Exclusivo: novo Honda City sedan nas ruas do Brasil só em 2022
A Honda está em iminência de promover uma revolução importante em sua gama de produtos no Brasil, conforme já contamos neste artigo. O pontapé inicial será dado pela nova geração do City sedan, que estreará no país uma renovada plataforma para veículos compactos da marca na fábrica de Itirapina (SP).
A partir dessa base (chamada apenas de “Honda Small Car Platform”) chegarão ainda o inédito City hatch e a segunda geração do HR-V. Sobre o City hatch, aliás, a Mobiauto foi o primeiro site automotivo no país a descobrir que ele seria um substituto integral do monovolume Fit, que por sua vez está fadado à aposentaria em nosso mercado.
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Tudo levava a crer que o novo City sedan chegaria às ruas brasileiras ainda este ano, enquanto o hatch seria deixado para o primeiro trimestre de 2022. Porém, de acordo com nossas mais recentes apurações, os dois irmãos só estarão nas lojas da marca, de fato, no próximo ano. A crise dos semicondutores adiou o início da produção em série do três-volumes.
No caso dele, até haverá uma apresentação prévia ao público no último trimestre de 2021, possivelmente em outubro. É provável, ainda, que haja um programa de pré-venda já voltado à entrega das primeiras unidades.
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Porém, a chegada efetiva às concessionárias não acontecerá antes de janeiro de 22, pois é para o início do ano que a fabricante estabeleceu o SOP ("start of production", na sigla em inglês) do modelo. Até dezembro, ela continuará produzindo o City atual, seguindo a data-limite antes da adoção do Proconve L7.
Já o City hatch chegará aos showrooms em março. Até lá, o Fit já terá tido sua produção encerrada igualmente em dezembro, mas a Honda trabalhará com o estoque remanescente até o prazo máximo de faturamento de veículos em não conformidade com as novas regras de emissão, justamente o terceiro mês do próximo ano.
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Segundo o colega Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, tanto o novo City sedan quanto o hatch trarão sob o cofre um motor 1.5 flex quatro-cilindros 16V naturalmente aspirado com injeção direta de combustível, derivado do bloco BS6 que equipa a linha Touring de HR-V e Civic, porém sem turbo. A potência deve ficar na casa de 130 cv.
O câmbio, para ambas as carrocerias, será sempre CVT com simulação de marchas. Já o visual, o padrão de acabamento e os equipamentos seguiriam praticamente à risca o que já é visto nos novos City hatch e sedan vendidos na Tailândia.
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Isso significa um design externo até arrojado, com faróis e lanternas de LED, grade proeminente e, no caso do dois-volumes, traseira que remete à atual linha de hatches e SUVs compactos da Mercedes-Benz, como o novo GLA.
Já o painel traz elementos bem mais conservadores, incluindo um quadro de instrumentos predominantemente analógico. No City hatch, ganharão destaque os bancos com sistema Ultra Seat, que preveem o rebatimento modular inteligente de todas as posições de passageiro, incluindo o dianteiro.
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A boa notícia é que a nova família City deverá vir dotada de assistências semiautônomas de condução do pacote Honda Sensing, incluindo câmeras de auxílio a ponto cego, frenagem autônoma emergencial e alerta de permanência em faixa.
Em dimensões, os dois irmãos possuem 1.748 mm de largura, 2.600 mm de entre-eixos e 1.489 mm de altura na Ásia, mas o sedan é mais de 20 cm mais comprido: 4.549 mm ante 4.345 mm. Apenas a altura poderia ser alterada no Brasil, de acordo com a calibração do conjunto de suspensões.
Os preços da nova família devem ficar entre R$ 80.000 e R$ 120.000. No vídeo abaixo, publicado há alguns meses, explicamos melhor por que a Honda vai substituir o Fit pelo City hatch no Brasil. Assista:
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Jornalista Automotivo