas marcarão a estreia do motor 1.3 TCe flex, justamente o propulsor turbo anunciado pela empresa.

Estamos falando de um quatro-cilindros turbocomprimido com injeção direta, desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz. E que, inclusive, já é usado no país pelos novos Classe A hatch, Classe A Sedan e pelo recém-lançado GLA. No caso dos Renault ele será flex e deverá ter potência acima de 160 cv, com torque próximo a 25,5 kgfm.

A Renault também promete revolucionar o interior do novo Captur, munindo-o de materiais mais nobres de acabamento. O objetivo é descolá-lo de vez da fama de “Duster com outra casca” e dar a ele um ar mais sofisticado. Isso mais seu porte generoso formarão a receita para posicioná-lo como um rival de melhor custo-benefício contra o novo Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e VW Taos no segmento compacto-médio. 

Veja como é o Renault Captur atual

Leia também: Carros mais vendidos em fevereiro: Onix tem última glória antes do colapso

Novo Kwid

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan

Fruto de um projeto indiano, o “SUV dos compactos” prometia revolucionar o segmento de carros de entrada no Brasil. No começo, de fato proporcionou um certo impacto, mas as limitações o fizeram perder fôlego e apelo no mercado varejista.

A Renault quer revigorá-lo com um facelift a ser lançado no fim deste ano. Nele, o Kwid ganhará uma nova dianteira, seguindo a tendência do conjunto óptico dividido em dois níveis e com direito a luz diurna de LED. Outra novidade será a adoção do motor 1.0 SCe três-cilindros aspirado flex de 79/82 cv (gasolina/etanol) usado por Sandero e Logan.  

Ele substituirá o atual 1.0 de 66/70 cv do Kwid atual, que possui comando de válvulas simples, sem variação nem na admissão nem no escape. Já o cabeçote usado por Sandero e Logan varia o tempo de abertura tanto na admissão quanto no escape. Com isso, ganha entre 12 e 13 cv de potência e é mais eficiente em consumo.

Por fim, o Kwid terá o tempo de abertura de seus airbags laterais aprimorado a fim de melhorar a nota em segurança nos testes de colisão do Latin NCAP.

Veja como é o Renault Kwid atual

Leia também: VW Taos faz Tiguan perder motor 1.4 e custar mais de R$ 220.000

Nova Master

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan

Lançada em 2013 no Brasil, a atual geração da van Master está para completar oito anos de mercado sem receber nenhum tipo de atualização. Ela virá ainda este ano, provavelmente entre os lançamentos do Captur e do Kwid. Chegará, inclusive, com atraso, visto que o cronograma original era para que ela viesse já no ano passado. O coronavírus atrasou tudo.

Com a renovação (que manterá a mesma plataforma), a Renault passará a produzir nacionalmente quase toda a carroceria da van, que antes tinha parte da estamparia vinda importada da França. 

Ela continuará a ser oferecida nas configurações chassi (para inserção do implemento que o comprador quiser), furgão, vitrè (laterais envidraçadas) e micro-ônibus. O motor tampouco deve mudar: 2.3 turbodiesel de 130 cv de potência e 31,7 kgfm de torque, ligado a câmbio manual de seis marchas. Quem sabe não pinta também uma opção 1.3 turboflex com caixa CVT? 

O visual será o mesmo da nova Master apresentada em 2019 na Europa, e que inclusive já foi registrado no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).

Veja como é a Renault Master atual

Leia também: Novo Nissan Kicks Sense, Advance e Exclusive: detalhes em 27 fotos

Nova Duster Oroch

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan

A picape do Duster anda meio esquecida, mas uma profunda renovação visual, baseada na nova geração do SUV lançada no ano passado, está programada para o primeiro semestre de 2022. O projeto se chama U79 PH2.

A reestilização fará a Oroch herdar o visual e a cabine do novo Duster, além do motor 1.3 TCe turboflex do Captur. Sua capacidade de carga, em atuais 650 kg, deve ser ampliada para a faixa entre 700 e 800 kg, enfim condizente com o porte do modelo.

Resta saber se a Oroch ainda vai querer se posicionar como rival da Fiat Toro ou se assumirá de vez como concorrente da Fiat Strada e da VW Saveiro. Sua faixa de preços e a presença ou não de tração nas quatro rodas (que a matriz B0 do Duster permite aplicar) é que vão responder essa pergunta.

Veja como é a Renault Duster Oroch atual

Leia também: Sucesso lá fora, SUV popular pode ser a salvação do mercado brasileiro

Duster 1.3 turbo

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan

Este deve ser o último da lista, chegando junto com a nova Oroch ou até mesmo depois dela. O Duster vai adotar o mesmo motor a ser estreado pelo Captur e pela própria picape nas versões de topo, embora continue sendo posicionado abaixo do SUV com o qual compartilha plataforma em faixa de preços.

Veja como é o Renault Captur atual

Dois elétricos como cereja do bolo

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan

No plano de investimento também constam dois modelos 100% elétricos, ambos importados. O primeiro é a reestilização de meia vida do compacto Zoe, que deve ser apresentada nos próximos meses com motor mais potente, bateria com maior capacidade e mudanças no visual externo e na cabine.

Leia também: Como apps de delivery fizeram moto virar transporte mais letal de SP

O propulsor de 92 cv e 22,4 kgfm passará a entregar 135 cv e 25 kgfm. Além disso, a capacidade da bateria saltará dos atuais 41 kWh para 52 kWh, propiciando um aumento da autonomia de 300 km para 390 km, segundo o ciclo europeu WLTP. E finalmente será possível recuperar a energia armazenada em um carregador rápido de até 50 kW. Antes, só usando tomada trifásica.

Por dentro, destaque para a enorme central multimídia semiflutuante com tela quadrada e para o volante que... é o mesmo dos nossos atuais Sandero, Logan e Duster. 

Marca anunciou investimentos na fábrica do PR até o primeiro semestre de 2022. Mas não espere (ainda) pelos sucessores de Sandero e Logan

Já o segundo... Bem, este ainda é o grande mistério do plano, mas apostaríamos na versão de produção do conceitos Morphoz ou na do Mégane e-Vision. Isso porque ambos são maiores e mais sofisticados que o Zoe, ajudando a justificar o preço que será cobrado.

Veja como é o Renault Zoe atual

Você também pode se interessar por:

Comparativo: qual versão do novo Renault Duster vale mais a pena?
Kwid 2022 decreta morte do carro 0 km abaixo de R$ 40 mil
Sandero chega à linha 2022 abandonando de vez o motor 1.6
Assinar um Kwid custará R$ 869 ao mês e um Duster, R$ 1.699 

Comentários