Como GWM Haval H6 usa shoppings e internet para peitar o Corolla Cross

Lojas de shopping à la Tesla e vendas online pelo Mercado Livre ajudaram a família H6 a vender, somada, mais que o SUV da Toyota em maio
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08.06.2023 às 11:00 • Atualizado em 12.11.2024
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Lojas de shopping à la Tesla e vendas online pelo Mercado Livre ajudaram a família H6 a vender, somada, mais que o SUV da Toyota em maio

Desde que chegou ao mercado, em 2021, o Toyota Corolla Cross se estabeleceu rapidamente como o carro híbrido mais vendido no Brasil. Só que o trono foi surrupiado em maio de 2023, pelo menos temporariamente, pelo surpreendente GWM Haval H6, o veículo eletrificado mais emplacado no mês.

Tudo bem que a fabricante chinesa somou dois produtos de carrocerias diferentes quando o mais correto serias dividir os números entre o SUV Haval H6 (e suas versões HEV e PHEV) e o SUV cupê Haval H6 GT. Se somarmos Corolla sedan e Corolla Cross como um produto só, a Toyota ainda terá a liderança do mercado de eletrificados.

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Fato é que os números impressionam para uma marca que acabou de estrear no país e vende produtos sempre acima de R$ 200.000. Em maio, a GWM registrou 960 emplacamentos da família H6, sendo 440 unidades do GT, 275 do H6 HEV e 245 do H6 PHEV. O grande trunfo esteve no uso de espaço em shoppings centers e nas vendas online, via Mercado Livre.

Dos 41 pontos de venda físicos inaugurados pela GWM até o fim de maio, 35 ficavam em shoppings. Apenas seis concessionárias eram convencionais. Já as lojas dentro dos centros de compras são como “lounges”, e não apenas carros expostos em corredores.

“Além disso, o cliente pode fazer um test-drive ali mesmo. Ele não vai ser direcionado a outro ponto de venda. Isso faz muita diferença, porque quem entra na loja é porque já tem mais interesse, e quem faz o test-drive na hora tem mais chance de fechar a compra”, analisa Alexandre Oliveira, diretor de vendas da marca, à Mobiauto.

Tanto que, de todas as vendas consolidadas em revendas físicas, 70% foram fechadas em shoppings. “Muita gente já sonhava em usar esse ambiente para vender carros, mas acho que fomos os primeiros a conseguir isso de maneira efetiva”, defende. Ainda assim, os emplacamentos via loja física foram só 27% do total.

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Os demais 73% de compradores do H6 em maio vieram do Mercado Livre. Ou seja, fecharam negócio pela internet. E a venda é de fato online: em vez de ser direcionado a uma concessionária para finalizar a aquisição, o cliente paga um sinal de R$ 9.000 no ato, via cartão, boleto ou Pix.

Depois, recebe contato de um revendedor da marca, responsável pela sua região, para tirar dúvidas, combinar como fará o restante do pagamento e agendar a entrega do veículo em casa.

Vale lembrar que a GWM escolheu apenas 28 grupos parceiros para lojas da marca. E, em vez de permitir a concorrência entre diferentes lojistas, fez uma espécie de loteamento por regiões. Assim, o revendedor responsável também ganha mesmo quando a compra acontece online, desde que o CEP informado pelo cliente esteja na região de sua responsabilidade.

Da parte dos revendedores, potenciais compradores que querem conhecer o produto pessoalmente têm recebido convites para passar até dois dias seguidos com o veículo em teste, e são chamados para conhecer pessoalmente os centros de distribuição de peças da empresa. Tudo para romper o receio de não receber um atendimento adequado de pós-venda. 

Com essa estratégia, mais uma previsão de ampliar para 63 os pontos de venda em junho (sendo 28 concessionárias em ruas e 35 lojas de shopping), a meta para junho é chegar à marca de 1.000 unidades emplacadas da família H6.

Imagens: Divulgação/GWM

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